terça-feira, 31 de agosto de 2010

Eleição não é PIADA...

*Por Ricardo Galzerano - Gazeta de Limeira
**Adaptação Geraldo Minhaco Junior

SERRA – O experiente político José Serra, no horário gratuito, virou o Zé Promessinha: promete centenas de quilômetros de metrô, milhões de livros nas bibliotecas escolares, dois professores por sala de aula no país todo, etc. Atrás nas pesquisas, partiu também para o ataque contra Dilma.

DILMA – Já a candidata Dilma Rousseff, então, está parecendo uma comissária de bordo (vulgo aeromoça) aposentada e que tomou banhos de loja, de estética facial e capilar. Aquela Dilma sisuda de quando era ministra, no melhor estilo Margareth Thatcher (a Dama de Ferro) agora, em campanha, ficou sorridente como uma Hebe Camargo. É a Dilma-Fashion. Ou Dilma-Light.

PLÍNIO – O simpático Plínio de Arruda Sampaio é a versão máster do Menino Maluquinho: é o “Vovô- Maluquinho”. Como sabe que não tem chances, fala o que bem lhe entender, com uma franqueza que agrada.

MARINA – Já a candidata Marina Silva, espremida em seu um minuto no horário eleitoral, mantém sua serenidade e sua digna fragilidade física. Não deverá ganhar. Mas está mostrando que se pode ser político sem deixar de ser sincero.
 
Quando a situação econômica do país está boa isso no Brasil e em qualquer país onde haja regime democrático, a maioria vota pela continuidade. Vota no candidato do governo. Isso ocorre em eleições para presidente, para governador, para prefeito. As pessoas se sentindo bem, a maioria empregada, economia estabilizada, o povão podendo ir às compras o ano todo (e não só no fim do ano, na época do 13º. salário), isso faz uma baita diferença na hora de votar.
Em raros momentos históricos, eleições se definem através de preferências ideológicas. Geralmente – quase sempre – as eleições se definem pelo bolso; aqui, na Europa, na América do Norte...
A propaganda bizarra na TV de um humorista que é candidato a deputado. Ele e outros mais, com slogans e frases de efeito feitas na base da anedota, parecem querer transformar a eleição numa piada. E eleição não é piada; É COISA SÉRIA Programas cômicos – atualmente, a maioria deles de duvidosa qualidade – temos bastante na televisão brasileira. Mas eleição e política é coisa séria. Através delas traça-se ou não o perfil de desenvolvimento futuro de uma cidade, de um estado, de um país. É um ERRO quando votamos em alguém só porque é conhecido, só porque faz graça ou drama aparecendo na TV, sem saber se ele é qualificado minimamente para nos representar, estamos cometendo erro sério. Quando votamos achando que tudo é igual, que é tudo uma palhaçada, corremos o risco de ver essa palhaçada se transformar em varias tragédias exemplos; Tragédia de desemprego, de aumento de violência, de saúde pública ainda mais precária, de escolas e instituições de ensino em frangalhos.
Política é algo sério, e chato por isso existem os políticos que, na sua maioria, são sujeitos chatos, porque lidam com assuntos chatos, agora, quando se vota em palhaços, atletas, animadores de auditório ou artistas que, sem texto decorado, que não sabem nem o nome da rua em que moram, estamos jogando nossos votos no lixo, e estamos, por tabela, nos achando... um lixo.
Governo sem oposição, seja ele qual for, não é nada bom, a oposição faz com que governantes, em todos os níveis, mantenham os pés no chão, não se sintam tentados a se acharem os donos do mundo, sem oposição, o regime democrático corre risco aqui e em qualquer lugar.

Tente mover o mundo - o primeiro passo será mover a si mesmo.
Platão

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