terça-feira, 26 de outubro de 2010

Eficácia, Eficiência, Efetividade e Produtividade

*Por Augusto Campos

As avaliações do desempenho de qualquer indivíduo, organização ou projeto estão relacionadas aos conceitos de eficácia, eficiência e efetividade. Estes conceitos são independentes entre si, ou seja, é possível alcançar cada um deles sem alcançar também os outros. O ideal, entretanto, é alcançar os três.
Em uma definição simplificada;

-Eficácia é a capacidade de realizar objetivos,
-Eficiência é utilizar produtivamente os recursos,
-Efetividade é realizar a coisa certa para transformar a situação existente.

Elaborando um pouco mais, pode-se afirmar que a efetividade diz respeito à capacidade de se promover resultados pretendidos; a eficiência indica a competência para se produzir resultados com dispêndio mínimo de recursos e esforços; e a eficácia, por sua vez, remete à capacidade de alcançar as metas definidas para uma ação ou experimento.
Já a Produtividade é um conceito que tem similaridade com o da eficiência, e refere-se à relação entre o resultado obtido e o esforço dispendido. Ou seja: quanto menor o esforço, o custo ou a quantidade de recursos dispendidos para alcançar um mesmo resultado, maior a produtividade. Ou ainda: quanto melhor a qualidade, o volume ou o valor do resultado alcançado com o mesmo custo, maior a produtividade.

"Nunca confunda movimento com ação."
( Ernest Hemingway )

Bom de largada ou bom de chegada…

*Por Fernando José da Rocha Camargo (Mestre em Gestão e Estratégia em Negócios pela UFRRJ,  Empresário e consultor, atuando no desenvolvimento de pessoas)

Algumas pessoas apresentam características similares nas suas atividades profissionais, em seus projetos pessoais e mesmo nos assuntos familiares.

-Bons de largada são aqueles que entram com o maior entusiasmo nos seus diversos projetos. Costumam se interessar por muitos assuntos ao mesmo tempo e colocam toda a energia no inicio de cada um.

Do ponto de vista profissional estão sempre iniciando um novo empreendimento, que normalmente é descrito como “o próximo e mais espetacular sucesso do mercado”. Nos projetos pessoais já começaram vários cursos de graduação, outros tantos de inglês, ou mesmo incontáveis programas de ginástica, dietas, atividades físicas que pretendiam ser regulares, mas foram logo substituídas por alguma outra idéia mais interessante. Apesar de tantas largadas espetaculares a maioria das vezes não comemoram muitas chegadas.

-Bons de chegada são aqueles que no início de seus diferentes projetos se mostram discretos, modestos. Sem muito barulho ou espalhafato, podem parecer às vezes que até mesmo lhes falta energia e entusiasmo. Profissionalmente são constantes, regulares e confiáveis.

O valor desses profissionais passa a ser percebido e muito valorizado no médio prazo, quando o glamour inicial do lançamento dos empreendimentos já passou, quando os holofotes já desviaram seu foco para outra novidade, eles continuam sua trajetória dosando as energias e mantendo o ritmo. Sabem que o sucesso depende da conclusão do empreendimento e estão dispostos a chegar ao final. Nos projetos pessoais certamente não têm comemorado o inicio de vários cursos, dietas e programas de atividade física, mas têm a capacidade de desenvolver algumas destas atividades independentemente de estarem ou não na moda, independentemente de torcida e aplausos, dosam as energias, mantêm os objetivos e buscam a linha de chegada.
No mundo corporativo, no desenvolvimento da carreira, nos projetos pessoais ou mesmo nos assuntos familiares, certamente necessitamos de disposição e entusiasmo, até mesmo para estabelecer nossos objetivos e metas, mas devemos ter sempre em mente que a vitória, ainda que dependa de uma boa largada, só poderá ser comemorada na chegada. O campeão, seguramente não será o que fez muitas largadas, mas o que conseguiu muitas chegadas.

