terça-feira, 28 de setembro de 2010

O QUE É... ARGUMENTO

*Por Max Gehringer

São duas ou mais premissas curtas e uma conclusão
Pode até parecer que não para muita gente, mas no exato momento há mais de 1 milhão de boas vagas abertas no mercado brasileiro. Mas também existem, pelo menos, dez fortes candidatos para cada uma delas. Esses candidatos formam um contingente heterogêneo: há o universitário que ingressa no mundo corporativo, o funcionário da casa que batalhou por "aquela" promoção, o profissional disposto a trocar de emprego, o desempregado tentando recolocar-se... No fim, nove dos dez postulantes se verão obrigados a "aguardar uma próxima oportunidade" (expressão que não resolve nada, mas que ameniza um pouco o drama).
Como se dá esse processo de escolha? (Ou, em outras palavras, "por que outro postulante foi escolhido e não eu, que sei postular muito melhor?") A resposta é uma simples palavrinha: "argumento". A grande maioria das pessoas não é escolhida porque seus argumentos não conseguem sensibilizar o responsável pela decisão final.
A estrutura de um argumento é lógica: duas ou mais premissas curtas e uma conclusão. A conclusão é a parte mais fácil: "Portanto, eu sou o candidato ideal". O problema está nas premissas. Os candidatos criam premissas em que eles sinceramente acreditam, mas que na visão do selecionador se mostram ineficazes para sustentar a conclusão. Durante centenas de entrevistas que eu conduzi na vida, não foram poucos os momentos em que as premissas que ouvia me remetiam ao chamado "argumento irrefutável" criado por meu primo Altair;

Premissa 1: pássaros voam.
Premissa 2: pássaros não têm dentes.
Premissa 3: vovó não tem dentes.
Conclusão: vovó pode voar.

Claro, há processos justos e injustos. Embora quem não foi escolhido sempre se considere injustiçado, existem algumas injustiças óbvias;

Premissa 1: meu tio me mandou vir aqui.
Premissa 2: meu tio é seu chefe.
Conclusão: ou você me contrata ou terá de se entender com meu tio. Em processos com cartas marcadas, não há como competir com o apadrinhamento e com o nepotismo.

Mas há processos justos, e é saudável para quem participa deles saber de antemão quais premissas não funcionam. Aqui vai uma listinha delas;

Premissas subjetivas. Tenho muita força de vontade. Sei que posso contribuir. Sou bom no relacionamento com pessoas. Tenho espírito de liderança.
Premissas acusatórias. Meu chefe atual é um tapado. Minha última empresa tolhia a
criatividade. Eu estava cercado por invejosos que impediam o meu progresso.
Premissas de auto-indulgência. Eu perdi muito tempo, mas agora quero recuperar o atraso. Dei o azar de só ter trabalhado em empresas que não investiam nas pessoas. Meu inglês ainda não é fluente porque não tive condições de fazer um bom curso.
Premissas de transferência de responsabilidade. Todas as referências que tive sobre a empresa foram ótimas. Eu só preciso de uma oportunidade. Vocês não vão se arrepender.

Selecionadores só escutam três premissas:
1. O que você já fez de prático e mensurável?
2. O que você sabe sobre nossa empresa?
3. Qual a contribuição imediata que você pode trazer?
A primeira chama "currículo".
A segunda pode ser conseguida na internet ou com ex-funcionários (e essa preparação é vital).
E a terceira é a junção inteligente das duas primeiras, traduzida em fatos e números.
Conclusão: Você é o candidato ideal.

"Argumentação é uma troca de conhecimentos; discussão é uma troca de ignorâncias."
(Robert Quillan)

