sexta-feira, 29 de abril de 2011

Contratados pelo currículo, demitidos pela atitude

É preciso que, antes de qualquer coisa, percebamos o efeito que nossos comportamentos estão tendo sobre as pessoas no ambiente de trabalho

*Por Eduardo Ferraz (Consultor em Gestão de Pessoas e especialista em treinamentos e consultoria In Company, Pós-graduado em Direção de Empresas pelo ISAD PUC-PR e especializado em Coordenação e Dinâmica de Grupos pela SBDG. Autor do livro "Por que a gente é do jeito que a gente é?", da Editora Gente)

Diversos são os motivos que levam as empresas a demitirem seus funcionários. Uma pesquisa realizada pela Catho, em 2009, com 12.122 profissionais de empresas privadas de todo o Brasil, revelou os principais fatores para a demissão no país. Segundo o levantamento, dentre as cinco primeiras razões, três estão relacionadas à personalidade.
O estudo aponta que, além dos motivos relacionados à incompetência e à falta de resultados, também estão as questões comportamentais, como o mau relacionamento com o grupo, falta de dinamismo e inaptidão para a liderança. Se prestarmos a devida atenção à questão, podemos perceber que o fato tem grande relação com a falta de Inteligência Emocional.
Até o lançamento do livro "Estruturas da Mente", do psicólogo americano Howard Gardner, em 1983, para a grande maioria das pessoas, a inteligência era atribuída a pessoas com alto QI (Quociente de inteligência). Gardner confrontou este paradigma, mostrando em seus estudos que as pessoas são habilidosas de diferentes formas, e que nem todos aprendem da mesma maneira. Dentre as inteligências múltiplas apresentadas pelo psicólogo, as que tratam da capacidade do indivíduo se relacionar com as pessoas e consigo mesmo, somadas, resultam no QE, ou Inteligência Emocional.
Normalmente, o baixo QI tende a limitar o crescimento profissional, já o baixo QE pode destruir uma carreira, por mais alto que seja seu QI. As pessoas com pouca inteligência emocional têm um autoconhecimento limitado, e esse é o maior problema. Normalmente, este indivíduo não tem consciência de seus comportamentos, e tem dificuldade em avaliar o impacto que suas atitudes causam nos demais. Como consequência, costuma ser egocêntrico, lidar mal com o estresse, ter baixa tolerância a frustrações, além das outras questões comportamentais citadas na pesquisa como razões para demissão.
Diferentemente do QI, que muda muito pouco na idade adulta, a Inteligência Emocional pode ser aprimorada. Embora não seja um processo rápido, o primeiro e grande segredo é o autoconhecimento. É preciso que, antes de qualquer coisa, percebamos o efeito que nossos comportamentos estão tendo sobre as pessoas, no ambiente de trabalho, e até mesmo na vida pessoal. Para isso, é essencial que se leve em consideração os feedbacks recebidos, seja de um superior, um subordinado ou de parentes e amigos.
Saber usar os pontos fortes, controlar os pontos limitantes, relevar os pontos fracos e persistir diante de frustrações são elementos que fazem parte das competências de um profissional com alta Inteligência Emocional. É importante ressaltar que isso não é importante somente na vida corporativa. Um alto nível de QE nos permite perceber melhor quem somos, estabelecer relacionamentos mais saudáveis com aqueles que nos rodeiam, e termos atitudes capazes de tornar nossas vidas muito melhores.

Tente mover o mundo o primeiro passo será mover a si mesmo.
Platão

Gestão participativa frente à nova ciência

A importância em manter uma administração focada no saber e incentivo ao pensamento

*Por Sergio Ribinik (Engenheiro Eletricista pela Escola Nacional de Engenharia, CEO da GS1 Brasil, organização filiada a GS1 Global, membro do Board da Organização GS1 Global e que tem presença em 140 países e da Divisão EPC Global que trata de padrões para o uso da tecnologia de identificação por Radio Freqüência)