Quando tudo nos parece dar errado acontecem coisas boas que não teriam acontecido, se tudo tivesse dado certo.
Renato Russo

O QUE É... PERIPATÉTICO

*Por Max Gheringer
É seguir o exemplo de Jesus: ensinar caminhando

Numa das empresas em que trabalhei, eu fazia parte de um grupo de treinadores voluntários.
Éramos coordenados pelo chefe de treinamento, o professor Lima, e Eu tínhamos até um lema: "Para poder ensinar, antes é preciso aprender" (copiado, se bem me recordo, de uma literatura do Senai). Um dia, nos reunimos para discutir a melhor forma de ministrar um curso para cerca de 200 funcionários. Estava claro que o método convencional (botar todo mundo numa sala) não iria funcionar, já que o professor insistia na necessidade da interação, impraticável com um público daquele tamanho. Como sempre acontece nessas reuniões, a imaginação voou longe do objetivo, até que, lá pelas tantas, uma colega propôs usarmos um trecho do Sermão da Montanha como tema do evento. E o professor, que até ali estava meio quieto, respondeu de primeira. Aliás, pensou alto:
-- Jesus era peripatético...
Seguiu-se uma constrangida troca de olhares, mas, antes que o hiato pudesse ser quebrado por alguém com coragem para retrucar a afronta, dona Dirce, a secretária, interrompeu a reunião para dizer que o gerente de RH precisava falar urgentemente com o professor. E lá se foi ele, deixando a sala à vontade para conspirar.
-- Não sei vocês, mas eu achei esse comentário de extremo mau gosto -- disse a Laura.
-- Eu nem diria de mau gosto, Laura. Eu diria ofensivo mesmo -- emendou o Jorge, para acrescentar que estava chocado, no que foi amparado por um silêncio geral.
-- Talvez o professor não queira misturar religião com treinamento -- ponderou o Sales, que era o mais ponderado de todos. -- Mas eu até vejo uma razão para isso...
-- Que é isso, Sales? Que razão?
-- Bom, para mim, é óbvio que ele é ateu.
-- Não diga!
-- Digo. Quer dizer, é um direito dele. Mas daí a desrespeitar a religiosidade alheia...
Cheios de fúria, malhamos o professor durante uns dez minutos e, quando já o estávamos
sentenciando à fogueira eterna, ele retornou. Mas nem percebeu a hostilidade. Já entrou
falando:
-- Então, como ia dizendo, podíamos montar várias salas separadas e colocar umas 20 pessoas em cada uma. É verdade que cada treinador teria de repetir a mesma apresentação várias vezes, mas... Por que vocês estão me olhando desse jeito?
-- Bom, falando em nome do grupo, professor, essa coisa aí de peripatético, veja bem...
-- Certo! Foi daí que me veio a idéia. Jesus se locomovia para fazer pregações, como os filósofos também faziam, ao orientar seus discípulos. Mas Jesus foi o Mestre dos Mestres, portanto a sugestão de usar o Sermão da Montanha foi muito feliz. Teríamos uma bela mensagem moral e o deslocamento físico... Mas que cara é essa? Peripatético quer dizer "o que ensina caminhando".
E nós ali, encolhidos de vergonha. Bastaria um de nós ter tido a humildade de confessar que desconhecia a palavra que o resto concordaria e tudo se resolveria com uma simples ida ao dicionário. Isto é, para poder ensinar, antes era preciso aprender. Finalmente, aprendemos.
Duas coisas;
A primeira é: o fato de todos estarem de acordo não transforma o falso em
verdadeiro;
E a segunda é que a sabedoria tende a provocar discórdias. Mas a ignorância é quase sempre unânime.

Não importa o quanto você foi longe no caminho errado. Volte para trás.
Ditado turco

terça-feira, 19 de outubro de 2010

O Poder da Marca Pessoal

* Por Adilson Souza  (Mestre em Psicologia e pós-graduado em Educação, Administração de Empresas e Administração de RH e professor nos cursos de MBA Executivo do INPG)

