terça-feira, 27 de julho de 2010

A Bu(r)rocracia Brasileira até quando???

*Por Ricardo Galzerano
**Adaptação Geraldo Minhaco Jr.

Das exportações brasileiras, 43% são de matéria-prima (principalmente ferro e soja), eram 22% há 10 anos. Você pode se perguntar e O que eu tenho a ver com isso?
MUITO A VER, sim, pois os produtos industrializados aqui e que exportamos diminuíram de 74% para 54%. Ou seja: estamos exportando...empregos, quando exportamos matéria-prima, criamos poucos empregos aqui, quando exportamos produtos industrializados, geramos muitos empregos no país - (acreditem ainda tem empresários que nem se importam com isso)
Na contramão disso estamos cada vez mais exportando matéria-prima e cada vez menos exportando produtos industrializados, estamos deixando de gerar milhões de empregos dentro do Brasil, isso é andar na contramão da História.
Especialmente para os jovens, para as gerações que se formam e que, não encontrando emprego aqui, vão buscá-los lá fora. E o vigor de um pais não se faz com o êxodo da juventude,muito pelo contrário.
Palavras de Benjamin Steinbruch, Diretor-Presidente da Companhia Siderúrgica Nacional – “Comparações feitas entre outros países e o Brasil indicam que, quanto maior é o nível de burocracia, menor é o PIB per capita, a escolaridade e a competitividade do país. Além disso, a burocracia estimula o crescimento da economia informal”.
Estudo feito pela Fiesp confirma; o Brasil é o país da bur(r)ocracia, e esta custa, segundo a entidade R$ 46,3 bilhões por ano ao pais é um entrave ao nosso progresso como nação.
Alguns números da bur(r)rocracia brasileira; estamos em 123º lugar na lista dos 183 países mais competentes em termos de eficiência burocracia. No Brasil, as empresas gastam 2.600 horas por ano de produção para pagar impostos. Na área do OCDE (países mais ricos do planeta), são apenas 216 horas. O fechamento de uma empresa leva 4 anos no Brasil, contra 1,8 ano nos países ricos. Para abrir uma empresa no Brasil são necessários 16 procedimentos e apenas 6 na OCDE.
O resultado de tudo isso desestimula as empresas a trabalharem de forma formal, a empregarem mais pessoas de maneira formal (carteira assinada, direitos trabalhistas, etc.), vivemos num país da informalidade e, em larga escala, corrupto em grande parte devido ao excesso de bur(r)ocracia. Nenhum país saiu do subdesenvolvimento sem fazer uma ampla e contínua melhoria na área da educação, sem investir na educação continuaremos, como estamos, na rabeira mundial no ranking de desenvolvimento humano e de qualidade de vida, infelizmente AINDA somos um país “Sem-Educação” e como se não bastasse e não melhorarmos urgente e progressivamente os níveis educacionais de nosso povo esse crescimento econômico se sustentará até quando? - “Os países que já contam com representantes políticos de mais alto nível são também aqueles em que os eleitores são mais escolarizados e tomam suas decisões com base num processo racional. O baixo nível de educação da população brasileira é um mal crônico que afeta diretamente o cenário eleitoral” (Nametala Jorge, presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Rio).

"Um País só se torna uma Nação quando sua população aprende a se mobilizar em prol do bem comum"

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