A visão mecanicista tão influenciada por René Descartes e Isaac Newton, ainda nos orienta na forma como entendemos e praticamos a gestão de pessoas na esmagadora quantidade de organizações públicas ou privadas.
Mesmo no estudo formal das ciências de gestão, poucos são os que fogem de uma visão antiga e voltada ao controle das tarefas, com tendência a “formatação” de programas, projetos e planejamentos no gerenciamento das pessoas, deixando-as com pouca margem às suas aspirações, criatividade, flexibilidade de responder aos estímulos do meio ambiente e até ao uso da intuição na resolução de problemas.
Sistemas interligados em rede e por onde passa uma forma de energia, tem a capacidade de se auto-organizarem quando em desequilíbrio e esta ordem não nasce de nenhum tipo de controle. Sistemas vivos estão constantemente se auto-produzindo, autoregulando e mantendo interações com o meio ambiente que os fazem mudar suas estruturas sem perder a identidade, princípio este conhecido como autopoieses (a capacidade dos serres vivos de produzirem a si próprios).
O que vem então diferenciar fundamentalmente uma organização mecanicista de outra alinhada com estes novos conhecimentos?
Uma organização mecanicista é caracterizada pela necessidade de muitos níveis hierárquicos porque o controle é uma expectativa da administração. O equilíbrio é entendido como a manutenção dos planos estabelecidos, permanecendo fixos por períodos de tempo, independente das mudanças do meio. Os colaboradores são controlados e estimulados para voltarem ao plano e as condições projetadas.
“Uma organização mecanicista é caracterizada pela necessidade de muitos níveis hierárquicos porque o controle é uma expectativa da administração. O equilíbrio é entendido como a manutenção dos planos estabelecidos, permanecendo fixos por períodos de tempo, independente das mudanças do meio”
Não é preciso muita imaginação para concluir a quantidade de retrabalho envolvida. Sabemos por experiência, quantas vezes avaliamos e mostramos as variações de planos existentes em diversos níveis hierárquicos.
Por outro lado, em uma organização alinhada com a nova ciência, os colaboradores são treinados a agir e reagir aos eventos, expandindo e amplificando os efeitos, usando a informação para adaptar e evoluir. Tudo está em constante mutação atendendo relações de probabilidades.
Nesse ambiente, o controle vem de dentro para fora de cada indivíduo. A prática do pensamento e não do planejamento estratégico estimula as equipes a se auto-organizarem, estando sempre à frente na capacidade de criar, evoluir, usando a intuição e um modelo verdadeiramente participativo de progresso. Situação esta que traz benefícios de adesão, ambiente de trabalho, aumento da responsabilidade ética, social e ambiental.
Com a complexidade das organizações, não é simples mudar de conceitos e isto nos leva a manter os sistemas atuais, mas as coisas estão mudando. Será que poderíamos testar novas teorias em células nas organizações expandindo os benefícios na formação de redes de excelência? Fica aqui a pergunta.

"Interagir é saber conduzir o bem em pró de si mesmo."
autor desconhecido

É possível um sistema capitalista mais humano?

*Por Tatiana M. Alméri (Sociologa)