Nos últimos tempos percebe-se uma preocupação e atenção com a construção e consolidação da Marca, me refiro à marca empresarial. E isso não diz respeito apenas às grandes corporações, as micro, pequenas e médias empresas também estão atentas. Mas o meu propósito é provocar e desafiá-los a algumas reflexões, em especial no que tange a nossa Marca Pessoal. Você já parou para pensar “O que faz as pessoas lembrarem de você?”; “As lembranças que as pessoas têm de você é a que você gostaria de ter?”
Parte essencial de nossa marca está na resposta a essas questões. Afinal, como o próprio nome diz marca é aquilo que marca, seja ela nos aspecto pessoal ou profissional. Há pessoas que são lembradas pela cordialidade, outras pela sabedoria, confiança, liderança, entrega de resultados, profissionalismo, dedicação, determinação, comprometimento, persuasão, poder de influência, exímio vendedor, excepcional atendente, etc.. E ainda, se caminhar para o campo dos temperamentos, teremos os estrategistas, energizadores, desbravadores e os conservadores, enfim, todos eles oferecem contribuições consideráveis para a performance organizacional. Já outros profissionais são lembrados pelo mau humor, pessimismo, pela rispidez, ignorância, resistência, ou ainda por ser quadrado, antigo, medroso, inseguro, etc.
Ao pensar em amigos, colegas de trabalho e pessoas do seu relacionamento, você certamente terá uma lista enorme de adjetivos, mas lembre de pensar em você. É provável que alguém de seu relacionamento também esteja fazendo essa lista. E imagine que a equipe que você lidera ou irá liderar esteja realmente fazendo essa lista. Os seus adjetivos contribuem ou não para um ótimo exercício de sua liderança?
Talvez você tenha alguma ideia do que sua equipe colocou nessa lista, no entanto, você pode checar se os atributos dessa lista são ou não favoráveis ao seu exercício de liderança. É simples, verifique se nos últimos anos você conseguiu atrair pessoas talentosas para trabalhar com você, se as pessoas te procuram sinalizando o interesse em fazer parte de sua equipe. Como as pessoas reagem quando são convidadas para trabalhar com você?
É provável que você se sinta aliviado ou com um enorme desconforto, afinal isso é apenas uma parte de sua Marca Pessoal, a que você estabelece com sua equipe. E que marca você tem com os seus pares, superiores, clientes e mercado?
O mundo corporativo costuma exigir entregar de resultados e aliado a isso profissionais com talento para liderar, pois só o resultado não é mais suficiente quando não acompanhado da atração, manutenção e retenção dos talentos.
Os grandes líderes se atentam a essas questões e reflexões, em particular quando inclui em seu propósito de vida a formação do legado. Ou seja, O que é preciso aprender? O que é preciso fazer? O que é preciso ensinar a fazer? Em especial, que exemplo pode ser?

“Seja a mudança que você quer ver no mundo”
Mahatma Gandhi:

Gerações: o que é isto?

 * Por Cintia Menegazzo

Você sabe o que é uma geração? Você sabe quanto tempo demoramos para ter uma geração “classificada”?

De forma muito simplista, em média a cada vinte anos, tempos uma geração formada. Ou seja, um conjunto de comportamentos, cultura, hábitos, aspectos sociais está formado e, de certa forma, passamos a ter que conviver com isto.
Globalização, agilidade, rapidez, multinacionalidades, fronteiras e pessoas são partes dos desafios comuns que enfrentamos hoje. Estrangeiros procurando emprego no Brasil, brasileiros buscando oportunidades fora do seu país, gestores que administram suas equipes por meio de conference call, adaptação ao fuso horário e conhecimento de culturas e hábitos em busca de uma carreira de sucesso existente em um mercado global, faz com que cresça a demanda por aprender a relacionar-se “multiculturalmente.” Estes são comportamentos da geração presente!
As mudanças que percebemos quando avaliamos toda história humana estão se acentuando em uma velocidade extraordinária. E cada vez mais este conceito de geração se estabelece em um tempo menor. Este é o momento que estamos “consolidando” estudos e pesquisas sobre a geração das conexões, que foi alavancada por toda tecnologia proporcionada pelo crescimento dos meios de comunicação, sobretudo de telefonia e internet. Nunca se conectou tanto e as informações circularam de forma tão instantânea.
Com a revolução e barateamento dos meios de transporte e, principalmente com as reduções de custos operacionais e transacionais em escala global das comunicações, por meio de meios eletrônicos que quebraram a distância entre tempo e espaço. As organizações passaram a contar com acesso rápido às informações, interação imediata, multiplicação das inovações, mudando o sistema produtivo e cultura das sociedades.
Pensando em um mundo global e em pessoas que nele habitam, nos questionamos o que teriam feito estas pessoas, grupos ou gerações para promover tantas mudanças?
As diferenças geracionais compõem uma das lentes pelas quais podemos analisar as mudanças no mundo do trabalho e embora existam muitas variações na forma como as gerações são apresentadas, há um consenso que resume os grupos: Baby Boomers, Geração X e Geração Y, Geração Z.