Feedback positivo

*Por Cintia Menegazzo

Há tempos discutimos os motivos pelos quais os gestores relutam em fazer feedback.
A principal justificativa é sempre a danada da falta de tempo! Falar do feedback positivo então, até parece sonho em muitas organizações.
Além do desconhecimento da importância do uso desta ferramenta de gestão, a maior parte dos gestores não sabem fazer de forma adequada. Não treinamos as pessoas para avaliar e apresentar os bons resultados, para apontar potenciais e oportunidades de desenvolvimento. No lugar disto, ensinamos apenas a fazerem devolutivas…. bate papos. Feedback é outra história!
Como se faz então?
É simples. Basta ter boa vontade, empatia e vontade de desenvolver o outro. Trata-se, na verdade, da bela arte de aprender…
Trabalhoso? Jamais. Ao contrário. Para aqueles que de fato gostam de desenvolver pessoas, é um passo primordial e um presente de mão dupla!
Um bom momento para fazer isto é agora! Considere este um momento mágico na sua gestão: faça um feedback positivo! Vai lá!
Temos como obrigação, no cargo de gestores, dirigir o desempenho das pessoas – pelo menos é o que dizem os especialistas que operam as diversas fórmulas criadas para avaliar o desempenho… e só nos lembramos disto quando é para estabelecer as metas ou dar o feedback “formal” das benditas avaliações.
Feedback é feito no dia a dia. No momento oportuno. Em seu dia a dia você utiliza esta prática? Já a testou?
Se a resposta for não, este é realmente seu momento. Aproveite para levantar, ir a seu funcionário e dar um feedback positivo! Sei que de certa forma os gestores não foram preparados para “simplesmente” dar feedbacks positivos. Nem mesmo elogiar, mas a resposta virá de imediato nos resultados apresentados. Podem apostar!
Muitos ainda podem pensar isto é desnecessário! Mas garanto que não é! Ao invés de passarmos o tempo todo focados em acharmos os erros dos nossos colaboradores…. que tal começarmos com uma quantidade de elogios? Não vagos, por favor. Focados no que de fatos eles são bons!
Pensemos: No que Marcos é bom? Apesar disto ou aquilo, não estar tão bom…. o que o “Joaquim sabe fazer bem? E por aí vai…
Se mudarmos nossas lentes, teremos uma paisagem melhor dos nossos colaboradores.
Investigação apreciativa é um bom caminho para a prática do feedback mais eficaz!

"Eu nunca aprendi nada na minha vida através de qualquer homem que tenha concordado comigo."
(Dudley Field Malone)

TREINAMENTO & DESENVOLVIMENTO: UM DIFERENCIAL COMPETITIVO

*Por Yeda Cirera Oswaldo

As empresas demonstram o seu sucesso por meio do desempenho de seus colaboradores que por sua vez são valorizados por meio de suas competências que nada mais são que o conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes. As iniciais dessas três palavras formam uma nomenclatura conhecida no meio corporativo como “CHÁ” que por sua vez engloba fatores como conhecimentos técnicos e habilidades como comunicação interpressoal, raciocínio lógico, saber trabalhar em equipe, agilidade nos processos, criatividade, dentre outros. Já o Treinamento & Desenvolvimento (T&D) é uma das principais ferramentas da área de gestão, que possibilita o desenvolvimento de competências (CHÁ).
Treinamento pode ser definido como aperfeiçoamento e capacitação, sendo um processo sistemático a curto e médio prazo que prepara ou recicla o funcionário para o desempenho de suas tarefas ou atribuições. Já o Desenvolvimento é um processo de crescimento, um recurso de longo prazo, sendo um programa mais abrangente porque visa explorar o potencial de aprendizagem do indivíduo. Treinamento é para o cargo e desenvolvimento é uma série de treinamentos que criam ou despertam novas habilidades no indivíduo.
Comprovadamente o Treinamento & Desenvolvimento (T&D) quando oferecido de uma forma correta, ou seja, com o levantamento das necessidades reais, proporciona benefícios tanto para empresa quanto para o profissional, ao mesmo tempo em que cria um forte diferencial competitivo para ambos.
O T&D além de transmitir informações e desenvolver novas habilidades, prepara o colaborador para novas atividades, além de adequá-lo à cultura da empresa. Modifica atitudes e propicia o desenvolvimento de novos conceitos. As práticas do T&D também beneficiam o funcionário no avanço de sua carreira já que um dos pré-requisitos adotados pelas empresas para ascensão do profissional diz respeito à ampliação de seus conhecimentos.
Para a empresa o T&D tem como objetivo a identificação de metas, falhas na comunicação e remanejamento dos profissionais. No entanto, alguns gestores com visão limitada e mecanicista, consideram, equivocadamente, o T&D como algo desnecessário e dispendioso (tempo, dinheiro). Nesse modelo de gestão geralmente as rotinas são supervalorizadas e a potencialidade humana geralmente é ignorada, resultando em baixo desenvolvimento dos talentos e da própria empresa.
Os programas de T&D serão bem sucedidos quando bem planejados pela área de Gestão de Pessoas em parceria com os líderes. Existem vários tipos de treinamento como por exemplo o de “integração” que é oferecido aos funcionários recém-contratados - cujo objetivo é adaptar o profissional à empresa, cultura e função.
Atualmente cerca de 40% dos treinamentos realizados pelas empresas ainda são presenciais. Mas com o avanço da tecnologia da informação e internet, algumas organizações tem adotado os treinamentos alternativos (CD-ROM, internet, vídeo e teleconferências).
Uma dica para os profissionais que buscam aprimorar suas competências, é que algumas instituições oferecem cursos gratuitos, de forma presencial ou à distância. Citem-se como exemplo o SENAI (competências transversais como Educação Ambiental, Empreendedorismo, Legislação Trabalhista, Segurança do Trabalho, Tecnologia da Informação e Comunicação e Propriedade Intelectual), a FGV (cursos de Gestão Empresarial) e a BM&FBOVESPA (Finanças Pessoais), entre outros.
O fato é que as empresas ao investirem em programas de T&D não só capacitam como valorizam e motivam seus colaboradores atingindo novos patamares de lucratividade já que os ganhos tornam-se superiores se comparados aos investimentos. Por outro lado, o profissional que busca melhorar suas competências, participando dos cursos oferecidos pela empresa, ou procurando ele mesmo melhorar seus conhecimentos, é mais valorizado pelo mercado de trabalho.

