quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Mudar para permanecer — Você está preparado?

*Por Dr. Lair Ribeiro (Palestrante internacional, ex-diretor da Merck Sharp & Dohme e da Ciba-Geigy Corporation, nos Estados Unidos, e autor de vários livros que se tornaram best-sellers no Brasil e em países da América Latina e da Europa. Médico cardiologista)

Muitas pessoas sonham com uma verdadeira transformação em suas vidas, mas querem que seja assim: vapt-vupt e pronto, se tornam outras pessoas, mais confiantes, bem-sucedidas, prósperas e felizes!
Na vida real isso não acontece. Por mais que sejam positivas e necessárias, mudanças costumam ser tão desgastantes que, mesmo querendo mudar, algumas pessoas relutam e tentam seguir sua vida do “jeitinho” de sempre.
A respeito das mudanças, os mais conservadores ou medrosos diriam: “É o mais sensato!” ou “Melhor não trocar o certo pelo duvidoso.”
Sim, o processo causa medo em muita gente. Trata-se de um medo físico, pois exige uma adaptação do nosso sistema nervoso sair da “zona de conforto”, buscando novos caminhos para conectar as áreas emocional e racional do cérebro.
As coisas, nem sempre acontecem como planejamos. Chega um momento em que é fundamental sair da inércia e implementar mudanças, que não necessariamente precisam ser gigantescas nem imediatas, mas podem ser muito singelas. Porém, quando surge a insatisfação, as pessoas, em vez de cogitar da possibilidade de mudança, tendem a ocupar a posição de vítimas e culpam a tudo e a todos pelos seus sentimentos. Em vez de eleger culpados, reflita sobre as suas atitudes e escolhas perante a vida e avalie se suas decisões têm ido ao encontro de seus valores e propósito de vida. Mudar alguns padrões de comportamento, como a falta de amor-próprio, o sentimento de culpa e a baixa auto-estima, pode resultar em uma grande diferença, incitando, até mesmo, o despertar de um novo ser.
Em geral, as pessoas têm uma reação muito previsível quando se deparam com a necessidade de mudança e costumam agir dentro de um ciclo conhecido como “Ciclo do pesar”, que inclui: choque, negação, raiva, negociação, tristeza, aceitação e desempenho. Vejamos como ele se desenvolve:

A primeira reação frente à necessidade de mudança é a de um verdadeiro “choque”. A pessoa fica anestesiada, sem conseguir aceitar que terá de mudar seus padrões, tão perfeitamente enraizados em seu modo de vida.
Após o “choque” inicial, vem a fase de “negação”, quando a pessoa tenta se convencer de que não precisa sucumbir à mudança e pode seguir sua vida exatamente como ela tem feito até o momento.
Ao conscientizar-se de que a mudança é realmente necessária, a pessoa passa por um estágio de “raiva”, pois ainda não conseguiu assimilar todos os aspectos da mudança nem aceita ter de abrir mão de seus padrões atuais.
Em seguida, ela entra na fase de “negociação” e tenta barganhar a possibilidade de manter algumas coisas e aceitar outros aspectos da mudança.
Ao se dar conta de que a mudança é inevitável e que precisará abandonar os padrões que estão bloqueando a sua produtividade, vem um sentimento de “tristeza”.
Por fim, superada a tristeza, chega a vez de contemplar um estado de plenitude e produtividade. É a fase de “aceitação e desempenho”, em que, finalmente, a mudança é implementada e a pessoa se dá conta de como ter optado pela mudança poderá beneficiá-la... até a próxima mudança!

É incrível pensar que passamos por todos esses estágios mesmo quando a mudança representa algo positivo e desejado. Tenha em mente que você tem a liberdade e o direito de fazer as escolhas que podem tornar sua vida melhor e mais feliz, assim como tem o poder de abrir mão daquilo que lhe traz dor, tristeza e infelicidade. Ou seja, mudar está ao seu alcance, sempre.

Não acredite em algo simplesmente porque ouviu. Não acredite em algo simplesmente porque todos falam a respeito. Não acredite em algo simplesmente porque esta escrito em seus livros religiosos. Não acredite em algo só porque seus professores e mestres dizem que é verdade. Não acredite em tradições só porque foram passadas de geração em geração. Mas depois de muita análise e observação, se você vê que algo concorda com a razão, e que conduz ao bem e beneficio de todos, aceite-o e viva-o.
Buda

Mensagem de fé aquece noite nas ruas (vale a pena a leitura e a reflexão)

*Por Stefanie Archilli - Jornal de Limeira

Não tenho nem ouro nem prata, mas o que tenho, eu te dou: em nome de Jesus Cristo, levanta-te e anda. (Atos dos Apóstolos, 3,6)".

A passagem bíblica é a tradução de um trabalho realizado em Limeira por voluntários chamados de Mensageiros da Noite. Eles utilizam recursos próprios e com a palavra de Deus oferecem muito mais do que comida e roupas; eles distribuem afeto e carinho aos moradores de rua.
O versículo citado no início dessa matéria está escrito no uniforme dos Mensageiros da Noite, um grupo formado dentro da Paróquia Santa Luzia, na Vista Alegre. Vestidos com uma camiseta preta, eles se infiltram em um universo onde só existe a fé e a amizade. "Eles (moradores de rua) não têm nenhum apego material, mas tem muita fé. Quando perguntamos a eles, como você está? A resposta é sempre: 'graças a Deus estou bem e feliz'", falou o mensageiro Daniel Blumer Padron, 24 anos.
O jovem casal, Daniel e Audren Aleixo, 24, deixaram de lado qualquer preconceito para seguir um caminho que outro casal, Antonio Gabriel Lino e Cristina Bastelli Lino, 48, percorre há 10 anos, desde o início do projeto. "É um trabalho difícil, mas muito gratificante. Em 10 anos recuperamos muitas pessoas.
A sopa que alimenta os moradores de rua também é multiplicada. "Ela nunca acaba. Tem dia que parece que não vai dar para alimentar todos, mas sempre dá", falou Daniel.

O TRABALHO
Os Mensageiros da Noite entregam sopa, pão, café, roupas, cobertores e muito carinho e atenção aos moradores de rua. É um trabalho realizado pelos fiéis da Paróquia Santa Luzia, presidida pelo padre Ismael Vanderlei Avi. "Começou com um grupo de jovens que faziam o terço nas casas. Daí eles viram a necessidade de fazer um trabalho mais abrangente. Começaram com um dia de visita e hoje são dois, às segundas e sextas-feiras", declarou Lino.
O trabalho é feito das 20h às 1h30 às segundas e das 22h30 às 5h30 às sextas-feiras. No total, 38 pessoas se revezam em grupo de quatro na entrega da sopa durante a noite. Outras 20 pessoas são responsáveis pela sopa, o café, os mantimentos e o pão. "Tudo sai do nosso bolso ou de doações. O carro que usamos é de algum mensageiro, a comida é feita por voluntários. E não temos hora marcada para terminar a entrega. De sexta-feira começamos mais tarde, porque como a cidade está movimentada, os moradores de rua se escondem, daí os encontramos apenas de madrugada", falou Lino.

NA CAÇA
Na rua, o primeiro lugar que foi visitado foram os arredores da Santa Casa.
"Vamos à caça", disse Daniel.
Os mensageiros descem do carro e dois deles dão uma volta pelo quarteirão da Santa Casa a procura de moradores de rua. Eles já conhecem os locais onde eles dormem, mas a maioria nunca permanece por muito tempo no mesmo lugar. "O que acontece muito é que os moradores próximos espantam eles. Porque eles fazem as necessidades no lugar, daí fica um mal cheiro ou porque as pessoas têm medo mesmo. Daí eles procuram outro lugar para ficar, depois voltam", declarou a mensageira Cleide Venancio Donegá, 41.
Aos arredores da Santa Casa não encontramos nenhum morador. Daí partimos para a avenida Comendador Agostinho Prada, onde estava Igor, 16. No semáforo, outros jovens como Igor costumam pedir esmolas. Os mensageiros não dão dinheiro, entregam apenas a comida e oferecem uma oração.
Neste dia Igor não aceitou, então partimos para outra visita, à casa de dona Cidinha, que apesar de ter um cômodo para morar, vive em condições precárias. "Sempre visitamos a dona Cidinha. Têm algumas pessoas que não mudam de lugar, por isso sempre conseguimos encontrá-las. Agora quando nunca mais encontramos eles nas ruas, é porque ou morreram ou voltaram para sua família. Não dá para saber qual é o fim deles", declarou Cristina.

FAMÍLIA
Cristina encontrou, por mais de uma vez, pessoas mortas na rua. "Uma história que me marcou foi de um homem que morava dentro de um barranco. No Natal, levamos comida e presentes para ele. No dia seguinte, ele foi encontrado morto. Esse tipo de cena choca muito. Outra que não consigo esquecer é de quando encontramos uma família, casal e quatro crianças morando na rua. A pior coisa é encontrar crianças", disse.
Lino chegou a resgatar meninas que estavam em uma casa de prostituição. "Aos poucos fomos 'roubando' elas da casa e colocávamos elas dentro do ônibus de volta para o Maranhão. Em 10 anos de mensageiros, já vimos de tudo nessa vida."
Segundo ele, mais de 10 mil pessoas já devem ter sido atendidas pelos grupo. Seu Chico, que mora na praça onde fica o hospital Humanitária, no Jd. Nova Itália, é conhecido há oito anos. "Tem algumas 'figurinhas' já carimbadas, como o Steve - que perambula pela cidade olhando para cima - e o Barba, que come lixo das cestas da Praça Toledo Barros", contou Cristina.
De acordo com Cleide, a maioria tem família, mas opta por morar nas ruas por vários motivos, entre eles o alcóol e as drogas. "Seis ou sete que realmente são moradores de rua e não tem família. Muitos estão na rua porque foram rejeitados pela família."
Mas existem casos como de Eurídes Pires Cardoso, 64, que ficou sozinho no mundo, e aguarda sua aposentadoria para conseguir sair das ruas. "Aprendemos grandes lições com eles e começamos a dar mais valor por termos uma família, uma casa. A gente não tem nenhum problema nessa vida", declarou Audren.

LIÇÕES
A cada visita, a cada lugar que eles entram, em cada rosto que sorri para os mensageiros, existem histórias de vida, que engrandecem esse trabalho que transmite o verdadeiro sentido do amor ao próximo.
Os mensageiros abraçam essas pessoas, escutam suas histórias, dão risadas com eles e, antes de se despedirem, todos dão as mãos e oram por Deus.
Nem mesmo o vício em crack tira a fé de pessoas como Nelson. E mesmo depois de perder tudo nas enchentes do Rio Grande do Sul, ainda existe fé e esperança para outro Nelson, esse encontrado pelos mensageiros após a reportagem se despedir do grupo. Nessa noite, duas novas lições de vida foram ensinadas aos voluntários, de dois Nelson, que ainda encontram felicidade nas ruas da cidade.