Os Baby Boomers (1946 – 1964) experimentam a prosperidade do pós-guerra e agora se aproximam da aposentadoria.
A Geração X (1965 – 1978) viveu a queda do muro de Berlim, o boom das empresas ponto com e o surgimento de várias tecnologias. São céticos e resistentes a mudanças.
A Geração Y (1979 – 1999) são questionadores, atentos, rápidos, preocupados com qualidade de vida e meio ambiente. Tem pouca resistência a mudanças e aceita desafios. Falam mais de um idioma e são bem informados.
Geração Z (2000 – até agora) nasceram conectados. Ainda não há muitos estudos no campo organizacional.

Direcionando o foco para a Geração Y, pode-se falar que valorizam a prática e a experiência para aprender, deste modo, identificam-se com os Baby Boomers, pois estes, trazem consigo o conhecimento. Além disso, referem aprender em networks e em grupos de forma colaborativa, usando a tecnologia como principal ferramenta para o aprendizado.
Como aspectos mais relevantes vêm no reconhecimento pelo trabalho algo importante para o desenvolvimento profissional do que aceitar e as imposições e maus tratos como forma de gratidão e conformismo e por isso, 58% deste público, esperam assumir um cargo de liderança em um período de 1 até 3 anos de empresa permanecendo em um período médio de até 5 anos na organização.
Diante deste cenário, os profissionais de RH devem repensar as suas estratégias no recrutamento, desenvolvimento e retenção de pessoas. Tantos para os novos, mas também para os que já estão.
Todas as gerações requerem atenções diferenciadas! Deste modo, algumas relações precisam ser melhores observadas tais como: autoridade, empresa, colegas, trabalho e gestão. Pensando nestas diretrizes e nos questionamentos que cercam os pares (gestores), talvez seja possível desenvolver estratégias adequadas para selecionar, desenvolver e reter estes talentos que cada vez mais não esperam, sai fazendo hora com êxito e hora sem independente das adversidades.
E você já ousa pensar em quais são as característica das pessoas e do mundo para a próxima geração?

Ninguém é igual a ninguém. Todo o ser humano é um estranho ímpar.
Carlos Drummond de Andrade

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Faleceu ontem a pessoa que atrapalhava sua vida...