"Há dois tipos de pessoas que não interessam à uma boa empresa: as que não fazem o que se manda e as que só fazem o que se manda."
(Henry Ford)

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

LIÇÃO DO RATINHO

*Indicado por Soraia Fernanda Lopes da Silva

Um rato, olhando pelo buraco na parede, vê o fazendeiro e sua esposaabrindo um pacote.
Pensou logo no tipo de comida que haveria ali. Ao descobrir que era uma ratoeira ficou aterrorizado.
Correu ao pátio da fazenda advertindo a todos:
- Há uma ratoeira na casa, uma ratoeira!!
A galinha disse:
- Desculpe-me Sr. Rato, eu entendo que isso seja um grande problema para o senhor, mas não me prejudica em nada, não me incomoda.
O rato foi até o porco e disse:
- Há uma ratoeira na casa, uma ratoeira !
- Desculpe-me Sr. Rato, disse o porco, mas não há nada que eu possa fazer, a não ser orar.
Fique tranqüilo que o Sr. Será lembrado nas minhas orações.
O rato dirigiu-se à vaca. E ela lhe disse:
- O que ? Uma ratoeira ? Por acaso estou em perigo? Acho que não !
Então o rato voltou para casa abatido, para encarar a ratoeira.
Naquela noite ouviu-se um barulho, como o da ratoeira pegando sua vítima. A mulher do fazendeiro correu para ver o que havia pego.
No escuro, ela não viu que a ratoeira havia pego a cauda de uma cobra venenosa. E a cobra picou a mulher...
O fazendeiro a levou imediatamente ao hospital.
Ela voltou com febre, todo mundo sabe que para alimentar alguém com febre, nada melhor que uma canja de galinha.
O fazendeiro pegou seu cutelo e foi providenciar o ingrediente principal.
Como a doença da mulher continuava, os amigos e vizinhos vieram visitá-la.
Para alimentá-los, o fazendeiro matou o porco.
A mulher então melhorou e para comemorar veio muita gente para a festa.
O fazendeiro então sacrificou a vaca, para alimentar todo aquele povo.
Moral da História: Na próxima vez que você ouvir dizer que alguém está diante de um problema e acreditar que o problema não lhe diz respeito, lembre-se que quando há uma ratoeira na casa, toda fazenda corre risco.

As ocorrências boas ou ruins ao redor do mundo sempre terão reflexo em nós.

Coroneis de Partidos, Marionetes e o Seu Voto por tabela...

*Por Ricardo Galzerano
**Adaptação Geraldo Minhaco Jr
 
“Tiririca é um fenômeno sintomático da política atual não (ou não só) pelo que representa, mas pelos interesses escusos que o patrocinam”. (Fernando de Barros e Silva, jornalista).