"Cheguei nas ruas pelas escolhas que fiz. Se voltasse no tempo, não teria usado crack"
O depoimento mais surpreendente da noite foi de um morador de rua, pai, viciado em crack, que sonhava em se tornar pastor. Nelson, 32 anos, está há um mês em Limeira e essa foi a primeira vez que o grupo da Paróquia Santa Luzia o encontrou nas ruas da cidade. Um motociclista avisou os Mensageiros que um homem dormia em frente a um estabelecimento comercial localizado na rua Duque de Caxias. O grupo abordou Nelson, que desde o início se mostrou receptivo e, não teve receio de dividir com os Mensageiros a sua história de vida. "Saí de Bauru e apenas passaria alguns dias em Limeira. Mas resolvi ficar por aqui. Estou nas ruas porque tudo o que consigo ganhar vai para o meu vício", declarou Nelson, que é viciado em crack há 12 anos.
Ele passou por sete internações e não consegue se livrar do vício que destruiu a sua vida e seus sonhos. "Me sinto um trapo. Cheguei a um estágio da minha vida, que fico aguardando a morte. Às vezes questiono Deus porque Ele deixou eu chegar a esse ponto. Já fui preso e minha vida se resume a olhar os carros, pegar o dinheiro e gastar tudo com o crack", relatou.
Nelson ganha por dia em média R$ 40 trabalhando como flanelinha. Todo o dinheiro é gasto com a droga. Segundo ele, a pedra de crack custa R$ 10 - de boa qualidade - ou R$ 5. "Depende do horário que chego, ainda pego a de R$ 10. Não consigo guardar esse dinheiro para pagar um quarto para dormir e tomar um banho. Parece que minha vida está condicionada ao vício. Até quando vou suportar isso?", falou.
Na noite que encontramos Nelson, ele não tinha consumido a droga, por isso estava com fome. "A droga tira a fome e o sono. Daí só durmo se tomar uma garrafa inteira de pinga. Se não fico sem dormir. Cheguei aqui pelas escolhas que fiz. Se voltasse no tempo, não teria usado crack", declarou o morador de rua, com lágrimas nos olhos.
Nelson também se emocionou quando falou do filho Mateus, que não o vê desde 2002. "Quando saí de uma das internações, voltei para casa e não o encontrei mais. Ele foi embora com a mãe. Gostaria de reencontrá-lo, mas não desse jeito que estou hoje", disse.
A única força que ainda move a vida de Nelson é a fé, mas a esperança foi perdida há muito tempo. "Converso todos os dias com Deus. Acredito que preciso ter um encontro pessoal com Ele para ser liberto. O primeiro sinal Ele me deu hoje. Hoje estou desabafando com vocês e ouvindo todas essas palavras de vocês porque Deus ainda não desistiu de mim."

Juventude perdida
"Fugi de casa nesse ano e acabei em Limeira. Vim surfando no trem. Ando sozinho pelas ruas. Não quero voltar para casa", Igor, 16, veio de São Carlos e costuma ficar no semáforo da esquina da avenida Comendador Agostinho Prada.

Uma guerreira
"Faço essa sopa render para dois dias para eu, meu filho e nora que tem problemas mentais e meu filho que é alcóolatra. Ainda tem minha neta que é drogada, mas ela não está aqui no momento. Ela já vendeu até os copos da minha casa para comprar drogas. E tudo o que tenho aqui dentro foram os parentes que me deram. E sobrevivemos com a ajuda das paróquias que doam a cesta e a sopa", Dona Cidinha, 89, que mora com a família em uma casa simples atrás do Cemitério Saudades. Ela cuida sozinha de todos e sempre se emociona na hora da oração, após receber a sopa dos Mensageiros.

Alegria nas ruas
"Estou aqui (nas ruas) porque gosto. Tenho meus amigos e meu carrinho para coletar recicláveis. Trabalhei na Prefeitura de Limeira, depois fui funcionário público no Estado e tive que ser afastado por problemas na vista. Vim para as ruas e deixei todos meus documentos com uma pessoa, que guarda tudo. Acredito na amizade e na sabedoria de Deus", Seu Chico, 52, encara a vida nas ruas com muito bom humor. Encontramos ele e os amigos Índio e Guilherme, às 23h de uma segunda-feira, sentado no gramado da praça onde fica o hospital Humanitária, no Jd. Nova Itália.

À espera da aposentadoria
"Tô nesse mundo faz tempo. Minhas irmãs morreram e fiquei sozinho, ou melhor, ficamos eu e Deus. Falta um ano para receber a aposentadoria, daí vou sair das ruas, vou pagar um lugar para morar. Não sinto frio ou fome. Olha quantos cobertores me deram e ainda recebo comida desses anjos (Mensageiros). E eles não entregam só a sopa. Conversam comigo, escutam o que tenho a dizer. Sou muito feliz", Eurídes Pires Cardoso, 64, que é natural da cidade de São Pedro, dorme todas as noites em frente a um imóvel localizado na rua Lavapés, no Centro. Eurídes prometeu pagar um churrasco para os Mensageiros quando sair sua aposentadoria. E ele aguarda a chegada do dia que poderá receber os amigos em sua casa.
Saber encontrar a alegria na alegria dos outros, é o segredo da felicidade.
Georges Bernanos

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Arte e expressão desenvolvendo competências pessoais

*Por Maria Inês Felippe (Coordenadora dos cursos de MBA em Gestão Estratégica de T&D)

Os profissionais hoje inseridos no mercado vivenciam as fortes exigências de responder, cada vez mais prontamente, com o conhecimento específico de sua área às necessidades que este novo tempo nos apresenta. No entanto, e curiosamente, percebe-se cada vez mais manifesto, o movimento crescente de abrir espaços ao auto-conhecimento, ao corpo, saúde, espiritualidade, as relações interpessoais, a arte… Que movimento é este?
É o retorno aos princípios e valores importantes para o homem e humanizar o ser significa recolocá-lo dentro do equilíbrio de sua integridade física, emocional, racional e espiritual. É fazer despertar a consciência para valores essenciais, fazendo perceber-se como ser criador e único, importante para a transformação do contexto histórico e cultural ao qual pertence.
Tenho trabalhado intensamente nas empresas com desenvolvimento de competências desde as mais singelas como trabalho em equipe até as mais sofisticadas: Orientação Estratégica, Foco no Cliente, Resultados, Liderança, etc.
A cada ano percebo a evolução e a criação de novas competências que o profissional deverá ter, por vezes desconsiderando sua essência, sua dominância cerebral, colocando o homem como um ser faltante e não com sua força, história, integridade, moral e ética.
Como percebo um discurso interessante de qualidade de vida, só para você ter uma idéia uma grande empresa na área da comunicação solicitou uma palestra de Criatividade e Inovação, que seria inserida no programa de qualidade de vida e que aconteceria durante o almoço, exatamente naquela hora em que estômago gostaria de receber somente, alface, tomate, etc e tal. Não é incrível? Que belo discurso de qualidade de vida, não sei, mas acho algo contraditório. O que você acha? Tenho a impressão que é preciso respeitar o ser humano para ser respeitado, caso contrário não há reciprocidade.
Mas como acessar essa essência, o núcleo do ser humano, resgatando suas crenças, potencialidades e todos os aspectos acima destacados que por vezes desconsiderados pelas empresas?
A resposta está na arte como uma manifestação criadora do homem que constrói a sua história e contribui para a construção da cultura de seu tempo. Não é difícil perceber como a arte ocupou função indispensável desde os primórdios da civilização e continua presente no cotidiano das pessoas. Conhecer arte hoje é participar melhor da vida. É buscar a qualidade de vida do ponto de vista emocional, mental aumentando sua cultura e sensibilidade. Pinturas, desenhos, esculturas e todas as modalidades de arte são formas expressivas que dizem sem falar, contam histórias sem palavras, pois utilizam outros códigos, outra sintaxe. É linguagem que expressa o que as palavras não alcançam explicitar, por isso tão importante para o homem e para a comunicação entre os homens. Fazer arte é experimentar o universo da criação, que de certa forma, nos aproxima da essência de sermos humanos. Fazer arte é correr os riscos da criação, é estar disponível e aberto para um olhar singular sobre os fenômenos, capturá-los, reordená-los para chegar a formas originais.
Nossa experiência com a arte como ferramenta para o desenvolvimento de competências, têm trazido não somente respostas para as empresas, mas para os seres humanos que trabalham nelas, como também para a humanidade, despertando talentos, autoconhecimento o suficiente para entender o que não conseguimos compreender nas exposições de artes.
Minha missão é treinar as pessoas para uma nação melhor.
Vamos juntos nesta descoberta através da arte?

“Sentir, perceber, fantasiar, imaginar, representar fazem parte do universo infantil e acompanha o ser humano por toda a sua vida”.
Ferraz e Fusari

Homens & Mulheres no ambiente de trabalho - Celebrando as diferenças

*Por Lair Ribeiro

Durante muito tempo as relações entre homens e mulheres no ambiente de trabalham eram, no mínimo, hostis. Até hoje, muitas mulheres ainda recebem salários inferiores aos de homens que ocupam o mesmo cargo e reclamam do modo como são tratadas. Muitos homens, porém, garantem que não há preconceito contra a mulher no mundo coorporativo e que, quando incidentes dessa natureza acontecem, não raro são provocados pelas próprias mulheres, que apelam para o estigma do ”sexo frágil” em um cenário em que, agora, o que vale é a competência!
Os tempos de desconfiança e falta de respeito tendem, cada vez mais a ficar no passado. Hoje, empresas têm estimulado seus funcionários, homens e mulheres, a aprenderem com os benefícios que a diversidade pode proporcionar ao funcionamento do negócio, seja ele qual for.
O homem e a mulher têm características distintas, que, se utilizadas em conjunto, tornam-se armas muito mais potentes e eficazes do que se empregadas isoladamente, principalmente no que se refere ao caótico e competitivo mercado de trabalho. A mulher, por exemplo, é capaz de executar várias tarefas ao mesmo tempo e ainda se manter “antenada” no que ocorre ao seu redor. Se ouvir um colega do outro lado da sala dizer algo que lhe interessa, pode apostar que fará algum comentário, mesmo estando com a atenção comprometida com duas ou três atividades simultâneas. Enquanto isso, o homem trabalha com toda sua atenção focada em uma única tarefa, e ai daquele que o interromper.
A mulher, no seu papel de cuidar da segurança dos filhos, desenvolveu uma percepção aguçada para identificar alterações mínimas na aparência e no comportamento de outras pessoas, além de primar pela excelência nos resultados, pois, possuindo visão periférica, ela capta detalhes quase imperceptíveis ao homem, cuja visão é de longo alcance, porém tubular.
Para mostrar as diferenças entre homens e mulheres no ambiente de trabalho, podemos compará-los a computadores. A mulher é um modelo de última geração: multitarefas, com uma enorme capacidade de armazenamento de dados e memória otimizada, o que dá mais agilidade ao seu desempenho que, por natureza, já é ágil. O homem, por sua vez, só não é “monotarefa” porque não existe computador com tal especificação, mas é um modelo da primeira ou da segunda geração de máquinas, que costuma travar quando se tenta fazer duas coisas simultaneamente.
Características femininas, como falar muito ou ser mais sensível e levar tudo para o lado pessoal, faz alguns colegas se sentirem incomodados, principalmente se a conversa ultrapassar as fronteiras do negócio e for para o lado pessoal. Isso ocorre porque o homem usa a fala para comunicar fatos, enquanto as mulheres falam para se relacionar.
Os homens mantêm mais o foco em seus objetivos, são mais fechados e se atêm mais aos fatos, fazendo pouco uso de sua sensibilidade e intuição. Já a sensibilidade feminina ajuda a humanizar as relações de trabalho. Ainda assim, muitas mulheres se chateiam porque seus colegas as vêem primeiro como mulher e, depois, como profissional. Bem, isso é um fato! Não se pretende que o homem deixe de ver uma mulher ao olhar para uma ou vice-versa. Se a primeira coisa que enxergamos no outro é a aparência, não há porque pretender que colegas de trabalho ignorem isso. O homem e a mulher sempre se verão como realmente são, e a atração entre eles continuará a existir, seja em que ambiente for. O importante é que não se esqueçam da sinergia que poderão obter atuando em conjunto, pois, como suas características são complementares, sua produtividade, certamente, será maior trabalhando em parceria do que isoladamente.