Estive refletindo sobre a sociedade e percebi que, apesar do termo “responsabilidade social” estar inserido no nosso dia a dia, ainda não está intrínseco na nossa cultura. Falamos sobre o assunto, tentamos nos apresentar como responsável socialmente, mas, muitas vezes não refletimos e atuamos de uma maneira coerente. Afinal, o que é responsabilidade social? Muitas pessoas poderiam responder que é contribuir para campanhas do agasalho, doar alimentos, promover festas beneficentes, fazer sacolas de Natal, etc. Mas, onde quero chegar é: o que seria responsabilidade social para uma empresa? Certamente, este quesito seria muito diferente de filantropia.
Entretanto, o grande desenvolvimento do sistema capitalista e a maximização dos lucros, além da positividade, trouxe consigo uma grande negatividade, o que acaba delimitando a necessidade das empresas de se modificarem e tentarem amenizar os pontos negativos pautados nos pontos positivos do sistema e na necessidade de tornar o sistema capitalista algo sustentável. Devemos abranger o bem-estar da sociedade, mas também à saúde mercadológica, pois o mercado inevitavelmente presta contas à mídia, aos funcionários ao setor não governamental e ambiental, ao governo e, por fim, às comunidades com que opera. Não esquecendo que a responsabilidade social anda de mãos dadas com o conceito de desenvolvimento sustentável. Estamos ainda na infância com relação à responsabilidade social, mas um dia chegaremos ao ponto de entendermos que não é só vender a imagem de ser responsável, mas é efetivamente tentar trazer uma melhora nas condições vitais da humanidade, pois quanto mais adequados, adaptados e motivados estão os funcionários, quanto maior o relacionamento com o governo e com o setor não governamental de uma maneira positiva, quanto mais aprimorados os laços com os fornecedores e com os clientes, teremos certamente uma maior produção, um maior apoio, melhores relacionamentos e confiabilidade, e maiores vendas e fidelizações, respectivamente. É apostar no futuro, plantar bons frutos para depois colher um sistema capitalista mais humanitário sem perder os fundamentos de concentração de renda.

"O desenvolvimento humano só existirá se a sociedade civil afirmar cinco pontos fundamentais: igualdade, diversidade, participação, solidariedade e liberdade."
Herbert José de Souza - Betinho

terça-feira, 19 de abril de 2011

Líderes ou gestores: o que é melhor para sua empresa?

*Por Roberta Yono Ebina (CONSULTORA ASSOCIADA DA MUTTARE CONSULTORIA DE GESTÃO)
**Indicado por Vanda M. L. Minhaco

Nos últimos anos, intensificou- se a exigência por um ambiente de trabalho saudável dentro das empresas. Vemos diversas literaturas sobre isso, como "Great Place To Work", "As 150 Melhores Empresas para se Trabalhar", e se procurarmos esse assunto em sites de busca, encontraremos milhões de informações sobre a forte demanda por ter um clima organizacional favorável em prol de ótimos resultados financeiros. O grande responsável pelo equilíbrio entre ambiente de trabalho agradável e alta performance é um só: o líder. E o que realmente acontece no mundo corporativo? Em uma pesquisa divulgada pela Sociedade Brasileira de Coaching, 84% das pessoas que trabalham nas empresas desempenham apenas 60% de seu potencial. Por quê? Qual é a relação com a liderança?
Segundo Abraham Maslow, todo ser humano almeja a realização pessoal. Ela só ocorre se a pessoa está motivada e se sentir pertencente a algo importante. Vale lembrar que a motivação é intrínseca, ou seja, ninguém consegue motivar alguém, mas sim, estimular. O papel do líder é oferecer desafios aos seus colaboradores de forma a estimular a sua motivação e, ao mesmo tempo, dar sentido aos desafios oferecidos. Fazendo isso, o líder gera um forte vínculo do colaborador com a organização, tornando-o cada vez mais comprometido com os resultados a serem atingidos. Para o verdadeiro líder, a sua realização pessoal é colocada de lado e seus colaboradores vêm em primeiro lugar. Ele os empodera e, com isso, gera um ótimo clima organizacional e resultados excepcionais. Dessa forma, para esse líder, o crescimento na carreira, o aumento salarial, entre outros são consequências do legítimo interesse do colaborador. Chefes e gestores não fazem isso, e se não o fazem não conseguem a alta performance. No Brasil, de acordo com o banco de dados da Muttare, consultoria de gestão, nos últimos cinco anos foram avaliados quase 1.700 gestores. Entre os resultados, podemos destacar que, em uma escala que vai até 100% de uso do estilo: * 78,2% dos casos predominam o estilo de liderança modelador: aquele que consegue fazer que seus colaboradores façam suas tarefas da mesma forma como ele faria, não aceitando formas diferentes de execução. Se não consegue convencer o colaborador a fazer do seu jeito, torna- se autoritário; * 66,8% dos gestores predominam o estilo afiliativo: aquele que, com a justificativa de manter um clima agradável em sua área, evita o conflito a todo custo. Ele coloca "panos quentes" em situações em que demandariam um posicionamento, e como "protege" os seus colaboradores de pessoas ou situações "ruins", sua equipe tem grande dificuldade de crescer na organização; Com esses resultados, podemos afirmar que o modelador cria clones, evitando a inovação e o afiliativo, cria "aleijados" que não pensam por si. Os dois combinados fazem um grande estrago nas organizações. Esses estilos não agem com foco na visão da empresa nem de acordo com os valores dela e, sim, por interesses próprios. Colocam a si em primeiro lugar. Portanto, o que você gostaria de ter em sua empresa: gestores ou líderes?