*Por Luís Fernando Veríssimo

Um dia, quando os funcionários chegaram para trabalhar, encontraram na portaria da organização um cartaz enorme, no qual estava escrito:
"Faleceu ontem a pessoa que atrapalhava sua vida na Empresa. Você está convidado para o velório na quadra de esportes".
No início, todos se entristeceram com a morte de alguém, mas depois de algum tempo, ficaram curiosos para saber quem estava atrapalhando sua vida e bloqueando seu crescimento na empresa. A agitação na quadra de esportes era tão grande, que foi preciso chamar os seguranças para organizar a fila do velório. Conforme as pessoas iam se aproximando do caixão, a excitação aumentava:
- Quem será que estava atrapalhando o meu progresso ?
- Ainda bem que esse infeliz morreu !
Um a um, os funcionários, agitados, se aproximavam do caixão, olhavam pelo visor do caixão a fim de reconhecer o defunto, engoliam em seco e saiam de cabeça abaixada, sem nada falar uns com os outros. Ficavam no mais absoluto silêncio, como se tivessem sido atingidos no fundo da alma e dirigiam-se para suas salas. Todos, muito curiosos mantinham-se na fila até chegar a sua vez de verificar quem estava no caixão e que tinha atrapalhado tanto a cada um deles.
A pergunta ecoava na mente de todos: "Quem está nesse caixão"?
No visor do caixão havia um espelho e cada um via a si mesmo... Só existe uma pessoa capaz de limitar seu crescimento: VOCÊ MESMO! Você é a única pessoa que pode fazer a revolução de sua vida. Você é a única pessoa que pode prejudicar a sua vida. Você é a única pessoa que pode ajudar a si mesmo. "SUA VIDA NÃO MUDA QUANDO SEU CHEFE MUDA, QUANDO SUA EMPRESA MUDA, QUANDO SEUS PAIS MUDAM, QUANDO SEU (SUA) NAMORADO(A) MUDA. SUA VIDA MUDA... QUANDO VOCÊ MUDA! VOCÊ É O ÚNICO RESPONSÁVEL POR ELA."
O mundo é como um espelho que devolve a cada pessoa o reflexo de seus próprios pensamentos e seus atos. A maneira como você encara a vida é que faz toda diferença. A vida muda, quando "você muda".

Procure sempre capacitar-se, aumentar seus conhecimentos, pois ser mestre não é saber tudo mais aprender sempre!!!

terça-feira, 12 de outubro de 2010

O discurso na entrevista de emprego

*Por Bruno Soalheiro (Psicólogo e consultor empresarial afiliado ao IBCO. Atualmente é sócio diretor do Instituto Carpe Diem)

Pelo fato de trabalhar com RH, é bastante freqüente que conhecidos e amigos me perguntem sobre qual a maneira ideal de se comportar em uma entrevista. Nestes casos, além de recomendar a eles a leitura de alguns artigos que já existem sobre o tema, me ofereço para fazer um teste de entrevista, focando especialmente um aspecto: O discurso!
É óbvio que existem diversas variáveis a serem consideradas em uma entrevista, como pontualidade, maneira de vestir, conhecimento do próprio currículo, higiene pessoal, conhecimento técnico do trabalho, e outros; mas o ponto no qual muitas vezes noto maior dificuldade, é a capacidade de verbalização.
Uma coisa é você saber fazer um trabalho, outra coisa é você saber falar muito bem, com clareza, lógica e segurança, sobre o que você sabe fazer. E já que os entrevistadores não têm como colocar você para trabalhar e avaliar seu desempenho, eles se baseiam muito no “como você fala sobre o que sabe fazer”.
Sabemos que este é um parâmetro que pode enganar (e engana às vezes), afinal, alguém pode ser excelente em se vender, e na prática não ser muito bom. Ainda assim, no mundo de hoje a verdade é: quem se vende bem é comprado! Não estou discutindo se é justo, apenas dizendo que é assim que funciona na maioria das vezes.
E se você observar bem, não são somente os entrevistadores que se baseiam nisto, somos todos nós. Um bom vendedor, um médico que te passa confiança, uma empresa que quer te conquistar, são todos, num primeiro momento, avaliados pela qualidade do discurso. É claro que tem que haver conhecimento técnico – conteúdo- embutido neste discurso; mas a “a forma” como este discurso é construído, faz MUITA diferença.
Vejo muitas pessoas investindo em cursos de aperfeiçoamento técnico ou adquirindo novas habilidades sobre seu trabalho, em busca de melhorar seu desempenho em entrevistas, sem notar que talvez a situação poderia ser resolvida com um curso de oratória ou desenvolvimento da fala. Porque muitas vezes o sujeito já tem o conteúdo, mas falta trabalhar a forma. Só que desenvolver bem a fala é muito mais complicado que comprar uma roupa nova, cortar o cabelo e ser pontual. Exige treino; às vezes muito treino!
Entenda: Falar com segurança, clareza e lógica, sabendo usar as pausas e as emoções na medida certa, faz com que o entrevistador sinta que você é realmente uma pessoa preparada. Se você domina bem o discurso passa a impressão de que domina bem o trabalho! A verdade é: em uma entrevista, uma pessoa com desempenho técnico mediano que saiba falar muito bem sobre seu trabalho costuma ter muita vantagem sobre uma pessoa com excelente desempenho, mas que não saiba construir um bom discurso.
Claro que não estou pregando aqui que você se torne um mago da fala e que pode desprezar o conhecimento técnico. Conteúdo é fundamental, e conhecimento sobre a área de atuação é o mínimo que se busca, se não você não vai durar no cargo. Só que muitas vezes o que vai fazer com que o entrevistador saia com “aquela boa impressão” é a sua capacidade de se expressar bem sobre si mesmo.
De repente o que o está impedindo de conseguir um bom emprego pouco tem a ver com sua experiência e conhecimento do trabalho, e sim com sua habilidade de falar com clareza, lógica e objetividade sobre si mesmo. Vender-se bem é fundamental!