"Os homens fazem as obras, mas as mulheres fazem os homens."
Romain Rolland

"Pedi demissão porque não gostava do ambiente da empresa"

*Por Max Gehringer, para radio CBN.

Tenho 20 anos", comecei a trabalhar aos 18 e tive dois empregos até agora. Fiquei dez meses no primeiro e oito meses no segundo. No primeiro, pedi demissão porque não via possibilidade de progresso profissional. E do segundo, saí porque fiquei decepcionado com a maneira como a empresa tratava os seus colaboradores, um ambiente frio, para dizer o mínimo. Estou há quatro meses buscando outro emprego, e tenho sido sincero quando os entrevistadores me perguntam porque eu saí dos empregos anteriores. Mas eu sinto que a minha sinceridade incomoda quem me entrevista. Resultado: não tenho conseguido nada."

Max G. responde;
 A reação de cada um depende da expectativa pessoal. Eu diria que quanto mais baixas forem as expectativas, melhor e mais rapidamente um profissional irá se adaptar a qualquer empresa. No seu caso em particular, você idealizou o que o mercado de trabalho deveria ou poderia ser.
A diferença entre idealização e vida prática é que empresas não contratam empregados para que eles tenham uma carreira de sucesso. Isso é a consequência. Empregados são contratados com a finalidade de executar tarefas bem definidas de curtíssimo prazo. Aqueles que fazem isso com mais eficiência, se destacam.
Já no tocante ao ambiente de trabalho, ele varia enormemente. Há empresas mais tradicionais, que você preferiu chamar de frias, e há outras mais liberais, tanto no traje quanto no relacionamento entre as pessoas.
Nas entrevistas que vem fazendo, você está, de certa forma, expressando o que uma empresa deveria fazer por você, quando o entrevistador está mais interessado em saber o que você poderia fazer pela empresa.
Não estou dizendo que você esteja errado. Estou apenas enfatizando o que você já descobriu. Que candidatos dispostos a aceitar o que a empresa é, têm mais chances de serem contratados.
Se você um dia considerar a possibilidade de vir a ter o seu próprio negócio, você entenderá melhor o que eu tentei explicar. Ao entrevistar os candidatos que irão trabalhar para você, será que você contrataria alguém que se comportasse na entrevista como você vem se comportando, ou você daria preferência aos candidatos que aceitassem os seus pontos de vista?

"Para conhecermos os amigos é necessário passar pelo sucesso e pela desgraça. No sucesso, verificamos a quantidade e, na desgraça, a qualidade."
Confúcio

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Começando a aprender

*Por Lair Ribeiro ( Palestrante internacional e autor, é médico com mestrado em Cardiologia)

Você já deve ter ouvido dizer que estamos neste mundo para aprender.
Mas aprender o quê?

O ser humano é pura energia, e energia prescinde de matéria física para existir. Então, se nós, que somos pura energia, nos encontramos na Terra com um corpo físico e dependendo de coisas materiais para viver, certamente é porque precisamos aprender a lidar com a matéria.
Antes disso, porém, é preciso acreditar no poder do invisível, pois energia é invisível. A energia elétrica, por exemplo, tem inúmeras manifestações, mas nenhuma matéria física. E você não duvida de que ela exista.
E é preciso entender, também, que a energia tem mais poder que a matéria. Enquanto não existe uma energia agindo sobre uma pedra, por exemplo, ela é só uma pedra. Ela só será capaz de atingir as águas de um lago se você a arremessar nele.
Existe um significativo componente metafísico (transpessoal e espiritual) na prosperidade. Não é por acaso que a Bíblia é o livro mais próspero de que se tem conhecimento. Além de ser o livro mais lido do mundo, um fenômeno editorial, o que por si só já a torna referencial de sucesso, na Bíblia também encontramos mais de 600 citações sobre prosperidade. Para ilustrar esse componente metafísico, nada melhor que o primeiro milagre de Cristo: a transformação da água em vinho pela sua intenção e pensamento divinos.
A mente pode controlar a matéria?
Sim, pode mas é preciso cautela. Às vezes, você pode achar que está lidando com algum aspecto metafísico do seu ser, quando, na verdade, está apenas diante de alguma apresentação distorcida da realidade que pode criar em você uma ilusão de poder e lhe dar falsas expectativas quanto ao seu potencial. Andar sobre brasas é um exemplo disso. O contraste das fagulhas incandescentes e do calor da brasa com o escuro e frio da noite tornam esse feito espetacular, mas isso é apenas uma metáfora.
Se você já andou sobre brasas, não pense que conseguirá suportar altas temperaturas com a mesma técnica. Você andou sobre brasas provenientes da queima de madeira, onde não havia chamas, mas fumaça, e a madeira desidratada possui conteúdo de calor relativamente baixo e condutividade mínima.
A condutividade do calor é relativa às propriedades físicas dos materiais. É por isso que, numa noite fria, você sente mais frio se pisar descalço em um piso de ladrilho do que num assoalho de madeira.
Andar em brasa de madeira fumegando, à noite, apesar de parecer espetacular, não é controle da mente sobre a matéria. É apenas a manifestação de uma lei física. Na noite de São João, nas famosas festas juninas do interior, é costume o caipira andar na brasa sem nenhum treinamento prévio. Apenas obedecendo às leis da física.
Isso não invalida o efeito psicológico causado pelo ato de caminhar na brasa. Se bem conduzida, essa metáfora pode promover mudança de crenças na pessoa, levando-a a acreditar mais no seu próprio potencial e na capacidade de superação de obstáculos que se sobreponham às suas metas.

"É comum perder-se o bom por querer o melhor."
William Shakespeare

O valor e o dinheiro

*Por Paulo Coelho

Ciccone German conta a história de um homem que, graças à sua imensa riqueza e sua infinita ambição, resolveu comprar tudo que estava ao seu alcance. Depois de encher suas muitas casas de roupas, móveis, automóveis, jóias, o homem resolveu comprar outras coisas;

Comprou a ética e a moral, e neste momento foi criada a corrupção.
Comprou a solidariedade e a generosidade - e então a indiferença foi criada.
Comprou a justiça e suas leis - fazendo nascer na mesma hora a impunidade.
Comprou o amor e os sentimentos, e surgiu a dor e o remorso.

O homem mais poderoso do mundo comprou todos os bens materiais que queria possuir, e todos os valores que desejava dominar. Até que um dia, já embriagado por tanto poder, resolveu comprar a si mesmo.
Apesar de todo o dinheiro, não conseguiu realizar seu intento. Então, a partir deste momento, criou-se na consciência da Terra um único bem que nenhuma pessoa pode colocar um preço: seu próprio valor.

Sempre correndo
O monge Shuan sempre alertava aos discípulos para a importância do estudo de filosofia ancestral. Um deles, conhecido pela sua força de vontade, anotava todos os ensinamentos de Shuan, e passava o resto do dia refletindo sobre os pensadores antigos.
Depois de um ano de estudos o discípulo adoeceu, mas continuou freqüentando as aulas.
- Mesmo doente, continuarei estudando. Estou atrás da sabedoria e não há tempo a perder. -disse ele ao mestre.
Shuan indagou:
- Como você sabe que a sabedoria está na sua frente, e que é preciso está sempre correndo atrás dela? Talvez ela esteja caminhando atrás de você, querendo alcançá-lo, e de alguma maneira você não está deixando. Relaxar e deixar os pensamentos fluírem, também é uma maneira de atingir a sabedoria.

Começando onde devia ter começado
Conta um leitor que as palavras a seguir estão escritas no túmulo de um bispo anglicano, em uma catedral na Inglaterra:
"Quando eu era jovem, e minha imaginação não tinha limites, sonhava mudar o mundo.
Quando fiquei mais velho e mais sábio, descobri que o mundo não mudaria: então restringi um pouco minhas ambições, e resolvi mudar apenas meu país.
Mas o país também me parecia imutável.
No acaso da vida, em uma última e desesperada tentativa, quis mudar minha família, mas eles não se interessavam nem um pouco, dizendo que eu sempre repeti os mesmos erros.
‘Em meu leito de morte, enfim descobri: se eu tivesse começado por corrigir meus erros e mudar a mim mesmo, meu exemplo poderia transformar minha família. O exemplo de minha família talvez contagiasse a vizinhança, e assim eu teria sido capaz de melhorar meu bairro, minha cidade, o país, e - quem sabe? - mudar o mundo."

"Na verdade, aos poucos descobrimos que os outros são nossos espelhos e nos devolvem a luz, as ações e os sentimentos que lhe passamos”.
Flavio Souza

O Profissional que conseguiu a vaga de assistente demonstrando que sabia como ser chefe

*Por Max Gehringer, para CBN.

E aqui estamos nós, com mais uma transcrição dos comentários do Max Gehringer para a CBN, disponível com certeza, essa é mais uma daquelas estórias que vale a pena ler, é muito engraçada.

Esta é uma história incrível, porém verdadeira. Ela me foi contada por um selecionador de pessoal, de uma empresa química.
Foi assim;
A empresa tinha duas vagas em aberto: uma para chefe, e outra para assistente. E apareceram dezenas de candidatos, tanto para uma, como para outra vaga. E aí, entra candidato, sai candidato... e nenhum era bom. Os que queriam ser chefes não tinham liderança, e os que queriam ser assistentes, eram muito limitados.
O selecionador já estava ficando preocupado, quando chegou um candidato a chefe. E o selecionador fez aquelas perguntas de sempre, por exemplo, por que você acha que conseguiria ser um chefe eficiente?
E o candidato respondeu: Veja bem, eu tenho todas as características que um chefe precisa ter. Eu gosto de mandar nas pessoas. Eu gosto de ficar sem fazer nada, enquanto os outros trabalham. Eu gosto de ficar escrevendo relatórios, em vez de tomar decisões. E acima de tudo, eu adoro reuniões. Sou capaz de passar horas numa sala de reunião, só falando e escutando abobrinhas, sem nunca perder o pique. Tudo o que eu preciso é de um assistente que faça o trabalho por mim.
O selecionador, é claro, ficou pasmo. E disse para o candidato que, falando daquele jeito, ele não seria contratado como chefe em nenhuma empresa do mundo.
E o candidato respondeu: É verdade. Mas o senhor deve concordar comigo que eu entendo muito bem, o que é ser chefe. Por isso mesmo, qualquer chefe gostaria de ter um assistente como eu. E o candidato conseguiu a vaga que realmente estava querendo: a de assistente.

"Precisar de dominar os outros é precisar dos outros. O chefe é um dependente."
Fernando Pessoa

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Oportunidades disfarçadas nos concorrentes

*Por Laecio Barreiros (Controller e Consultor de Empresas em Gestão da Performance, Planejamento, Finanças e Controladoria com Foco nas PME's (Small Business)

Ter concorrentes não é nada agradável, mas é necessário, é o que nos obriga ser cada dia melhores.
Como diz o brilhante texto abaixo, encontrado entre os papéis de Attilio Fontana, fundador da Sadia:

“ Bendito sejam os meus concorrentes:
Que me fazem levantar cedo e me render mais o dia
Que me obrigam a ser atencioso, competente e correto
Que me fazem avivar a inteligência para melhorar meus produtos e meus serviços
Que me impõem a atividade, pois, se não existissem, eu seria lânguido, incompetente e retrogrado
Que não dizem minhas virtudes e gritam bem alto meus defeitos e assim, posso me corrigir
Que quiseram arrebatar-me o negócio, forçando-me a me desdobrar para conservar o que tenho
Que me fazem ver em cada cliente um homem a quem devo servir, e não explorar, o que faz de cada um meu amigo
Que me fazem tratar humanamente meus vendedores, para que se sintam parte da minha empresa e assim, vendam com mais entusiasmo
Que provocaram em mim o desejo de me superar e melhorar meus produtos
Que por sua concorrência me converti em um fator de progresso e prosperidade para meu país
Salve, concorrentes, eu os saúdo…
Que o Senhor lhes dê vida longa. ”

Assim também é a nossa vida, dia após dia, a graça de ver o dia e a noite é saber que amanhã posso inovar, fazer diferente errando menos até não errar mais, dia após dia. - Minhaco, Geraldo Jr.