O que o analista político Fernando de Barros e Silva, da Folha de S. Paulo, quis dizer é mais ou menos o seguinte; os coronéis dos partidos (a maioria deles mais enrolada com questões judiciais do que novelo de lã) lançam sujeitos populares que não entendem nada de política para serem “puxadores de votos”.
Aí, esses “puxadores de votos” acabam elegendo, no vácuo da Lei Eleitoral, esses desgastados coronéis. Que, entretanto, sabem manipular as jogadas políticas as mais escusas. E os “puxadores de votos” (artistas, comunicadores, atletas, etc.), que não entendem bulufas das tramas de bastidores da vida pública, se tornam marionetes desses eternos coronéis. O Datafolha diz que a candidatura Marina Silva cresce entre os mais escolarizados, pena que o País seja composto de maioria menos escolarizada...
Por isso, toda vez que se vota num sujeito conhecido mas que nunca esteve ligado à política, tenha-se a certeza: está se votando, “por tabela”, num desses malandrões que, décadas a fio, enriquecem e definham a democracia nesse país.
Alguém pode perguntar: por que existem ainda pessoas que votam em candidatos caricatos? Porque a maioria do povo brasileiro não tem nem educação formal, quanto mais educação política. E a educação formal, a das escolas, não melhora no Brasil porque é do interesse desses coronéis da política que permaneça assim.
Há 40 anos, as melhores escolas públicas de primeiro e segundo graus no Brasil (onde tudo começa, onde a base da pirâmide educacional e cultural do indivíduo se sedimenta) eram as públicas. Só ia para as escolas privadas do ensino fundamental quem não gostava de estudar. Hoje isso se inverteu.
Com o crescimento desordenado e progressivo da população brasileira (éramos 90 milhões em 1970, hoje somos quase 200 milhões), o que se fez? Massificou-se a educação pública. E esta despencou de qualidade. E assim vai continuar até que algum governante resolva fazer uma revolução nessa área.
Precisamos de um presidente que faça na área da educação o que o tresloucado Collor fez com a indústria automobilística nacional, quando chamou nossos carros de carroças.
Precisamos de um “cabra macho” que não fale com orgulho que chegou à presidência sem ter estudado, como disse desastrosamente o presidente Lula, tempos atrás. Pelo contrário: precisamos de alguém que diga que, sem estudos e muita, muita dedicação, dificilmente se chega a lugar algum.
Agora, fica a dúvida: eles, os eternos detentores do poder, querem um povo brasileiro mais instruído, melhor informado? Não querem. Mas aí reside o grande impasse; sem um povo mais preparado, educacional e culturalmente, o progresso que o país está vivendo vai chegar a um limite, vai bater no teto.
Para um país avançar economicamente, ele precisa de profissionais preparados. Do contrário, ele chega a um ponto máximo e, aí, é ultrapassado em produção, exportação e consumo por aqueles países que fizeram “o dever de casa”, que investiram e investem maciçamente na educação décadas a fio.
Os exemplos estão aí, visíveis. É só nos informarmos um pouco para vermos que, sem educação, não há futuro, não há solução, num mundo cada vez mais tecnológico, em constantes mudanças.
Somos um País de maioria menos escolarizada graças a Lula, a FHC, a Itamar, a Collor, a Sarney, presidentes da era da redemocratização brasileira e que relegaram a educação pública fundamental a segundo plano.

A cada dia, mais e mais a política brasileira confirma o velho, sábio e chulo provérbio popular que diz: ''não tem virgem na zona!''

COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL E NO TRABALHO: UMA HABILIDADE ESSENCIAL

*Por Prof. Dra. Yeda Cirera Oswaldo

A falta de comunicação eficaz e aberta pode ocasionar sérios problemas no ambiente de trabalho e nos relacionamentos interpessoais, sendo essencial para o bem estar de toda empresa. A averiguação da habilidade de comunicação do profissional tem início já no processo seletivo do candidato em que um dos pré-requisitos para preenchimento de algumas funções é de que o indivíduo já possua essa habilidade em seu perfil.
O processo de comunicação pode ser tanto verbal (oral, leitura e escrita) quanto gestual (postura, olhares, gestos, expressões faciais, silêncios, movimentos, dentre outros). Comunicar é tornar aos outros os nossos pensamentos, sendo eficaz quando provoca uma reação ou resposta que corresponda às idéias ou necessidade que temos em mente e que desejamos passar ao leitor ou ouvinte.
A comunicação está relacionada a outras áreas do comportamento humano, como motivação e percepção, o que e como as pessoas comunicam é determinado pela percepção de si mesmo e do outro. Nas organizações a comunicação franca e aberta nem sempre é fácil de ser encontrada pois exige um processo de integração desde a emissão da mensagem até o seu destino final. Nesse intercâmbio muitas vezes a mensagem encontra obstáculos, barreiras e interferências que impedem ou alteram o resultado final da comunicação, reduzindo ou anulando sua eficiência.
Ser franco e aberto não é tarefa fácil. As pessoas correm o risco de receber represália tanto por parte da liderança quanto da organização. Mas é algo que deve e pode ser exercitado. Para ser sincero no ambiente de trabalho não é necessário ser rude ou agressivo, nem estar na defensiva. O problema da comunicação interpessoal e no trabalho é tão sério, que as distorções podem acarretar conflitos e estresse nos funcionários, comprometendo não só os relacionamentos interpessoais, mas o desempenho e a produtividade.
Muitas organizações estão tão preocupadas com a comunicação eficaz, que incentivam primeiramente seus gestores a passarem as informações de forma clara, objetiva, honesta e exata evitando assim o máximo de distorções. Citem-se como exemplo a General Electric (GE) que oferece instrumentos para avaliar constantemente seus gestores pelo grau e sucesso com que transmitem as informações e qual o resultado no desempenho das equipes.
O problema da comunicação ineficaz é vivenciado na maioria das organizações, principalmente naquelas que possuem uma gestão centralizada e fiscalizadora. Esse modelo de gestão tende a reforçar fofocas, intrigas e boatos exercidos por meio da comunicação oral já que é a via mais rápida para receber as informações.
A empresa por meio da área de Gestão de Pessoas pode desenvolver procedimentos para tornar a comunicação eficaz. Pode demonstrar como usar uma linguagem correta e como adotar uma comunicação empática em que o receptor compreenda as informações. Sobretudo, deve incentivar o feedback no sentido de verificar se a comunicação foi compreendida nos dois sentidos; usar mídia apropriada, pois nem todas as formas de comunicação utilizadas são adequadas para todos os objetivos e finalidade. Exemplo: a comunicação oral é melhor para discutir os problemas relacionados ao colaborador, enquanto a comunicação escrita é indicada para os assuntos futuros por ser mais lenta e a comunicação oral combinada com a escrita é melhor para as ações rápidas e orientação específica.
O profissional por sua vez deve aprimorar sua habilidade de comunicação para que ela seja assertiva no ambiente de trabalho. Sempre que possível, comunique-se por escrito (se tiver dificuldades para escrever, aprimore-se, faça um curso). Quando falar, seja direto, empático, educado, não se distraia, preste atenção em sua linguagem corporal e respeite o grau de compreensão do ouvinte. Já uma escuta eficaz consiste em ter interesse na mensagem do interlocutor, olhar nos olhos, prestar atenção ao significado das informações, evitar opiniões ou julgamentos próprios e evitar interromper quem fala.
A habilidade de se comunicar de forma clara e objetiva é fundamental para a carreira, negócios e imagem tanto do profissional, quanto do gestor ou trabalhador autônomo.
 
´´Nós aprendemos a voar como os pássaros, a nadar como os peixes, mas ainda não aprendemos a conviver como irmãos´´
Martin Luther King

sábado, 11 de setembro de 2010

Viver ou juntar dinheiro

*Por Max Gehringer
(dedicado a Vanda Maria Lourenço Minhaco)

Um artigo no qual jovens executivos davam receitas simples e práticas para qualquer um ficar rico. Aprendi, por exemplo, que se tivesse simplesmente deixado de tomar um cafezinho por dia, nos últimos quarenta anos, teria economizado 30 mil reais. Se tivesse deixado de comer uma pizza por mês, 12 mil reais. E assim por diante. Impressionado, peguei um papel e comecei a fazer contas. Para minha surpresa, descobri que hoje poderia estar milionário. Bastaria não ter tomado as caipirinhas que tomei, não ter feito muitas das viagens que fiz, não ter comprado algumas das roupas caras que comprei. Principalmente, não ter desperdiçado meu dinheiro em itens supérfluos e descartáveis. Ao concluir os cálculos, percebi que hoje poderia ter quase 500 mil reais na conta bancária.
É claro que não tenho esse dinheiro. Mas, se tivesse, sabe o que esse dinheiro me permitiria fazer? Viajar, comprar roupas caras, me esbaldar em itens supérfluos e descartáveis, comer todas as pizzas que quisesse e tomar cafezinhos à vontade. Por isso, me sinto muito feliz em ser “pobre”. Gastei meu dinheiro com prazer e por prazer, recomendo aos jovens e brilhantes executivos que façam a mesma coisa que fiz. Caso contrário, chegarão aos 61 anos com uma montanha de dinheiro, mas sem ter vivido a vida.
E um detalhe depois de morto não tem como gastar ..., por isso viva e aproveite cada minuto de sua vida com situações prazerosas e agradáveis.