Seja uma pessoa que valoriza a essência, não a aparência, cultive os valores mais profundos e não caia na tentação de se tornar um "super" em um mundo de estrelas sem brilho próprio.
Roberto Shinyashiki

As Atitudes Tudo ou Nada

*Por Roberto Shinyashiki

 Percebo que as pessoas que decidem transformar sua vida desenvolvem um tipo especial de atitude. Elas se empenham em cada ação como se a vida inteira dependesse desse esforço. Elas vêem a construção do futuro como a única forma de viver como fazem os oficiais com seus soldados em situações desfavoráveis de batalha. Em outras palavras, decidem queimar as pontes que permitem retroceder.
Nessas decisões radicais, é importante assumir, também, um comportamento radical, nos grupos de Alcoólicos Anônimos fala-se muito sobre o perigo de tomar um único copo de bebida, pois a decisão de parar de beber tem que vir acompanhada de uma atitude do tipo tudo ou nada.
Uma pessoa dependente dos pais que resolve morar sozinha não pode mais chegar atrasada ao emprego porque perdeu a hora. Terá, pelo menos, de comprar um despertador eficaz porque não haverá ninguém para acordá-la toda manhã.
Um empresário que está à beira da falência não pode continuar gastando sem nenhum controle. A decisão de partir para o tudo ou nada é somente o primeiro passo. Depois da decisão, precisa haver atitude. Há pessoas que se casam, mas querem levar a vida de solteiras. Resultado: o casamento fracassa.
Há pessoas que decidem ter filhos, mas querem continuar a viver como se os filhos não existissem. Resultado, teremos crianças órfãs de pais vivos.
Lembre-se, há dois tipos de atitudes: as atitudes tudo ou nada e as atitudes mais ou menos.
Uma atitude mais ou menos sempre leva a um resultado medíocre. É importante entender com toda clareza que, durante um processo de transformação radical, a atitude de fazer um pouco de cada vez nos trará resultados muito parecidos aos que teríamos se não fizéssemos nada. Quem quer fazer uma revolução na vida precisa tomar uma atitude radical. E, quando se toma uma decisão radical, é preciso continuar caminhando pela estrada que escolhemos com comprometimento, determinação e fé.
Nossas atitudes devem ter a mesma intensidade das decisões que tomamos. Uma atitude tudo ou nada é mergulhar em um novo amor como se sua respiração dependesse da respiração do seu companheiro, é sair da casa dos pais e cuidar de suas responsabilidades como se houvesse apenas você no mundo para pagar suas contas, é aprender uma nova profissão como se sua vida dependesse dessa empreitada, é abraçar o novo emprego como se essa fosse a última oportunidade de sua vida. Porque é preciso correr atrás de nossos objetivos com a determinação de um faminto que anseia por um prato de comida. Buscar a água como um homem perdido no deserto.
Dançar a música da vida como se seu corpo e sua alma fossem os instrumentos dessa música!
Afinal, se você romper as grades da gaiola, mas não bater as asas para valer, jamais poderá voar de verdade!