“A concorrência serve para duas coisas: torna os produtos melhores e mostra a pior face das pessoas”.
David Sarnoff

A CRESCENTE ONDA DE VIOLÊNCIA INFANTO-JUVENIL

*Por Izabel  Sadalla Grispino (Supervisora de ensino aposentada)

Como pode a escola, nessa linha, exercer seu papel de coadjuvante da transformação social?
Sabemos que escola e sociedade se integram, se interagem, são interfaces que se refletem, que se completam: uma recebe o produto da outra. O projeto pedagógico da escola deve contemplar a realidade vivida pelo aluno, seu cotidiano; contemplar o contexto socioeconômico-cultural, no qual se insere. A contextualização é matéria-prima do currículo. A análise reflexiva do comportamento social é vital para a performance da escola. Os alunos que a freqüentam saem da sociedade, é dela parte integrante.
De que características se reveste a sociedade de hoje?
No cotidiano social vivenciamos a violência, a fome, a corrupção, o desemprego, tudo banalizado pela alta freqüência. Estamos nos tornando uma comunidade anestesiada pela repetida violência, que vai minando o organismo social. Presenciamos uma juventude desajustada, psicologicamente envelhecida, renunciando, no uso da droga, a própria capacidade de sonhar. O número de delinqüência juvenil vem aumentando em progressão geométrica. A miséria moral é a mola crescente desse pejo social.
As causas da violência, apontadas por especialistas, ajudam no entendimento e na colaboração que cada instituição – família, escola, igreja, justiça, polícia... – pode dar. Pesquisas realizadas nessa área mostram várias causas, todas girando em torno da família. A ênfase é dada à desestruturação da família. A destruição do casamento vem trazendo uma amarga fatura. A ruptura familiar produz na criança, no jovem, o “rasgão afetivo”, responsável por um desajuste precoce. É como se diz: “A pobreza material castiga o corpo, mas a carência afetiva corrói a alma”. A ausência de vínculos afetivos gera introspecção, frieza, revolta. Sem carinho, a criança cresce sem referenciais.
Quem não aprendeu amor em casa, dificilmente levará amor para a rua, o numero de casas sem pais vem crescendo assustadoramente. Pais ausentes, filhos delinqüentes. Pais fora de casa, filhos entregues à “babá eletrônica”, com suas nefastas conseqüências.
Família sadia é ainda a melhor receita para uma sociedade sadia. Família que reza unida, permanece unida, nos ensina a Bíblia Sagrada. Coelho Neto já nos dizia: “A família é a célula-mater da sociedade” e a sabedoria popular nos adverte: “Colheremos o amargo fruto que a nossa omissão ajudar a semear”.
O resgate da juventude passa, sem dúvida, pela recuperação da família. O jovem precisa buscar sentido na família.
Preconiza-se, como medida salvadora, a volta da família nos moldes tradicionais, fortificando-se os laços familiares. Não adianta o brilho do intelecto se não houver o brilho de sentimento.
Violência e droga são aspectos afins, ambas se prendendo à crise familiar. Uma pesquisa do Ibope, realizada em fins do ano passado, em cinco capitais brasileiras, concluiu que os conflitos familiares, o declínio da família, são a principal causa da entrada dos jovens no mundo da droga. De cada 100 adolescentes entrevistados, 35 alegaram que se drogavam para fugir dos problemas familiares. O segundo motivo, a necessidade de ser aceito pelo grupo, vem bem atrás, 15% dos jovens visitados. Um estudo do Centro Brasileiro de Informação sobre Drogas (Cebrid), em setembro de 1999, mostrou que 26% dos jovens brasileiros usaram algum tipo de droga, legal ou não. Hoje, esse número, estima-se ser maior. Nas famílias problemáticas, esse índice era bastante superior.

"É fácil amar os que estão longe, mas nem sempre é fácil amar os que vivem ao nosso lado."
Madre Teresa de Calcutá

BUSINESS APROUCH

*Por Roberto Rodrigues

Li recentemente que, o conhecimento humano será renovado a cada 84 dias, em meados de 2030. É como se “deletássemos” todo conteúdo armazenado até agora, fruto de experiências ao longo dos anos, e, que como num passe de mágica, aprendêssemos tudo de novo.
Acreditemos ou não, o fato é que a cada dia vemos novos produtos e serviços sendo inventados e reinventados, surgindo do nada e revolucionando áreas, mercados, negócios e pessoas.
Com tantas inovações, até nos perdemos diante de várias coisas e oportunidades que poderíamos aproveitar e não o fazemos, exatamente por não podermos acompanhar tantas mudanças e de forma tão veloz.
E se existissem pessoas, ou melhor, profissionais especificamente atentos e voltados a não permitir que os negócios não aconteçam? Isso mesmo: não permitir que os negócios não aconteçam! E se através dos seus conhecimentos, relacionamentos, ousadia, preparação, dinamismo e objetividade, tal figura humana conseguisse proporcionar aos mais distantes (produtos e serviços), um lugar onde estes fossem extremamente valorizados, aproximados e, que, agregassem valores reciprocamente?
Isso seria de fato, uma aproximação de Negócios Estratégicos e de Interesses Comerciais de verdade…Por um lado, o produto e/ou serviço, do outro lado os possíveis interessados. Favorecer o encontro de oportunidades por meio do relacionamento, conhecimento e network, unindo as pontas, A e B, resultando em negócios satisfatórios para ambos, esse seria o grande desafio.
Chamo isso de “BUSINESS APROUCH”.
Isso nada mais é do que, a presença da consultoria em vários segmentos, possibilitando o surgimento de oportunidades nos mais variados meios e mercados, além do trabalho de praxe. Uma consultoria diferente, inovadora, envolvente e com sentimento de real interesse em ajudar o desempenho das empresas e pessoas.
Tenho feito isso o tempo todo, em praticamente todas as empresas que oportunamente trabalho com minha equipe, agregando “mais valor ainda” aos seus interesses e necessidades.
Pois é. Essa terminologia, que já existia, entretanto não com esse nome, tampouco com tais objetivos claros do BUSINESS APROUCH, aliás, elas o são em essência.

"Não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta às mudanças."
Charles Darwin

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Um ambiente educacional que respeita e amplia a potencialidade dos adultos para aprender

*Por Judite Wey (aluna de T&D no INPG)

Apesar da enorme variedade de características para a formação de Adultos em um processo de aprendizagem, definiu-se 7 características aplicáveis e verdadeiras:

-Os alunos são adultos por definição e assim gostam e querem ser tratados (parece óbvio, mas não é!).
-Eles estão em um contínuo processo de crescimento e evolução.
-Trazem consigo um conjunto de experiências e valores que devem ser evocadas.
-Trazem expectativas sobre o processo de aprendizagem.
-Possuem interesses próprios, mesmo às vezes competitivos.
-Muitos já possuem seu próprio padrão de aprendizagem.

Vale a pena lembrarmos que…
Alguns adultos são mais adultos do que outros: uns necessitam orientação, outros pedem maior dependência, outros ainda mais autonomia. Alguns trazem uma boa bagagem de experiências e conhecimentos, outros trazem menos. Há uma variedade de predisposição para aprender e aplicar o que se aprende. Alguns podem ter tido em sua vida experiências difíceis de aprendizagem, o que em muitas vezes, gera bloqueios internos. Muitos possuem clareza sobre a importância da sua aprendizagem, mas alguns sentem que aprender os diminui e torna-os mais fracos perante os outros. Alguns gostariam de saber mais do que realmente sabem e preocupados com isso, sentem-se frustrados e não vão atrás. Alguns deixam de estar abertos a aprender, pois há forte estímulo interior para competição e se destacar entre os demais. Alguns afirmam que sabem, mesmo sem saber, e perdem a chance de aprender a todo o momento.
Alguns Conceitos importantes para quem lida com Adultos em processo de Aprendizagem e desenvolvimento:
Aprendizagem: “É algo que surge dentro do indivíduo que aprende sendo particular a si próprio; é uma parte essencial do seu desenvolvimento, envolve todo o seu ser. A aprendizagem ocorre quando o indivíduo sente esta necessidade, esforça-se em atingir suas expectativas e experimenta uma satisfação final pelos resultados alcançados”. Aprendizagem: “Não é descobrir o que os outros já sabem, na busca de solucionar seus próprios problemas, mas sim, questionar, pensar e experimentar até que uma dada solução seja parte integrante da sua vida. È viver o prazer de ter dúvidas e acender a luz da sabedoria pessoal”.

Desenvolvimento: “O Desenvolvimento Humano ocorre quando pensamos por nós mesmos. O conhecimento não pode ser transferido, pode até ser mecanicamente aplicado, porém aprender é sempre um processo de auto-pesquisa e descoberta. Nesta busca contínua, alguém pode dar suporte e assistência mas nunca ensinar. A Aprendizagem desenvolve o indivíduo”. Desenvolvimento: “A única aprendizagem que influencia significativamente o comportamento e que faz com que alguém se desenvolva é a auto-descoberta, isto é, uma aprendizagem auto-apropriada, a qual é pessoalmente rica e assimilada através da experiência”.
Promover a Formação em adultos nos faz melhores adultos!

"O mestre disse: Por natureza, os homens são próximos; a educação é que os afasta."
Confúcio

Companhias tentam controlar as opiniões de seus funcionários nas redes sociais

*Por Ramón Muñoz (Espanha) - Tradução: Luiz Roberto Mendes Gonçalves
**Indicação Vanda M. L. Minhaco