Obrigado Pai e Mãe

Vanda TE AMO pois é do seu lado que viverei situações prazerosas e agradáveis daqui para frente e ficaremos velhinhos com uma montanha de amigos, e teremos VIVIDO A VIDA.
Geraldo Minhaco Junior

O PORTEIRO

*Indicado por Soraia Lopes da Silva

Não havia no povoado pior ofício do que ser porteiro do prostíbulo.
Mas que outra coisa poderia fazer aquele homem?
O fato é que nunca tinha aprendido a ler nem escrever.
Um dia, entrou como gerente um jovem cheio de ideias, criativo e empreendedor, que decidiu modernizar o estabelecimento.
Ao porteiro disse:
- A partir de hoje, o senhor, além de ficar na portaria, vai preparar um relatório semanal onde registrará a quantidade de pessoas que entram e seus comentários e reclamações sobre os serviços.
- Eu adoraria fazer isso, senhor. - Balbuciou - Mas eu não sei ler nem escrever!
- Ah! Quanto eu sinto! Mas se é assim, já não poderá seguir trabalhando aqui.
- Mas senhor, não pode me despedir, eu trabalhei nisto a minha vida inteira.
- Olhe, eu compreendo, mas não posso fazer nada pelo senhor.
O porteiro sentiu como se o mundo desmoronasse. Que fazer?
Lembrou que no prostíbulo, quando quebrava alguma cadeira ou mesa, ele a arrumava, com cuidado e carinho.
Pensou que esta poderia ser uma boa ocupação até conseguir um emprego.
Mas só contava com alguns pregos enferrujados e um alicate mal conservado.
Usaria o dinheiro da indenização para comprar uma caixa de ferramentas completa.
Como o povoado não tinha casa de ferragens, deveria viajar dois dias em uma mula para ir ao povoado mais próximo para realizar a compra. E assim o fez.
No seu regresso, um vizinho bateu à sua porta:
- Venho perguntar se você tem um martelo para me emprestar.
- Sim, acabo de comprá-lo, mas eu preciso dele para trabalhar ... já que...
- Bom, mas eu o devolverei amanhã bem cedo.
- Se é assim, está bom.
Na manhã seguinte, como havia prometido, o vizinho bateu à porta e disse:
- Olha, eu ainda preciso do martelo. Porque você não o vende para mim?
- Não, eu preciso dele para trabalhar e além do mais, a casa de ferragens mais próxima está a dois dias de viagem sobre a mula. 
- Façamos um trato - disse o vizinho.
Eu pagarei os dias de ida e volta mais o preço do martelo, já que você está sem trabalho no momento. Que lhe parece?
Realmente, isto lhe daria trabalho por mais dois dias... aceitou.
Voltou a montar na sua mula e viajou.
No seu regresso, outro vizinho o esperava na porta de sua casa.
- Olá, vizinho. Você vendeu um martelo a nosso amigo. Eu necessito de algumas ferramentas, estou disposto a pagar-lhe seus dias de viagem, mais um pequeno lucro para que você as compre para mim, pois não disponho de tempo para viajar para fazer compras. Que lhe parece?
O ex-porteiro abriu sua caixa de ferramentas e seu vizinho escolheu algumas ferramentas. Pagou e foi embora. E nosso amigo guardou as palavras que escutara; não disponho de tempo para viaja, muita gente poderia necessitar que ele viajasse para trazer as ferramentas.
Na viagem seguinte, arriscou um pouco mais de dinheiro trazendo mais ferramentas do que as que havia vendido, poderia economizar algum tempo em viagens.
A notícia começou a se espalhar pelo povoado e muitos, querendo economizar a viagem, faziam encomendas. Agora, como vendedor de ferramentas, uma vez por semana viajava e trazia o que precisavam seus clientes.
Com o tempo, alugou um galpão para estocar as ferramentas e alguns meses depois, comprou uma vitrine e um balcão e transformou o galpão na primeira loja de ferragens do povoado.
Já não viajava, os fabricantes lhe enviavam seus pedidos. Com o tempo, as pessoas dos povoados vizinhos passaram a comprar na sua loja de ferragens, a ter de gastar dias em viagens.
Um dia ele lembrou de um amigo seu que era torneiro e ferreiro e pensou que este poderia fabricar as cabeças dos martelos. E logo, por que não, as chaves de fendas, os alicates, as talhadeiras, etc ... E após foram os pregos e os parafusos... Em poucos anos, nosso amigo se transformou, com seu trabalho, em um rico e próspero fabricante de ferramentas.
Um dia decidiu doar uma escola ao povoado, nela, além de ler e escrever, as crianças aprenderiam algum ofício.
No dia da inauguração da escola, o prefeito lhe entregou as chaves da cidade, o abraçou e lhe disse: - É com grande orgulho e gratidão que lhe pedimos que nos conceda a honra de colocar a sua assinatura na
primeira página do livro de atas desta nova escola.
- A honra seria minha - disse o homem. Seria a coisa que mais me daria prazer, assinar o livro, mas eu não sei ler nem escrever, sou analfabeto.
- O Senhor?!?! - Disse o prefeito sem acreditar.
O senhor construiu um império industrial sem saber ler nem escrever?
Estou abismado. Eu pergunto:
- O que teria sido do senhor se soubesse ler e escrever?
- Isso eu posso responder. - Disse o homem com calma.
Se eu soubesse ler e escrever... ainda seria o PORTEIRO.
Isso realmente é verídico, contado por um grande industrial chamado Tramontina

