sábado, 11 de setembro de 2010

O status é o cargo, mas você tem valor

*Por José Antonio Rosa

Muitas pessoas passam pela desagradável experiência de um dia perceber que eram recebidas com atenção, eram respeitadas e valorizadas devido ao cargo que ocupavam. Ao percebê-lo às vezes têm um choque: decepcionam-se com os antigos parceiros, acabam por ficar com a auto-estima abalada e com a crença no ser humano diminuída. Na verdade, não há nada de errado com a valorização do cargo e nem com a atitude dos parceiros de valorizá-lo: um cargo tem efetivamente valor no mundo das relações comerciais, do mercado. Os parceiros comerciais têm obrigação de tratar com atenção o gerente de uma grande empresa, por exemplo, e têm interesse em fazê-lo. Ao “sair” do cargo a pessoa não pode esperar carregar a importância daquele cargo com ela. Muitas vezes, volta a ser física ou a titular de cargo menos importante (por exemplo, o de pequeno empreendedor, o de consultor) para as organizações a que os antigos parceiros estão ligados. Passam a não ter grande importância para aquelas organizações. Nada de errado e nada de pessoal nisso.
O profissional que hoje se decepciona, na verdade, iludira-se no passado, ao confundir-se com o cargo que ocupava. Ele, como ser humano, continua tendo valor – o valor que sempre teve. Se fez relações humanas de real valor enquanto esteve no cargo, elas continuam valendo, embora nem sempre os outros tenham condições (inclusive de tempo) de dispensar a ele grande atenção.
Deve-se encarar a situação com humildade. O status de um cargo não é de uma pessoa, a pessoa porém, tem valor independente do cargo que ocupa, e esse valor, entretanto, nem sempre se traduz em atenção comercial.

As piores dificuldades de um homem começam quando ele é capaz de fazer o que quer.
Thomas Huxley

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