Iniciar a sessão no Twitter depois de uma discussão com o chefe, ou procurar no mural do Facebook um desafogo depois de um dia de trabalho pouco reconfortante podem ser decisões fatais. As redes sociais são diferença de outras mídias, a fronteira entre o privado e o público é tão sutil que é quase impossível discernir se um comentário crítico sobre a empresa para a qual trabalhamos faz parte da liberdade de expressão na esfera da intimidade ou pode ser considerado um ato de indisciplina.
Um Twitter ácido contra um superior, ou outro no qual se critiquem as condições de trabalho, pode representar uma sanção ou a demissão. A pouca idade das redes sociais impede que exista uma legislação concreta sobre o assunto. Por isso vai se acumulando uma jurisprudência fruto de sentenças isoladas, muitas delas contraditórias, pelo uso inadequado desses poderosos instrumentos de comunicação.
As empresas vigiam cada vez mais as opiniões de seus empregados nas redes sociais, que também se transformaram em uma plataforma de marketing para as firmas. No Twitter, 94,87% dos usuários seguem alguma empresa, segundo um estudo da Associação Espanhola da Economia Digital. E são cada vez mais as que aplicam códigos internos de conduta para impedir que a inspiração literária de seus funcionários prejudique sua imagem corporativa ou crie um clima interno negativo.
No caso dos meios de comunicação, o debate se amplia ainda mais, pois a matéria com que seus empregados trabalham é a informação e a opinião. Veículos tão poderosos como The Wall Street Journal, The Washington Post, BBC, Reuters ou Bloomberg redigiram normas estritas para seus jornalistas. Revelar fontes, divulgar opiniões contrárias à linha do veículo ou empregar uma linguagem inadequada são algumas de suas proibições. Elucidar se fazem parte do controle editorial ou são uma forma sibilina de censura começa a ser matéria de debate entre a profissão.
Nos EUA, berço das redes sociais mais populares, o debate também avança. Dawmarie Souza, funcionária de uma companhia de ambulâncias de Connecticut, foi demitida no ano passado depois de publicar no Facebook um comentário descritivo sobre seu chefe (o qualificou com o código usado para os pacientes psiquiátricos). A Junta Nacional de Relações Trabalhistas (NLRB na sigla em inglês), órgão governamental que vigia as práticas trabalhistas injustas, processou a American Medical Response, empresa em que Souza trabalhava, por entender que a política que impunha a seus trabalhadores de publicação na Internet era "vaga demais" e "continha dispositivos ilegais". A NLRB estimou que os empregados também têm na Internet o direito a comentar "os termos e condições de seu emprego com os demais". A empresa se dobrou e em fevereiro passado chegou a um acordo monetário com a funcionária. O fato de o comentário ter sido feito na casa dela e com uma conta pessoal foi decisivo.
Menos sorte teve Kimberley Swann, uma jovem inglesa de 16 anos que qualificou em seu perfil no Facebook de "dia muito aborrecido" sua primeira jornada de trabalho nos escritórios da Ivell Marketing & Logistics. Seu chefe quis evitar que continuasse se aborrecendo e a demitiu de modo fulminante, apesar de a funcionária em nenhum momento ter mencionado o nome da empresa. No Facebook criou-se um grupo de apoio a sua causa.
Na Espanha, a Generalitat (governo provincial) da Catalunha suspendeu por três meses o professor de latim de uma escola de El Morell (Tarragona), por ter feito comentários insultuosos ou intimidantes contra o diretor e outros professores através do Facebook, ao mesmo tempo que pedia a seus alunos que aderisse à campanha.
"Não há norma que regulamente esse tema expressamente. O conflito de alguns anos sobre se as empresas podiam espionar ou não o correio eletrônico de seus funcionários (o Tribunal Supremo resolveu em 2007 que grampear os e-mails é invasão da intimidade) se transferiu agora para as redes sociais, embora neste caso seja mais complicado decidir entre o uso pessoal e o profissional. Mais que uma lista de normas estritas, as empresas devem articular uma série de regras simples para ajudar seus empregados a não agir errado", opina Jesús Herranz, gerente de novas tecnologias da BDO Abogados.
Nesses conflitos não se decide uma sanção disciplinar, contida na norma trabalhista, como as que sofreram dezenas de trabalhadores por faltar ao trabalho e depois publicar imprudentemente no Facebook fotos de noites de farra. Aqui se trata de opiniões pessoais, comentários entre colegas como os que são feitos na máquina de café ou enviados por e-mail e por torpedos, mas utilizando como canal as redes sociais. E seu controle fica à mercê da arbitrariedade e da casualidade de que um chefe ou colega o veja e o divulgue, pois a maioria das empresas não tem normas específicas.
De fato, uma pesquisa da consultoria Manpower Professional revela que 75% dos empregados afirmam que suas empresas não têm uma política formal sobre o uso das redes sociais no trabalho. "Isso sugere que uma ampla maioria de empresas está adotando a posição de esperar para ver o que acontece antes de desenvolver suas próprias políticas sobre o uso das redes sociais", diz o estudo.
O panorama está mudando. As empresas são conscientes de que sua imagem depende da rede. E de que para cuidar dela é muito mais importante que seus empregados se expressem apropriadamente no Facebook ou Twitter do que usar terno e gravata. Apostam muito nisso. Mesmo que só seja porque 83,4% dos internautas utilizam alguma rede social (última pesquisa da Ocio Networks).
Para controlar e administrar essas ferramentas sociais em benefício das empresas, tanto interna como externamente, nasceu uma nova profissão, os "Community Managers" (gerentes de comunidade), cuja demanda se multiplicou por oito em 2010, segundo o relatório da agência de empregos online Infojobs.
E não só as empresas. Também os trabalhadores precisam se transformar em seus próprios "community managers" e cuidar de seus perfis na Internet. As redes sociais podem servir para encontrar um emprego ou como trampolim na carreira profissional. Retuitar as ocorrências do chefe ou comentar elogiosamente as fotos de suas férias no Facebook se transformou em um clássico.
"As empresas também vão à rede buscar informação sobre os possíveis candidatos: o currículo é a fonte principal, mas não a única. Devemos ter muito presente o que a rede diz sobre nós: administrar nossa reputação online. É importante estar nessas redes, mas sempre cuidando da informação que oferecemos sobre nós", diz Marcela González, da Infojobs.
O conluio entre empresa e empregados pode ser inevitável. "Estão em jogo dois tipos de direitos, os de expressão e de privacidade do trabalhador e o direito patrimonial da empresa a não sofrer danos imateriais, como podem ser a reputação mercantil ou a imagem diante dos consumidores. Não há uma legislação sobre uso laboral de novas tecnologias nem sobre preconceitos que a empresa possa sofrer por causa de opiniões de trabalhadores nem em meios tradicionais nem eletrônicos. Mas há uma extensa doutrina judicial por transgredir a obrigação legal de boa-fé, e a ela recorrem às vezes os empresários para justificar demissões por danos. Os convênios coletivos que regulamentam o uso de novas tecnologias são uma via adequada para buscar uma confluência de interesses", indica Pepe Callejas, do Gabinete Técnico Confederal da UGT.
No caso dos meios de comunicação, esse conluio de direitos se aguça. Twitter e Facebook se transformaram em ferramentas de difusão de notícias e opiniões, um canal instantâneo muito mais ágil e universal que as próprias mídias. Mas também muito mais livre. E isso incomoda a mídia.
Ser popular e engraçado no Twitter ou no Facebook é importante. Mas antes de escrever lembre que seu seguidor e seu amigo mais vigilante é seu chefe.

"Todos nos somos mais ou menos, escravos da opinião publica"
William Hazlit

ADMINISTRAÇÃO DE CONFLITOS NAS EMPRESAS

Prof. Dra. Yeda Cirera Oswaldo

Os conflitos estão presentes desde o começo da existência humana uma vez que o indivíduo se depara com situações conflituosas nos mais diversos contextos. Nas organizações, como em vários lugares existem conflitos entre as pessoas e grupos, pois quanto mais as empresas crescem, mais complexas se tornam, existindo maior probabilidade de idéias divergentes e como conseqüência um número maior de conflitos.
Segundo o Instituto Ocupacional Americano em média 33 mil empregados são agredidos, chegando ao extremo de 17 serem assassinados no local de trabalho por semana, sendo essa a terceira causa de mortes relacionadas à execução das funções. As ocorrências vão desde os homicídios, agressões físicas e verbais, colocando o trabalhor em situação de risco.
Devido à crescente violência no local de trabalho, muitas organizações e líderes estão se mobilizando para tratar do assunto, seja por meio de treinamentos ou outras ferramentas, de forma a solicitar aos colaboradores que adotem uma abordagem mais pró-ativa do problema, apresentando estratégias e sistemas disponíveis para intervir de uma forma eficaz na administração de conflitos.
O conflito é um processo em que uma pessoa (ou grupo de pessoas) percebe que outra está impedindo, ou se encontra em vias de impedir, uma ação importante. As principais causas dos conflitos podem surgir com as diferenças de idéias, problemas de comunicação, experiência de frustrações anteriores, diferenças de personalidade, diferenças de percepção e modos de analisar uma mesma informação e fatos.
A forma como os conflitos eram vistos nas organizações foi alterada ao longo do tempo, passando de uma visão tradicional – em que o conflito era visto como algo prejudicial e desnecessário, não tendo uma finalidade proveitosa, afastando a atenção dos gestores e esgotando os recursos - para uma visão mais contemporânea em que os conflitos são vistos como situações inevitáveis em toda organização e necessários para melhorar o desempenho.
De acordo com a nova visão de gestão, os conflitos propiciam e ajudam na busca de novas estratégias e táticas que venham solucionar os problemas que ocorram diariamente no “mundo corporativo”, ajudando a superar a estagnação e a acomodação, direcionando esforços para que se possível, o problema seja eliminado.
O conflito bem administrado proporciona inúmeras funções positivas, pois acaba rompendo com a estagnação organizacional, gerando mudanças, evolução, inovação, oportunidades, enriquecimento pessoal e profissional, renovação do ambiente de trabalho e como conseqüência final melhor desempenho do profissional na função.
O líder tem papel fundamental na administração dos conflitos ajudando os grupos e colaboradores no entendimento da diversidade de opiniões e das diferenças individuais possibilitando soluções criativas e o diálogo, além de funcionar como mediador na solução do problema.
Fica o alerta para as organizações e especialistas para que funcionem como mediadores, criando um espaço maior para as ações preventivas e administração dos conflitos já existentes, preparando os colaboradores e líderes para lidar com as situações conflituosas e dessa forma melhorar o desempenho organizacional.

"Uns sapatos que ficam bem numa pessoa são pequenos para uma outra; não existe uma receita para a vida que sirva para todos."
Carl Jung

terça-feira, 10 de maio de 2011

VOCE...

*Por Minhaco, Geraldo Jr.

Voce na hora em que acordou HOJE disse OBRIGADO, por enxergar, ouvir, andar, sentir e falar;
Voce HOJE já deu AQUELE ABRAÇO na sua esposa, filho pai e mãe;
Voce já deu bom dia pro seu chefe, e pro seu amigo de trabalho ao lado;
Voce olhou para o sol e disse que HOJE o seu dia vai ser melhor que ontem;
Voce não xingou/discutiu com aquele motorista/motociclista que cortou a sua frente;
Voce parou e refletiu que não seria necessario se chatear com pequenos fatos;
Voce levou numa boa a hora que chegou no seu trabalho e seu chefe lhe olhou feio pelo atraso;
Voce levou numa boa a hora que seu amigo atravessou sua frente naquela(e) reunião ou projeto;
Voce não xingou ou conteve a sua irritação com aquela venda perdida para seu concorrente;
Voce deu um SORRISO para o seu cliente mais "chato";
Voce aconselhou a pessoa que lhe pediu ajuda;
Voce abraçou aquela pessoa que chorava;
Voce achava que era infeliz com alguma coisa ou fato e viu que havia pessoas/amigos com problemas maiores,
Voce acha que seu salario é baixo e encontrou com aquele amigo(a) que esta desempregado;
Voce achou que não tinha AMIGOS(AS) e pensou nas pessoas doentes em hospitais e nos presidios;
Voce pensou em desistir mas pensou nas pessoas que tem deficiencias e são vencedores no que fazem,
Voce reclamou do onibus lotado, e pela janela viu aquele seu colega de trabalho com o carro quebrado no transito,
Voce achou que suas necessidades são injustas como não ter um carro, casa própria, celular de ultimo lançamento e viu pessoas que dormem ao relento;
Só que este VOCE sou EU também, aí parei e pensei... existem muitas coisas que irão surpreender os nossos olhos menos o nosso coração, porque???
Que tal reclamarmos MENOS e AJUDARMOS MAIS.

"Não ame pela beleza, pois um dia ela acaba, não ame por admiração, pois um dia você se decepciona, Não ame por dinheiro, porque um dia ele também acaba...
Ame apenas, pois o tempo nunca pode acabar com um amor sem explicação"

IDENTIDADE: QUEM VOCÊ É NA EMPRESA?