“Desanimar talvez, desistir nunca”

Criar não dói e não tem contra indicação

*Por Maria Inês Felippe

Por questões de sobrevivência, cresce o interesse em despertar e aumentar a capacidade dos funcionários tornando-os mais criativos na busca de novos produtos, serviços, assim como buscar diferenciação nos processos de vendas etc. A criatividade favorece observar, enxergar o que todos estão vendo, visualizando coisas diferentes e aumentar a auto estima, acreditando nos produtos e serviços que estão oferecendo mercado. Outro aspecto interessante é que não basta somente criar, gerar idéias, é preciso analisá-las e implementá-las. Algumas empresas que criam Banco de Idéias, sistemas integrados de geração de idéias até mesmo a velha caixa de sugestões como estratégia de incentivo da criatividade e inovação, mas rapidamente transformada em caixa de “queixações”, pois é sinto lhe dizer que não é por ai que devemos começar.
Considerando especificamente este caso tendo como base uma empresa que tinha como objetivo a premiação de idéias foram desenvolvidas palestras e treinamentos com técnicas específicas com o objetivo de aumentar a capacidade de geração de idéias, favorecendo a criação de produtos, melhoria de processos etc, fortalecendo um conjunto poderoso de Princípios e Valores que estimularão o seu pessoal a criar e inovar e a preparação da liderança jamais deverá ficar de fora.
Pense nisso e analise!
Olá! Como está? Cheio de planos?
É muito comum ouvir, as pessoas comentarem fatos como os abaixo:

1.“Meu chefe não valoriza as minhas ações. Como mudá-lo?
2.“A empresa em que trabalho não possui um plano de carreira e pouco investe nos colaboradores”.
3.“Vivo num mundo de trabalho hostil.”
4.“Não há como mudar a minha rotina, tenho que fazer as coisas sempre da mesma forma!”

Essas questões devem ser fortemente debatidas nos programas desenvolvidos dentro das organizações para liderança de equipes, administração de conflitos e inovação. E é cada vez mais comum encontrar essas situações dentro das organizações.
Não importa o que as pessoas fazem conosco, o que realmente importa é o que estamos fazendo com nós mesmos e o que permitimos que os outros nos façam.
É aí que entra a sua enorme responsabilidade em virar esse jogo. O que você preparou para realizar neste ano que, pelo menos, amenize situações como as descritas acima?

Uma vida sem desafios não vale a pena ser vivida.
Sócrates

Conflito de gerações – Fato ou interpretação?

*Por Cíntia Menegazzo Campos

Muito me admira o fato de insistentemente afirmarem que há um conflito, há um conflito…! Que coisa mais maluca. Sinceramente ao meu entendimento só há conflito se uma das partes não percebe que tudo tem mudado que as demandas e necessidades do mercado são outras e que portanto há necessidade de mudança e não de conflito!
Com amplo domínio da tecnologia e alta capacidade de inovação, os jovens têm pressa em construir a carreira, são mais rápidos, e buscam equilíbrio entre trabalho e vida pessoal. Não querem ter a empresa como único foco… Dentre outras coisas isto é diferente de outros tempos. Mas não que seja um conflito!
Dentre outras características citadas constantemente, uma coisa é verídica e os artigos mais atuais tem trazido: Devemos evitar a generalização: nem todos os jovens apresentam as características de ansiedade, ambição e mesmo a cultura tecnológica que marcam a geração Y. Aspectos sociais, familiares, a escola e o nível cultural encontrado influenciam de forma acentuada a personalidade dos jovens profissionais.
Não há como negar que a chegada da geração Y às empresas, em especial em cargos de liderança, tem causado impacto na hierarquia e na cultura empresarial. Mas encarrar isto como conflito, e afirmar que a base empresarial está negando a mudança mais evidente dos últimos anos.
Desta maneira, estudar, analisar e entender esta geração é fundamental para que as empresas possam não apenas acolhê-la, mas também explorar toda a capacidade e potencialidade destes jovens.
Olhar o potencial requer também mudança na forma de olhar as relações humanas entre as gerações… e claro aproveitar o melhor de cada uma!