"Atitude é uma pequena coisa que faz uma grande diferença"
Clarice Lispector

Dicas para lidar com as diferenças entre as gerações

*Por Cintia Menegazzo

Sempre me perguntam como lidar com os conflitos das gerações… Então resolvi escrever algumas dicas:

1) Em sua empresa, em seus projetos, misture energia e experiência, sabedoria e impetuosidade, sensatez e muita tecnologia.

2) Adote sempre a transparência na hora de se comunicar. Falou tem que cumprir.

3) Não trate os trainees melhor do que qualquer outro cargo. Lembre-se geração Y, não é apenas os trainees da sua empresa.

4) Comporte-se de acordo com seus valores e os valores da organização. Se não der, mude!

5) Se você for líder, adote uma postura madura: compreenda profundamente as vantagens e os benefícios da diversidade; tenha bem claro em mente o que cada geração pode produzir; se você tenta igualar o conhecimento e o resultado, a frustração é óbvia;

6) Confie! Esta palavra é mágica! E sem ela não há trabalho em equipe.

7) Adote a liderança situacional na hora de delegar! Mas lembre que você pode ter um funcionário da geração Y no nível de maturidade 4. Não julgue! Observe!

8 ) Forneça feedback para qualquer uma das gerações. Esta ferramenta é grátis e ajuda nos relacionamentos!

9) Entender e aceitar que há diferenças básicas entre as quatro gerações é a chave para o acordo de paz entre elas. Mas não precisa encarar isto como um conflito!

10) Compreender e aceitar as diferenças de cada geração não significa abrir mão de suas convicções, princípios e valores. Ouça ativamente, mas seja assertivo!

11) Reúna constantemente as diferentes gerações, principalmente para tomar decisões. Enxergue com outros olhos, decida olhando todo o sistema!

12) Tenha maturidade para lidar com idéias e comportamentos diferentes dos seus. Se necessário faça terapia! Ou ainda faça coaching!

13) Não discuta nem insista, apenas coloque o seu ponto de vista assertivamente e ouça os demais; sabedoria é diferente de inteligência: ou você aceita a maré ou muda o rio que você navega!

14) Atualizem-se para não ser pego de surpresa. Idade não significa acomodação.

15) Procure trabalhar sua tolerância e ansiedade. Não tente convencer o outro “do seu jeito”!

No demais eu conto com sua habilidade de lidar com pessoas, sua humildade de aceitar as diferenças… E isto independentemente da geração em que você se enquadre, BOM TRABALHO.

"O encontro de duas personalidades assemelha-se ao contato de duas substâncias químicas: se alguma reação ocorre, ambos sofrem uma transformação." 
Carl Jung

A EDUCAÇÃO DO RICO VERSUS A EDUCAÇÃO DO POBRE

*Por Izabel Sadalla Grispino (Professora, Autora e Peotisa)