*Por Dra. Yeda Cirera Oswaldo

Quando estamos pesquisando ou falando de identidade sempre surge uma pergunta: Quem realmente eu sou? E quando os indivíduos respondem essa pergunta, podemos dizer que estão buscando o autoconhecimento, a forma de agir e sentir, diante das pessoas e situações. Sendo assim a identidade individual orienta-se pela busca de si mesmo diante do contexto social e refere-se à percepção de si mesmo frente aos grupos.
Muitas áreas como a psicologia, teologia, filosofia, antropologia e sociologia têm procurado estudar a identidade, não só pela sua importância, mas por se tratar de um assunto complexo que está diretamente relacionado ao estudo da biografia de cada pessoa, suas características individuais e formas de comportamento.
É possível observar nas novelas, nas histórias policiais, nos filmes de espionagem que alguns personagens assumem várias identidades, principalmente os super-heróis que têm sua identidade secreta. No entanto, esse assunto não se restringe somente à ficção, sendo uma prática vivenciada em várias situações do cotidiano.
Nos ambientes de trabalho a identidade está relacionada às interações dos indivíduos com os diferentes grupos, com o trabalho e a empresa. É natural que o sujeito assuma determinada identidade social para ser aceito, assim como para adequar-se às características na empresa. Nesse caso, quando o papel assumido é compatível com sua identidade, esta é componente importante no processo motivacional do profissional e ajuda na construção de uma boa autoestima. A identidade do indivíduo construída em relação ao trabalho e à empresa está vinculada:

a) ao trabalho que realiza;
b) à cultura da empresa;
c) à carreira que imaginou e projetou para si;
d) aos relacionamentos vivenciados no processo de trabalho.

O problema surge quando o profissional assume papéis que na maioria das vezes são altamente conflitantes com seu verdadeiro “Eu”.

Segue exemplo real, outro dia eu atendi uma profissional que trabalha em um banco onde se apresenta como uma pessoa calma, estável e dinâmica enquanto que na família mostra reações agressivas com os filhos e o marido, sem paciência para lidar com as situações familiares. Essa pessoa está passando por conflitos uma vez que construiu uma identidade para ser aceita e reconhecida pelos companheiros de trabalho, diferente das representações assumidas no contexto familiar, gerando a inevitável pergunta: Quem sou eu?
Quando o indivíduo assume papéis tão incongruentes e distorcidos de si mesmo, passa a ser uma doença, e esta permite renegar sua própria identidade.

Segue outro exemplo; o caso de um motorista de uma empresa que de tanto admirar o engenheiro, passou a se vestir como ele, a falar como ele e a imitá-lo até mesmo na assinatura. Chegou ao ponto de se recusar a seguir determinações superiores porque se imaginava mais que seu próprio chefe.
Buscar a própria identidade significa muitas vezes entrar em contato com temores, traumas e situações que ocasionaram sofrimentos, pois para compreendermos o que somos é necessário uma autorreflexão constante, momentos que as pessoas compreendam a si mesmas - o que não é uma tarefa fácil - mas necessária na busca do autoconhecimento.

Ninguém pode ser escravo de sua identidade: quando surge uma possibilidade de mudança é preciso mudar.
Elliot Gould

Faça alguma coisa, mesmo que pouca

*Por Jose Antonio Rosa

A idéia é simples e óbvia: você vive no presente, e aqui programa pelo menos parcialmente o seu futuro. Muita gente se esquece de semear, envolvida que fica pelo calor da batalha do dia-a-dia. Ou fica esperando as boas oportunidades para semear coisas grandes, mas o tempo vai passando e nem as sementes pequenas são lançadas. É um erro. De certa forma o futuro será um resultado do somatório da história individual, principalmente daqueles feitos, pequenos ou grandes, que têm futuridade, isto é, desdobram em resultados futuros.
Primeiro, faça uma análise de como você tem alocado o seu tempo hoje. Muito presente e pouco futuro? Então, tome alguma providência para mudar isso. Segundo, adquira o hábito de pensar diariamente, quando fizer sua agenda do dia, em termos de presente e futuro. Ponha alguma atividade boa para o seu futuro em cada dia. Pode ser um simples telefonema de manutenção de uma boa relação, pode ser a busca de uma informação-chave…enfim, você é que dirá o que é bom ou não para o seu próprio futuro. O importante é não esquecer dele.

O futuro sempre está começando agora
 Mark Strand

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Entre o gostar e o fazer

*Por Luiz Guilherme Brom (Doutor em Ciências Sociais e superintendente institucional da FECAP-Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado)


Qual é o seu interesse? Do que você gosta nesta vida? O que te dá prazer em fazer?
Quem consegue responder essas, aparentemente, simples perguntas eleva substancialmente suas chances de uma vida profissional realizada e bem-sucedida. O filósofo alemão Nietzsche (1844-1900) dizia que o trabalho que não é resultado da escolha pessoal, o trabalho sem alegria, torna as pessoas imbecis. E podemos acrescentar que também as torna profundamente infelizes. Mas não se trata apenas de uma questão de felicidade - como se isso fosse pouco - pois quem faz o que gosta, em geral, faz bem feito. E quem faz bem feito tende a ser reconhecido como bom profissional, o que resulta em ganhos financeiros mais elevados pelo seu trabalho. Esse argumento parece carregar uma irrebatível consistência lógica: não é possível ser bom profissional sem gostar do que faz. Ao trabalhar com o que tem vontade, desejo e prazer, o profissional se entrega a esse trabalho de corpo e alma, pois para ele isso não é um sacrifício e nem um sofrimento. Ele aprimorará continuamente o seu trabalho movido pelo seu prazer e não por pressões externas ou porque alguém mandou. A resposta para o seu sucesso profissional, portanto, não está no mercado de trabalho ou no que os departamentos de recursos humanos das empresas dizem que você tem que fazer. Essa resposta está dentro de você e só você pode encontrá-la, ninguém mais. Essa resposta é a sua vontade, o seu prazer, o que você deseja fazer. Pouco importa o que os outros pensem da sua escolha. Não há mercado de trabalho bom para maus profissionais e nem mercado de trabalho ruim para bons profissionais. É preciso muito cuidado, pois o que não faltam são consultores, gurus e picaretas recomendando exatamente o inverso: que você faça o que eles acham que você deve fazer. Fazer o que você não tem vontade de fazer - só porque os outros mandaram - é o ponto de partida para a sua desgraça, para uma vida infeliz de frustrações profissionais.
"Não há mercado de trabalho bom para maus profissionais e nem mercado de trabalho ruim para bons profissionais"

"Trabalhas sem alegria para um mundo caduco"
Carlos Drummond de Andrade

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Contratados pelo currículo, demitidos pela atitude

É preciso que, antes de qualquer coisa, percebamos o efeito que nossos comportamentos estão tendo sobre as pessoas no ambiente de trabalho

*Por Eduardo Ferraz (Consultor em Gestão de Pessoas e especialista em treinamentos e consultoria In Company, Pós-graduado em Direção de Empresas pelo ISAD PUC-PR e especializado em Coordenação e Dinâmica de Grupos pela SBDG. Autor do livro "Por que a gente é do jeito que a gente é?", da Editora Gente)

Diversos são os motivos que levam as empresas a demitirem seus funcionários. Uma pesquisa realizada pela Catho, em 2009, com 12.122 profissionais de empresas privadas de todo o Brasil, revelou os principais fatores para a demissão no país. Segundo o levantamento, dentre as cinco primeiras razões, três estão relacionadas à personalidade.
O estudo aponta que, além dos motivos relacionados à incompetência e à falta de resultados, também estão as questões comportamentais, como o mau relacionamento com o grupo, falta de dinamismo e inaptidão para a liderança. Se prestarmos a devida atenção à questão, podemos perceber que o fato tem grande relação com a falta de Inteligência Emocional.
Até o lançamento do livro "Estruturas da Mente", do psicólogo americano Howard Gardner, em 1983, para a grande maioria das pessoas, a inteligência era atribuída a pessoas com alto QI (Quociente de inteligência). Gardner confrontou este paradigma, mostrando em seus estudos que as pessoas são habilidosas de diferentes formas, e que nem todos aprendem da mesma maneira. Dentre as inteligências múltiplas apresentadas pelo psicólogo, as que tratam da capacidade do indivíduo se relacionar com as pessoas e consigo mesmo, somadas, resultam no QE, ou Inteligência Emocional.
Normalmente, o baixo QI tende a limitar o crescimento profissional, já o baixo QE pode destruir uma carreira, por mais alto que seja seu QI. As pessoas com pouca inteligência emocional têm um autoconhecimento limitado, e esse é o maior problema. Normalmente, este indivíduo não tem consciência de seus comportamentos, e tem dificuldade em avaliar o impacto que suas atitudes causam nos demais. Como consequência, costuma ser egocêntrico, lidar mal com o estresse, ter baixa tolerância a frustrações, além das outras questões comportamentais citadas na pesquisa como razões para demissão.
Diferentemente do QI, que muda muito pouco na idade adulta, a Inteligência Emocional pode ser aprimorada. Embora não seja um processo rápido, o primeiro e grande segredo é o autoconhecimento. É preciso que, antes de qualquer coisa, percebamos o efeito que nossos comportamentos estão tendo sobre as pessoas, no ambiente de trabalho, e até mesmo na vida pessoal. Para isso, é essencial que se leve em consideração os feedbacks recebidos, seja de um superior, um subordinado ou de parentes e amigos.
Saber usar os pontos fortes, controlar os pontos limitantes, relevar os pontos fracos e persistir diante de frustrações são elementos que fazem parte das competências de um profissional com alta Inteligência Emocional. É importante ressaltar que isso não é importante somente na vida corporativa. Um alto nível de QE nos permite perceber melhor quem somos, estabelecer relacionamentos mais saudáveis com aqueles que nos rodeiam, e termos atitudes capazes de tornar nossas vidas muito melhores.

Tente mover o mundo o primeiro passo será mover a si mesmo.
Platão

Gestão participativa frente à nova ciência

A importância em manter uma administração focada no saber e incentivo ao pensamento

*Por Sergio Ribinik (Engenheiro Eletricista pela Escola Nacional de Engenharia, CEO da GS1 Brasil, organização filiada a GS1 Global, membro do Board da Organização GS1 Global e que tem presença em 140 países e da Divisão EPC Global que trata de padrões para o uso da tecnologia de identificação por Radio Freqüência)

A visão mecanicista tão influenciada por René Descartes e Isaac Newton, ainda nos orienta na forma como entendemos e praticamos a gestão de pessoas na esmagadora quantidade de organizações públicas ou privadas.
Mesmo no estudo formal das ciências de gestão, poucos são os que fogem de uma visão antiga e voltada ao controle das tarefas, com tendência a “formatação” de programas, projetos e planejamentos no gerenciamento das pessoas, deixando-as com pouca margem às suas aspirações, criatividade, flexibilidade de responder aos estímulos do meio ambiente e até ao uso da intuição na resolução de problemas.
Sistemas interligados em rede e por onde passa uma forma de energia, tem a capacidade de se auto-organizarem quando em desequilíbrio e esta ordem não nasce de nenhum tipo de controle. Sistemas vivos estão constantemente se auto-produzindo, autoregulando e mantendo interações com o meio ambiente que os fazem mudar suas estruturas sem perder a identidade, princípio este conhecido como autopoieses (a capacidade dos serres vivos de produzirem a si próprios).
O que vem então diferenciar fundamentalmente uma organização mecanicista de outra alinhada com estes novos conhecimentos?
Uma organização mecanicista é caracterizada pela necessidade de muitos níveis hierárquicos porque o controle é uma expectativa da administração. O equilíbrio é entendido como a manutenção dos planos estabelecidos, permanecendo fixos por períodos de tempo, independente das mudanças do meio. Os colaboradores são controlados e estimulados para voltarem ao plano e as condições projetadas.
“Uma organização mecanicista é caracterizada pela necessidade de muitos níveis hierárquicos porque o controle é uma expectativa da administração. O equilíbrio é entendido como a manutenção dos planos estabelecidos, permanecendo fixos por períodos de tempo, independente das mudanças do meio”
Não é preciso muita imaginação para concluir a quantidade de retrabalho envolvida. Sabemos por experiência, quantas vezes avaliamos e mostramos as variações de planos existentes em diversos níveis hierárquicos.
Por outro lado, em uma organização alinhada com a nova ciência, os colaboradores são treinados a agir e reagir aos eventos, expandindo e amplificando os efeitos, usando a informação para adaptar e evoluir. Tudo está em constante mutação atendendo relações de probabilidades.
Nesse ambiente, o controle vem de dentro para fora de cada indivíduo. A prática do pensamento e não do planejamento estratégico estimula as equipes a se auto-organizarem, estando sempre à frente na capacidade de criar, evoluir, usando a intuição e um modelo verdadeiramente participativo de progresso. Situação esta que traz benefícios de adesão, ambiente de trabalho, aumento da responsabilidade ética, social e ambiental.
Com a complexidade das organizações, não é simples mudar de conceitos e isto nos leva a manter os sistemas atuais, mas as coisas estão mudando. Será que poderíamos testar novas teorias em células nas organizações expandindo os benefícios na formação de redes de excelência? Fica aqui a pergunta.