A VIDA NÃO É UM QUADRO PRONTO, E SIM UMA OBRA DE ARTE QUE SE REVELA COM UMA NOVA PINCELADA A CADA DIA...
Roberto Shinyashiki

Home Office: o desafio de trabalhar em casa

*Por Prof. Yeda Oswaldo

Até bem pouco tempo atrás era praticamente impensável trabalhar em casa. Trabalhar no próprio ambiente em que se morava era sinônimo de preguiça ou fracasso e até mesmo as duas coisas juntas – as pessoas que mantinham escritórios em casa eram consideradas mal sucedidas pois não tinham como manter um local de trabalho apropriado, não podiam alugar ou manter um espaço para tal finalidade. E eram também consideradas indolentes por teoricamente, permitirem essa situação. Trabalhar em casa era permitido somente para o sexo feminino, assim mesmo para atividades como lavar, cozinhar ou cuidar dos filhos.
Hoje essa a realidade mudou. A velocidade das informações, a necessidade de ser mais produtivo, fazer mais com menos, de diminuir custos, as longas distâncias entre o local da empresa e o domicílio do colaborador, falta de segurança nas ruas, enfim, fez com que os modelos organizacionais até então focados em todos funcionários trabalhando juntos em um único ambiente se modificassem com a mesma velocidade da internet. As empresas que até então mantinham um controle rígido sobres os horários dos funcionários passaram a permitir e em algumas situações a motivar, seu pessoal a trabalhar em casa. A rede mundial de computadores contribuiu sobremaneira para essa mudança no estilo de vida das pessoas.
No entanto, as pessoas que trabalham em casa devem atentar-se para alguns fatores importantes ou correm o risco de serem menos produtivas e a ficar mais estressadas que seus colegas que trabalham full time na empresa, comprometendo sua qualidade de vida e de toda sua família;

1- Manter um local apropriado para o desenvolvimento do trabalho. Levar o notebook para o braço do sofá enquanto assiste aquele programa de culinária, nem pensar. Além dos problemas ergonômicos, carregar o trabalho de um cômodo para o outro só vai fazer com que a pessoa se distraia, além da enorme perda de tempo em montar e desmontar esse escritório itinerante.

2- Manter o local organizado. Não deixar para depois aqueles arquivos de relatórios gerados. Geralmente a pessoa que trabalha em casa não dispõe de auxiliares ou secretárias, fazendo ela mesma esse tipo de trabalho. Procrastinar esse serviço só vai deixar o ambiente caótico.

3- Estabelecer horários de trabalho, ter disciplina. Não é porque a pessoa não tem nenhum chefe por perto que pode trabalhar a hora que bem entender. O trabalho existe e deve ser executado – se não for em horários pré-estabelecidos por ela mesma, acabará sendo feito em horários inoportunos como finais de semana em que a pessoa deveria se dedicar ao lazer e à família, gerando uma insatisfação tanto na pessoa como naqueles que o cercam. Além disso, o desrespeito da própria pessoa em relação ao horário, permitirá que as outros possam interrompê-la por motivos banais.

4- Manter-se longe do home Office enquanto está com a família ou em horários de lazer em casa. Esse talvez seja um ponto bastante difícil, afinal, esperou um tempo enorme por aquela idéia e simplesmente não pode deixar para depois. Nesse caso, faça anotações breves sobre esse insight para que possa se lembrar disso na hora em que for trabalhar, e bom trabalho.

Vencer não é competir com o outro. É derrotar seus inimigos interiores.
Roberto Shinyashiki

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Você é o máximo!?

*Por Jose Antônio Rosa

A não ser que você se chame Máximo, pode ter certeza de que você não é o máximo, até porque ninguém é. Há pessoas que se olham no espelho diariamente e dizem isso para si mesmas. Tornam-se auto-suficientes – não precisam de ninguém – e posicionam-se como fortalezas inabaláveis. De repente vem uma demissão. Aí começam a negar a dificuldade para si mesmas, a se auto-iludir, a querer manter na marra uma idéia de que são espetaculares e à prova de qualquer problema humano. Ninguém é insubstituível, ninguém é bom em todas as circunstâncias, ninguém é perfeito. Qualquer atitude de arrogância e auto-suficiência só pode levar a decisões e comportamentos contraproducentes.
Por outro lado, pedir ajuda é sempre grandeza e sabedoria. Vivemos em comunidades de interdependentes e pedir é um meio de solidificar relações, de valorizar o outro e de comprometer-se a ajudar também, quando necessário. Os outros percebem logo que você está no jogo e passam a passar a bola. Vale a pena.

