Tal como os indivíduos, as empresas tanto podem ser saudáveis, quanto podem estar doentes. Independente do porte, tipo ou setor qualquer empresa pode ser acometida por doenças organizacionais. E quando estão doentes, são especialmente vulneráveis. Por isso, diagnosticar o quanto antes se uma empresa apresenta alguma patologia pode evitar uma série de conseqüências que podem variar de queda do desempenho, produtividade e lucros até mesmo a mortalidade.
Com o tempo, as empresas doentes contaminam seus colaboradores, que mais cedo ou mais tarde também adoecem. Por essa razão nessas empresas ocorre grande número de afastamentos por doenças e alta incidência de acidentes laborais.
O trabalho na vida de uma pessoa desempenha um papel importante na sua identidade, o que contribui para formação de sua escala de valores, além de promover o sentido e objetivo da própria vida. Sendo assim, trabalhar em uma organização doente representa um estado de mal-estar para o trabalhador, como baixa aceitação, relacionamento interpessoal negativo, pouca autonomia e baixo crescimento profissional.
Muitas características das organizações no atual cenário mercadológico imprimiram um ritmo acelerado na vida do trabalhador tornando quase impossível que ele tenha tempo para a família, diversão e principalmente, para si mesmo. Nesse sentido, as pressões conjunturais fazem com que a empresa perfeita descrita nos manuais de administração não exista.
Talvez não seja possível encontrar a empresa ideal, mas empresas sadias existem. São aquelas que cultivam um hábito saudável de gestão, procuram resolver seus problemas antes que se tornem crônicos, a comunicação é eficaz, valorizam e desenvolvem o capital humano continuamente, incentivam a cultura do bem estar físico e psicológico, são perenes. Citem-se como exemplo a Natura, que por meio do seu Processo de Gestão (implantado baseado nos pilares de processos, cultura e liderança) constrói uma relação positiva com o meio ambiente e incentiva costumes saudáveis em seus colaboradores.
É possível avaliar se as empresas estão doentes e assim ajudar os gestores a criar mecanismos que possam tratar os problemas ou conflitos que desenvolvam tais patologias. A seguir apresentam-se alguns fatores que podem identificar se a saúde da organização está abalada:
1. O colaborador percebe a empresa indo mal, mas pela falta de autonomia e reconhecimento não faz nada para evitar o declínio;
2. Ninguém se oferece como voluntário, a pessoa faz somente o necessário;
3. Os erros cometidos, principalmente pelos dirigentes, são escondidos ou abafados;
4. Os conflitos e problemas da empresa são discutidos somente entre a alta cúpula;
5. O relacionamento entre as pessoas é formal e frio – os comunicados são top-dow (de cima para baixo) e não se admite questionamentos;
6. Quando acontece algum problema procura-se um culpado para punir e a maioria das pessoas acabam se escondendo;
7. Os relacionamentos interpessoais são contaminados ou reprimidos; a relação com o outro é sempre uma ameaça – nunca se sabe em quem confiar;
8. O colaborador bom e esperto é aquele que não se destaca, que não questiona e assim não corre riscos;
9. Os dirigentes em vez de serem facilitadores, emperram o processo de trabalho procurando erros em pequenas coisas;
10. As pessoas se isolam e se retraem não assumindo responsabilidades.
11. A empresa vive baseada na tradição, e não na realidade de mercado e de pessoas.
À empresa que apresentar a maioria dos sintomas acima, é recomendável que se trate o quanto antes com auxílio de especialistas. Uma das alternativas é a contratação de profissionais externos que enxerguem a situação sob uma perspectiva mais ampla e que possam diagnosticar os principais problemas da empresa. Com ajuda desse terceiro a empresa pode traçar estratégias inteligentes que recuperem sua saúde organizacional.
Aquele que não sabe, e pensa que sabe.
Ele é tolo. Evite-o.
Ele é tolo. Evite-o.
Aquele que sabe e não sabe o que sabe.
Ele está adormecido. Desperte-o.
Aquele que sabe e não admite o que sabe.
Ele é humilde .Guie-o.
Ele é humilde .Guie-o.
Aquele que sabe e sabe o que sabe.
Ele é sabio. Siga-o.
Ele é sabio. Siga-o.
Bruce Lee
E nós dois ja conhecemos bem uma empresa que se encaixa direitinho nos erros apontados por esse artigo, por isso mesmo que não fazemos mais parte dela.
ResponderExcluirAbraços