O verdadeiro conhecimento vem de dentro.
Sócrates

COOPETIÇÃO: A ARTE DE TRANSFORMAR O INIMIGO EM ALIADO

*Por Alessandro Medina Saade (Professor, Palestrante, Estrategista e Administrador de Empresas)

Na geografia, pequenos tremores podem indicar a vinda de grandes terremotos. E após os grandes terremotos, ainda acontecem réplicas, que são pequenos tremores que fazem com que o terreno se assente.
Levando essa analogia para o grande mercado de massa, as mega-fusões entre Submarino e Americanas on Line; Casas Bahia e Grupo Pão de Açúcar; e a recente fusão entre A Insinuante e a Ricardo Eletro mostram claramente um movimento de reajuste de forças no mercado.
Essas grandes mudanças mostram a necessidade do varejo de reduzir custo, ganhar eficiência, compartilhar as melhores práticas, fortelecer-se frente à concorrência e ganhar poder de negociação com os fornecedores. Ufa! Quantas coisas cabem numa fusão!
Só para se ter uma idéia do poder gerado por essas associações ou aquisições, o conglomerado resultante da união do Pão de Açúcar e as Casas Bahia terá como resultado mais de 1.000 lojas e quase 80 mil colaboradores. Que fabricante não gostaria de oferecer seus produtos numa rede com uma amplitude e capilaridade como essa?
Pensando nisso, será que não é hora das empresas menores começarem a sondar o mercado para uma futura fusão, mega-cooperativa ou aquisição? Imaginou o que pode gerar de retorno a associação entre pequenas redes ou lojas únicas bem estruturadas num determinado nicho? E se logo depois, esse conglomerado fosse para o e-commerce, de maneira forte e agressiva num portal comum?
De saída, a intimidade que cada loja tem com determinado fabricante passa a valer para todo o grupo. Facilidades que você tinha com exclusividade, passam a ser compartilhadas com lojistas de outras regiões do país. Por outro lado, todos os benefícios que cada um deles possuía passa a valer também para você! E isso somente na compra.
Depois, um grande grupo para trocar experiências, boas e ruins, acelerando o crescimento de todos e evitando a repetição de ações que culminariam com frustração e prejuízo. E mais ainda: já pensou no estoque compartilhado de produtos de baixo giro e alto valor agregado? Mesmo não tendo o item na loja, todos teriam pronta entrega, vindo de um estoque centralizado.
Provavelmente o grande desafio seja integrar essas empresas que se encontram em diferentes níveis de desenvolvimento e maturidade. Algumas são recém criadas, cheias de energia mas sem experiência; outras, muito experientes, mas menos arrojadas, em função das cicatrizes adquiridas ao longo dos anos; umas grandes, outras pequenas; uma lojinha, várias filiais! O resultado final é sempre positivo.
É a Coopetição, misto de cooperação e competição, em doses equilibradas e estratégia clara.
Vamos tentar? Dê o primeiro passo!

A experiência não é o que acontece a um homem. É o que um homem faz com o que lhe acontece.
Thomas Huxley

O status é o cargo, mas você tem valor

*Por José Antonio Rosa

Muitas pessoas passam pela desagradável experiência de um dia perceber que eram recebidas com atenção, eram respeitadas e valorizadas devido ao cargo que ocupavam. Ao percebê-lo às vezes têm um choque: decepcionam-se com os antigos parceiros, acabam por ficar com a auto-estima abalada e com a crença no ser humano diminuída. Na verdade, não há nada de errado com a valorização do cargo e nem com a atitude dos parceiros de valorizá-lo: um cargo tem efetivamente valor no mundo das relações comerciais, do mercado. Os parceiros comerciais têm obrigação de tratar com atenção o gerente de uma grande empresa, por exemplo, e têm interesse em fazê-lo. Ao “sair” do cargo a pessoa não pode esperar carregar a importância daquele cargo com ela. Muitas vezes, volta a ser física ou a titular de cargo menos importante (por exemplo, o de pequeno empreendedor, o de consultor) para as organizações a que os antigos parceiros estão ligados. Passam a não ter grande importância para aquelas organizações. Nada de errado e nada de pessoal nisso.
O profissional que hoje se decepciona, na verdade, iludira-se no passado, ao confundir-se com o cargo que ocupava. Ele, como ser humano, continua tendo valor – o valor que sempre teve. Se fez relações humanas de real valor enquanto esteve no cargo, elas continuam valendo, embora nem sempre os outros tenham condições (inclusive de tempo) de dispensar a ele grande atenção.
Deve-se encarar a situação com humildade. O status de um cargo não é de uma pessoa, a pessoa porém, tem valor independente do cargo que ocupa, e esse valor, entretanto, nem sempre se traduz em atenção comercial.

As piores dificuldades de um homem começam quando ele é capaz de fazer o que quer.
Thomas Huxley