A realidade educacional no Brasil é tema inquietante, a ser refletido por toda a sociedade brasileira. Realidade de duas faces: a boa educação para os ricos e a má educação para os pobres. Há décadas, Demerval Saviani, em seus livros, já denunciava a equivocada escola assistencialista, merendeira. São freqüentes e periódicas as citações de especialistas da educação sobre o decadente ensino das classes menos favorecidas.
O objetivo de toda escola deve ser o de tornar o aluno competente. A escola deve lutar, buscar os meios para realizar este objetivo, para dar aos alunos as ferramentas mentais de ação, a fim de que possam enfrentar o mercado de trabalho, hoje tão exigente. Nunca o livro didático foi tão necessário ao professor. A escolha de um bom livro poderá amenizar a situação do ensino público. Um livro que traga ao professor instruções detalhadas, que propicie experiências abertas, exercícios práticos, onde se possa praticar o construtivismo. A criança precisa freqüentar a boa escola, desde os primeiros anos de alfabetização, porque a aprendizagem é um processo em que uma etapa influi e explica a outra. A construção do conhecimento exige tempo, é preparação sistemática, gradual, encadeada, ligando os diferentes graus de ensino. Não é um simples “depósito bancário”, usando a expressão do educador Paulo Freire. Não adianta avançar etapas, se a aprendizagem não se concretizou. Hoje, temos bem clara a noção de que o importante não é a quantidade do que se ensina ao aluno, mas a qualidade do que ele aprende.
O desinteresse oficial por uma escola pública de qualidade se constitui em mecanismo de reprodução das desigualdades. Concursos de ingresso ao magistério público há, em que Secretarias de Estado observam com rigor a porcentagem de acertos e erros, aprovando os realmente capazes – como o recente concurso, realizado no Rio Grande do Sul, onde 70% dos candidatos foram reprovados, ou o concurso de ingresso na Bahia, em 97/98, que reprovou cerca de 90% dos candidatos. Secretarias há em que, desconsiderando a má formação, rebaixam o nível de conhecimento, aceitam uma porcentagem de acertos inferior ou bem inferior ao que seria a média das questões, facilitando o acesso para abarcar o maior número de candidatos, mas não garantem, depois, a qualificação necessária ao padrão requerido pela época. Nessa acomodação política, o aluno pobre é o maior prejudicado, pois que tem aula com professores mal preparados, cuja efetividade não foi fruto de competência. O ensino fica, assim, nivelado por baixo.
Cláudio de Moura Castro, assessor da Divisão de Programas Sociais do Banco Interamericano do Desenvolvimento, faz uma análise sociológica, cultural do Brasil, das últimas décadas e compara-o aos Estados Unidos. Ambos, diz ele, encontram dificuldades em “criar escolas capazes de oferecer um ensino de boa qualidade aos mais pobres e mais vulneráveis... têm escolas péssimas servindo a essa população”. Ambos têm grande desigualdade na distribuição de renda. Sendo que nos Estados Unidos “a maioria esmagadora é imensamente rica, embora tenha muitos bolsões de pobreza, sobretudo, nos centros urbanos”. No Brasil, ao contrário, temos “uma minoria muito rica e uma grande camada de pobreza, incompatível com nossa renda per capita”. O contraste entre Brasil e Estados Unidos está na grande diferença entre população rica e pobre. Se aqui poucos têm boa escola, lá a grande maioria a tem.
Cada povo tem a educação que o espelha e a nossa pouco nos engrandece.
O magistério é vocação sublime, abre caminhos de esperança, de sonhos, de realizações. O professor é pedra angular, a fundamental na construção do ser humano. Batalhar a educação é batalhar a vida no seu grau supremo da promoção humana e social. Ela é essência, ultrapassa a dimensão circundante do Homem, alcança a dimensão cósmica, quando então, entra em comunhão com a obra do Criador e se torna a grande responsável pelo desenvolvimento sustentável do planeta, pela continuidade de nossa mãe-Terra, em sua missão de gerar novas vidas. “O que acontece à terra, acontece aos filhos da terra” Seattle, chefe das tribos indígenas Duwarnish – Canadá.
Vimos, em seqüência, espalhando sementinhas, que a seu tempo – esperamos – se revertam no nascimento de árvores frondosas. Outras sementes, juntando-se a estas, romper-se-ão em outras árvores, que, no seu conjunto, formarão o cerne, a frente robustecida de combate, com núcleos de influência, semeando permanentemente. Se cada um fizer a sua parte, o grande encontro virá e coroado da salvadora redenção.

"A educação é aquilo que sobrevive depois que tudo o que aprendemos foi esquecido."
Burruhs Frederic Skinner

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Você tem experiência?