"Interagir é saber conduzir o bem em pró de si mesmo."
autor desconhecido

É possível um sistema capitalista mais humano?

*Por Tatiana M. Alméri (Sociologa)

Estive refletindo sobre a sociedade e percebi que, apesar do termo “responsabilidade social” estar inserido no nosso dia a dia, ainda não está intrínseco na nossa cultura. Falamos sobre o assunto, tentamos nos apresentar como responsável socialmente, mas, muitas vezes não refletimos e atuamos de uma maneira coerente. Afinal, o que é responsabilidade social? Muitas pessoas poderiam responder que é contribuir para campanhas do agasalho, doar alimentos, promover festas beneficentes, fazer sacolas de Natal, etc. Mas, onde quero chegar é: o que seria responsabilidade social para uma empresa? Certamente, este quesito seria muito diferente de filantropia.
Entretanto, o grande desenvolvimento do sistema capitalista e a maximização dos lucros, além da positividade, trouxe consigo uma grande negatividade, o que acaba delimitando a necessidade das empresas de se modificarem e tentarem amenizar os pontos negativos pautados nos pontos positivos do sistema e na necessidade de tornar o sistema capitalista algo sustentável. Devemos abranger o bem-estar da sociedade, mas também à saúde mercadológica, pois o mercado inevitavelmente presta contas à mídia, aos funcionários ao setor não governamental e ambiental, ao governo e, por fim, às comunidades com que opera. Não esquecendo que a responsabilidade social anda de mãos dadas com o conceito de desenvolvimento sustentável. Estamos ainda na infância com relação à responsabilidade social, mas um dia chegaremos ao ponto de entendermos que não é só vender a imagem de ser responsável, mas é efetivamente tentar trazer uma melhora nas condições vitais da humanidade, pois quanto mais adequados, adaptados e motivados estão os funcionários, quanto maior o relacionamento com o governo e com o setor não governamental de uma maneira positiva, quanto mais aprimorados os laços com os fornecedores e com os clientes, teremos certamente uma maior produção, um maior apoio, melhores relacionamentos e confiabilidade, e maiores vendas e fidelizações, respectivamente. É apostar no futuro, plantar bons frutos para depois colher um sistema capitalista mais humanitário sem perder os fundamentos de concentração de renda.

"O desenvolvimento humano só existirá se a sociedade civil afirmar cinco pontos fundamentais: igualdade, diversidade, participação, solidariedade e liberdade."
Herbert José de Souza - Betinho

terça-feira, 19 de abril de 2011

Líderes ou gestores: o que é melhor para sua empresa?

*Por Roberta Yono Ebina (CONSULTORA ASSOCIADA DA MUTTARE CONSULTORIA DE GESTÃO)
**Indicado por Vanda M. L. Minhaco

Nos últimos anos, intensificou- se a exigência por um ambiente de trabalho saudável dentro das empresas. Vemos diversas literaturas sobre isso, como "Great Place To Work", "As 150 Melhores Empresas para se Trabalhar", e se procurarmos esse assunto em sites de busca, encontraremos milhões de informações sobre a forte demanda por ter um clima organizacional favorável em prol de ótimos resultados financeiros. O grande responsável pelo equilíbrio entre ambiente de trabalho agradável e alta performance é um só: o líder. E o que realmente acontece no mundo corporativo? Em uma pesquisa divulgada pela Sociedade Brasileira de Coaching, 84% das pessoas que trabalham nas empresas desempenham apenas 60% de seu potencial. Por quê? Qual é a relação com a liderança?
Segundo Abraham Maslow, todo ser humano almeja a realização pessoal. Ela só ocorre se a pessoa está motivada e se sentir pertencente a algo importante. Vale lembrar que a motivação é intrínseca, ou seja, ninguém consegue motivar alguém, mas sim, estimular. O papel do líder é oferecer desafios aos seus colaboradores de forma a estimular a sua motivação e, ao mesmo tempo, dar sentido aos desafios oferecidos. Fazendo isso, o líder gera um forte vínculo do colaborador com a organização, tornando-o cada vez mais comprometido com os resultados a serem atingidos. Para o verdadeiro líder, a sua realização pessoal é colocada de lado e seus colaboradores vêm em primeiro lugar. Ele os empodera e, com isso, gera um ótimo clima organizacional e resultados excepcionais. Dessa forma, para esse líder, o crescimento na carreira, o aumento salarial, entre outros são consequências do legítimo interesse do colaborador. Chefes e gestores não fazem isso, e se não o fazem não conseguem a alta performance. No Brasil, de acordo com o banco de dados da Muttare, consultoria de gestão, nos últimos cinco anos foram avaliados quase 1.700 gestores. Entre os resultados, podemos destacar que, em uma escala que vai até 100% de uso do estilo: * 78,2% dos casos predominam o estilo de liderança modelador: aquele que consegue fazer que seus colaboradores façam suas tarefas da mesma forma como ele faria, não aceitando formas diferentes de execução. Se não consegue convencer o colaborador a fazer do seu jeito, torna- se autoritário; * 66,8% dos gestores predominam o estilo afiliativo: aquele que, com a justificativa de manter um clima agradável em sua área, evita o conflito a todo custo. Ele coloca "panos quentes" em situações em que demandariam um posicionamento, e como "protege" os seus colaboradores de pessoas ou situações "ruins", sua equipe tem grande dificuldade de crescer na organização; Com esses resultados, podemos afirmar que o modelador cria clones, evitando a inovação e o afiliativo, cria "aleijados" que não pensam por si. Os dois combinados fazem um grande estrago nas organizações. Esses estilos não agem com foco na visão da empresa nem de acordo com os valores dela e, sim, por interesses próprios. Colocam a si em primeiro lugar. Portanto, o que você gostaria de ter em sua empresa: gestores ou líderes?

"Atitude é uma pequena coisa que faz uma grande diferença"
Clarice Lispector

Dicas para lidar com as diferenças entre as gerações

*Por Cintia Menegazzo

Sempre me perguntam como lidar com os conflitos das gerações… Então resolvi escrever algumas dicas:

1) Em sua empresa, em seus projetos, misture energia e experiência, sabedoria e impetuosidade, sensatez e muita tecnologia.

2) Adote sempre a transparência na hora de se comunicar. Falou tem que cumprir.

3) Não trate os trainees melhor do que qualquer outro cargo. Lembre-se geração Y, não é apenas os trainees da sua empresa.

4) Comporte-se de acordo com seus valores e os valores da organização. Se não der, mude!

5) Se você for líder, adote uma postura madura: compreenda profundamente as vantagens e os benefícios da diversidade; tenha bem claro em mente o que cada geração pode produzir; se você tenta igualar o conhecimento e o resultado, a frustração é óbvia;

6) Confie! Esta palavra é mágica! E sem ela não há trabalho em equipe.

7) Adote a liderança situacional na hora de delegar! Mas lembre que você pode ter um funcionário da geração Y no nível de maturidade 4. Não julgue! Observe!

8 ) Forneça feedback para qualquer uma das gerações. Esta ferramenta é grátis e ajuda nos relacionamentos!

9) Entender e aceitar que há diferenças básicas entre as quatro gerações é a chave para o acordo de paz entre elas. Mas não precisa encarar isto como um conflito!

10) Compreender e aceitar as diferenças de cada geração não significa abrir mão de suas convicções, princípios e valores. Ouça ativamente, mas seja assertivo!

11) Reúna constantemente as diferentes gerações, principalmente para tomar decisões. Enxergue com outros olhos, decida olhando todo o sistema!

12) Tenha maturidade para lidar com idéias e comportamentos diferentes dos seus. Se necessário faça terapia! Ou ainda faça coaching!

13) Não discuta nem insista, apenas coloque o seu ponto de vista assertivamente e ouça os demais; sabedoria é diferente de inteligência: ou você aceita a maré ou muda o rio que você navega!

14) Atualizem-se para não ser pego de surpresa. Idade não significa acomodação.

15) Procure trabalhar sua tolerância e ansiedade. Não tente convencer o outro “do seu jeito”!

No demais eu conto com sua habilidade de lidar com pessoas, sua humildade de aceitar as diferenças… E isto independentemente da geração em que você se enquadre, BOM TRABALHO.

"O encontro de duas personalidades assemelha-se ao contato de duas substâncias químicas: se alguma reação ocorre, ambos sofrem uma transformação." 
Carl Jung

A EDUCAÇÃO DO RICO VERSUS A EDUCAÇÃO DO POBRE

*Por Izabel Sadalla Grispino (Professora, Autora e Peotisa)