"O sucesso tem tudo a ver com atitude."
 (Jimmy Dunne)

Líder-servo

 *Por Pablo Nascimento Beloni

O mundo dos negócios é altamente competitivo, somos sempre desafiados a ultrapassarmos nossos limites, superar os concorrentes. Como líderes, precisamos instigar nossos liderados a darem o máximo de si para o alcance dos objetivos, mas pouco, ou nunca, se fala em servir, mesmo que em toda organização servimos outros departamento ou pessoas, ou somos servidos por esses.
Para liderar nesta realidade competitiva e capitalista, podemos adotar duas posturas, uma de resultados somente, onde a todo custo buscamos atingir os objetivos numéricos e somente isso, não nos importando com quem está ao nosso lado, mas sim com o quê estamos lidando, ou podemos ser líderes-servos que, com o foco também nas pessoas, atinge resultados muito mais satisfatórios e duradouros.
Um grande exemplo de líder-servo foi Jesus Cristo. Não vou discutir aqui sua autoridade espiritual, ou sua divindade, pois é algo incontestável, mas sim sua postura enquanto líder. Certa vez, quando Jesus estava à mesa com seus discípulos, seus liderados, não havia ninguém naquele lugar que pudesse lavar os pés deles antes daquela refeição (costume tradicional dos judeus). Jesus então fez esta tarefa, lavando os pés daqueles que, na visão corporativa, estavam num nível hierárquico inferior ao dele.
Para muitos essa atitude pode parecer humilhante, mas o líder-servo Jesus, ensinou uma lição aos seus liderados que eles nunca iriam esquecer, pois viram o exemplo sendo dado a eles. Jesus enfatizou a idéia de sua ação, dizendo que os discípulos deveriam fazer como ele fez, não o que ele fez, mostrando que mais importante que a ação de lavar os pés, era a postura de servir.
É comum encontramos nas empresas equipes desestruturadas que se abalam tão facilmente por falta desta postura de servir, pois todos querem ser servidos, mas servir não. Quando estamos liderando uma equipe precisamos entender que não somos proprietários daquelas pessoas, somos apenas alguém que irá coordenar as ações para que juntos se obtenha um resultado.
A ideologia do líder-servo implica em mudança de postura, em empatia, em ajuda ao outro, em relacionamento, em competitividade sadia, em companheirismo, tudo isso voltado para o alcance de um objetivo.
Pense nisso e tente adotar essa ideia.

"Uma atitude positiva pode não resolver todos os seus problemas, mas ela irá incomodar uma quantidade suficiente de pessoas para valer o esforço."
(Herm Albright)

Os outros não são problemas

*Por José Antonio Rosa

O meu problema é o chefe, o cliente, o fornecedor etc. Isso pode ser verdade em alguns casos, mas freqüentemente é mais postura pessoal inadequada de quem o diz do que realidade. O chefe tem o jeito dele, que nem sempre nos agrada, mas isso ao invés de ser visto como o problema tem de ser visto como o desafio, o desafio da liderança, pois esta nada mais é que conquistar corações e mentes diferentes dos nossos. Isso se torna difícil se vejo o chefe (ou quem quer que seja) como problema, pois essa visão contamina negativamente a minha psique e aí…
Um exercício que ajuda na melhoria de seu potencial de liderança:
Faça uma lista daquelas pessoas com as quais você vem tendo problemas;

-Assuma a postura de que essas pessoas têm razão naquilo em que você têm divergido;
-Faça uma lista dos pontos que demonstram por que essas pessoas têm razão;
-Procure entender, de coração, as razões dessas pessoas;
-Procure ver o que você está fazendo de errado no relacionamento com elas;
-Mude a postura, pois, se não mudar talvez você nunca venha a conquistá-las;
-Acompanhe o reflexo de sua mudança de postura.

"O problema não é o problema - o problema é a ATITUDE com relação ao problema."
 (Kelly Young)