A realidade educacional no Brasil é tema inquietante, a ser refletido por toda a sociedade brasileira. Realidade de duas faces: a boa educação para os ricos e a má educação para os pobres. Há décadas, Demerval Saviani, em seus livros, já denunciava a equivocada escola assistencialista, merendeira. São freqüentes e periódicas as citações de especialistas da educação sobre o decadente ensino das classes menos favorecidas.
O objetivo de toda escola deve ser o de tornar o aluno competente. A escola deve lutar, buscar os meios para realizar este objetivo, para dar aos alunos as ferramentas mentais de ação, a fim de que possam enfrentar o mercado de trabalho, hoje tão exigente. Nunca o livro didático foi tão necessário ao professor. A escolha de um bom livro poderá amenizar a situação do ensino público. Um livro que traga ao professor instruções detalhadas, que propicie experiências abertas, exercícios práticos, onde se possa praticar o construtivismo. A criança precisa freqüentar a boa escola, desde os primeiros anos de alfabetização, porque a aprendizagem é um processo em que uma etapa influi e explica a outra. A construção do conhecimento exige tempo, é preparação sistemática, gradual, encadeada, ligando os diferentes graus de ensino. Não é um simples “depósito bancário”, usando a expressão do educador Paulo Freire. Não adianta avançar etapas, se a aprendizagem não se concretizou. Hoje, temos bem clara a noção de que o importante não é a quantidade do que se ensina ao aluno, mas a qualidade do que ele aprende.
O desinteresse oficial por uma escola pública de qualidade se constitui em mecanismo de reprodução das desigualdades. Concursos de ingresso ao magistério público há, em que Secretarias de Estado observam com rigor a porcentagem de acertos e erros, aprovando os realmente capazes – como o recente concurso, realizado no Rio Grande do Sul, onde 70% dos candidatos foram reprovados, ou o concurso de ingresso na Bahia, em 97/98, que reprovou cerca de 90% dos candidatos. Secretarias há em que, desconsiderando a má formação, rebaixam o nível de conhecimento, aceitam uma porcentagem de acertos inferior ou bem inferior ao que seria a média das questões, facilitando o acesso para abarcar o maior número de candidatos, mas não garantem, depois, a qualificação necessária ao padrão requerido pela época. Nessa acomodação política, o aluno pobre é o maior prejudicado, pois que tem aula com professores mal preparados, cuja efetividade não foi fruto de competência. O ensino fica, assim, nivelado por baixo.
Cláudio de Moura Castro, assessor da Divisão de Programas Sociais do Banco Interamericano do Desenvolvimento, faz uma análise sociológica, cultural do Brasil, das últimas décadas e compara-o aos Estados Unidos. Ambos, diz ele, encontram dificuldades em “criar escolas capazes de oferecer um ensino de boa qualidade aos mais pobres e mais vulneráveis... têm escolas péssimas servindo a essa população”. Ambos têm grande desigualdade na distribuição de renda. Sendo que nos Estados Unidos “a maioria esmagadora é imensamente rica, embora tenha muitos bolsões de pobreza, sobretudo, nos centros urbanos”. No Brasil, ao contrário, temos “uma minoria muito rica e uma grande camada de pobreza, incompatível com nossa renda per capita”. O contraste entre Brasil e Estados Unidos está na grande diferença entre população rica e pobre. Se aqui poucos têm boa escola, lá a grande maioria a tem.
Cada povo tem a educação que o espelha e a nossa pouco nos engrandece.
O magistério é vocação sublime, abre caminhos de esperança, de sonhos, de realizações. O professor é pedra angular, a fundamental na construção do ser humano. Batalhar a educação é batalhar a vida no seu grau supremo da promoção humana e social. Ela é essência, ultrapassa a dimensão circundante do Homem, alcança a dimensão cósmica, quando então, entra em comunhão com a obra do Criador e se torna a grande responsável pelo desenvolvimento sustentável do planeta, pela continuidade de nossa mãe-Terra, em sua missão de gerar novas vidas. “O que acontece à terra, acontece aos filhos da terra” Seattle, chefe das tribos indígenas Duwarnish – Canadá.
Vimos, em seqüência, espalhando sementinhas, que a seu tempo – esperamos – se revertam no nascimento de árvores frondosas. Outras sementes, juntando-se a estas, romper-se-ão em outras árvores, que, no seu conjunto, formarão o cerne, a frente robustecida de combate, com núcleos de influência, semeando permanentemente. Se cada um fizer a sua parte, o grande encontro virá e coroado da salvadora redenção.

"A educação é aquilo que sobrevive depois que tudo o que aprendemos foi esquecido."
Burruhs Frederic Skinner

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Você tem experiência?

**Publicado no jornal interno do RH - Volkswagen do Brasil - nome do candidato não mencionado
***Indicado por Soraia F. Lopes da Silva

No processo de seleção da Volkswagen do Brasil, os candidatos deveriam responder a seguinte pergunta: Você tem experiência?
A redação abaixo foi desenvolvida por um dos candidatos. Ele foi aprovado e seu texto está fazendo sucesso, e com certeza ele será sempre lembrado por sua criatividade, sua poesia e acima de tudo por sua alma;
Já fiz cosquinha na minha irmã pra ela parar de chorar.
Já me queimei brincando com vela.
Eu já fiz bola de chiclete e melequei todo o rosto.
Já conversei com o espelho, e até já brinquei de ser bruxo.
Já quis ser astronauta, violonista, mágico, caçador e trapezista.
Já me escondi atrás da cortina e esqueci os pés pra fora.
Já passei trote por telefone.
Já tomei banho de chuva e acabei me viciando.
Já roubei beijo.
Já confundi sentimentos.
Ja peguei atalho errado e continuo andando pelo desconhecido.
Já raspei o fundo da panela de arroz carreteiro.
Já me cortei fazendo a barba apressado.
Já chorei ouvindo música no ônibus.
Já tentei esquecer algumas pessoas, mas descobri que eram as mais difíceis de esquecer.
Já subi escondido no telhado pra tentar pegar estrelas.
Já subi em árvore pra roubar fruta.
Já caí da escada de bunda.
Já fiz juras eternas.
Já escrevi no muro da escola.
Já chorei sentado no chão do banheiro.
Já fugi de casa pra sempre, e voltei no outro instante.
Já corri pra não deixar alguém chorando.
Já fiquei sozinho no meio de mil pessoas sentindo falta de uma só.
Já vi pôr-do-sol cor-de-rosa e alaranjado.
Já me joguei na piscina sem vontade de voltar.
Já bebi uísque até sentir dormente os meus lábios.
Já olhei a cidade de cima e mesmo assim não encontrei meu lugar.
Já senti medo do escuro, já tremi de nervoso.
Já quase morri de amor, mas renasci novamente pra ver o sorriso de alguém especial.
Já acordei no meio da noite e fiquei com medo de levantar.
Já apostei em correr descalço na rua.
Já gritei de felicidade.
Já roubei rosas num enorme jardim.
Já me apaixonei e achei que era para sempre, mas sempre era um 'para sempre' pela metade.
Já deitei na grama de madrugada e vi a Lua virar Sol.
Já chorei por ver amigos partindo, mas descobri que logo chegam novos, e a vida é mesmo um ir e vir sem razão.
Foram tantas coisas feitas...
Tantos momentos fotografados pelas lentes da emoção e guardados num baú, chamado coração.
E agora um formulário me interroga, me encosta na parede e grita: Qual sua experiência? Essa pergunta ecoa no meu cérebro: experiência... experiência... Será que ser 'plantador de sorrisos' é uma boa experiência? Sonhos!!! Talvez eles não saibam ainda colher sonhos! Agora gostaria de indagar uma pequena coisa para quem formulou esta pergunta: Experiência? Quem a tem, se a todo o momento tudo se renova?

"Experiência não é o que acontece com você, mas o que você fez com o que lhe aconteceu."
Aldous Huxley

Como Você Pensa?

*Por Cíntia Menegazzo Campos

Esta semana eu trabalhei em mais de uma empresa a questão dos mapas mentais e das crenças que norteiam nossas vidas…
Você já percebeu que cada vez mais está difícil de encontrarmos profissionais com a visão do todo?
Pois é! Particularmente acredito que se deve ao fato, da maneira como as pessoas pensam. Você sabia que seus comportamentos são frutos do que você pensa? Pois é! São. E ter visão do todo, requer pensar grande, pensar além da sua área, além do que você quer pra si! Pensar para um bem maior! Para uma sociedade melhor!
Percebo que nosso pensamento é estruturado em demasia no “eu” e no “meu”. ” aqui no marketing”, ” aqui no financeiro”… enfim! Como se a empresa fosse sobreviver só com o “um ou com outro”. Assim, não formamos pessoas e nem líderes com visão do todo.
Pensar grande, me parece que está proibido, que falta tempo para isto! A sensação que tenho quando falo em pensarmos em abundância (no todo) as pessoas se chocam, pois se sentem proibidas de pensar nisto!
O pensamento de abundância, por sua vez, defende que sempre há meios de todos terem bons resultados e que cada um fará a sua parte para esse fim.
Segundo os ensinamentos mais antigos, precisamos, desde sempre, desenvolver a mentalidade de abundância, acreditar que é possível criar para todos, existir e ser feliz! Verdadeiros líderes caminham para esse propósito.
O verdadeiro líder consegue pensar em todos. Essa visão dos parceiros ganharem, (todos!), é a chave desse negócio de liderança. É a chave de sociedades mais evoluídas e das empresas de sucesso.
E sinceramente, enquanto formarmos pessoas sem esta visão do todo, as empresas sofrerão desta escassez profissional! E cada vez menos teremos abundância. Pessimista eu? Jamais! Ao contrário. Pratico minha missão em busca desta visão de abundância: ganho eu, ganha você! Ganhando nós, ganha a sociedade!
E você, como tem pensado?

Eu permito a todos serem como quiserem, e a mim como devo ser.
Chico Xavier

Ócio Construtivo. Isso existe?

*Por Roberto Rodrigues (Consultor da RR Life)

Interessante a nossa vida: tendemos a valorizar aquilo que não temos, e damos pouca importância para o que e a quem temos. Claro. Isso não é uma regra! Algumas pessoas não agem desta maneira. Muitos prezam por tudo aquilo que possuem – independentemente se é pouco ou muito, se é bonito ou feio, se é novo ou velho-. A idéia aqui é fazermos uma reflexão.
Mas, reflexão como, se não temos tempo nem para pensar em nossas vidas? São tantas cobranças, tantas pressões: o índice Ibovespa que caiu, o dólar que subiu, os preços que não ajudam, a faculdade, a pós-graduação, o mestrado, a família, os amigos, o trabalho então, nem se fala… Ufa!
Você sabia que não está sozinho nessa? A maioria das pessoas de sucesso passou e/ou passa por tudo isso; alguns, até mais do que isso. Acredite. Como dizia um palestrante que conheci: “a vida é uma batalha, sucesso é dor”. Já, outro colega docente, em minha pós-graduação dizia que: “o mundo é mau”. Não pense vocês que, eles são pessoas negativas, pois eles são, na verdade, pessoas de sucesso, que conhecem as dificuldades e obstáculos que são impostos, senão, na mesma intensidade, pelo menos, parecidíssimos. Devemos dar foco na solução e não no problema, mas, se o problema aparecer, encare-o de frente.
O que estas pessoas que citei têm de diferente de nós? Porque venceram ou estão vencendo na vida? São mágicos? Videntes? Não acredito que seja isso. Acredito sim, na inteligente forma com que lidam com os problemas, na determinação, na preparação, na fé, no surgimento de oportunidades, e, sobretudo, na maneira com lidam com o tempo em que estão “à toa”.
Uma das melhores formas que conheço e pratico é aproveitar as horas de ócio, quando não estou fazendo nada. Caminhando, por exemplo, me permito pensar, pensar, pensar; e por fim, planejar. Uno o útil ao agradável. Outra forma é quando estou dirigindo, pois faço o mesmo.
Ócio construtivo é construir no momento do ócio. Ou seja, quando não estamos fazendo nada, podemos produzir algo: idéias, insights (O ato ou resultado de aprender a verdadeira natureza das coisas, enxergar intuitivamente), refletir sobre as coisas salutares, mas também sobre as coisas que nao saíram conforme o planejado.
Então senhores, o tal “ócio construtivo” existe, aliás, não só existe como pode fazer toda diferença entre o sucesso e o fracasso em nossas vidas. Como bem diz o Bernardinho, técnico da seleção de Vôlei: “O jogo se ganha treinando e não jogando, pois, treinamos muito mais que jogamos”. Em minha singela opinião, o Ócio Construtivo é um dos momentos em que “treinamos” as boas idéias, para, em seguida, “jogá-las” na prática.
Pensei em escrever este artigo num desses momentos de ócio. O resultado é este que lhes apresento.
Sucesso a todos!

"Não está ocioso apenas aquele que não faz nada, mas também aquele que poderia fazer algo melhor."
Socrates (469 - 399 a.C.)