**Publicado no jornal interno do RH - Volkswagen do Brasil - nome do candidato não mencionado
***Indicado por Soraia F. Lopes da Silva

No processo de seleção da Volkswagen do Brasil, os candidatos deveriam responder a seguinte pergunta: Você tem experiência?
A redação abaixo foi desenvolvida por um dos candidatos. Ele foi aprovado e seu texto está fazendo sucesso, e com certeza ele será sempre lembrado por sua criatividade, sua poesia e acima de tudo por sua alma;
Já fiz cosquinha na minha irmã pra ela parar de chorar.
Já me queimei brincando com vela.
Eu já fiz bola de chiclete e melequei todo o rosto.
Já conversei com o espelho, e até já brinquei de ser bruxo.
Já quis ser astronauta, violonista, mágico, caçador e trapezista.
Já me escondi atrás da cortina e esqueci os pés pra fora.
Já passei trote por telefone.
Já tomei banho de chuva e acabei me viciando.
Já roubei beijo.
Já confundi sentimentos.
Ja peguei atalho errado e continuo andando pelo desconhecido.
Já raspei o fundo da panela de arroz carreteiro.
Já me cortei fazendo a barba apressado.
Já chorei ouvindo música no ônibus.
Já tentei esquecer algumas pessoas, mas descobri que eram as mais difíceis de esquecer.
Já subi escondido no telhado pra tentar pegar estrelas.
Já subi em árvore pra roubar fruta.
Já caí da escada de bunda.
Já fiz juras eternas.
Já escrevi no muro da escola.
Já chorei sentado no chão do banheiro.
Já fugi de casa pra sempre, e voltei no outro instante.
Já corri pra não deixar alguém chorando.
Já fiquei sozinho no meio de mil pessoas sentindo falta de uma só.
Já vi pôr-do-sol cor-de-rosa e alaranjado.
Já me joguei na piscina sem vontade de voltar.
Já bebi uísque até sentir dormente os meus lábios.
Já olhei a cidade de cima e mesmo assim não encontrei meu lugar.
Já senti medo do escuro, já tremi de nervoso.
Já quase morri de amor, mas renasci novamente pra ver o sorriso de alguém especial.
Já acordei no meio da noite e fiquei com medo de levantar.
Já apostei em correr descalço na rua.
Já gritei de felicidade.
Já roubei rosas num enorme jardim.
Já me apaixonei e achei que era para sempre, mas sempre era um 'para sempre' pela metade.
Já deitei na grama de madrugada e vi a Lua virar Sol.
Já chorei por ver amigos partindo, mas descobri que logo chegam novos, e a vida é mesmo um ir e vir sem razão.
Foram tantas coisas feitas...
Tantos momentos fotografados pelas lentes da emoção e guardados num baú, chamado coração.
E agora um formulário me interroga, me encosta na parede e grita: Qual sua experiência? Essa pergunta ecoa no meu cérebro: experiência... experiência... Será que ser 'plantador de sorrisos' é uma boa experiência? Sonhos!!! Talvez eles não saibam ainda colher sonhos! Agora gostaria de indagar uma pequena coisa para quem formulou esta pergunta: Experiência? Quem a tem, se a todo o momento tudo se renova?

"Experiência não é o que acontece com você, mas o que você fez com o que lhe aconteceu."
Aldous Huxley

Como Você Pensa?

*Por Cíntia Menegazzo Campos

Esta semana eu trabalhei em mais de uma empresa a questão dos mapas mentais e das crenças que norteiam nossas vidas…
Você já percebeu que cada vez mais está difícil de encontrarmos profissionais com a visão do todo?
Pois é! Particularmente acredito que se deve ao fato, da maneira como as pessoas pensam. Você sabia que seus comportamentos são frutos do que você pensa? Pois é! São. E ter visão do todo, requer pensar grande, pensar além da sua área, além do que você quer pra si! Pensar para um bem maior! Para uma sociedade melhor!
Percebo que nosso pensamento é estruturado em demasia no “eu” e no “meu”. ” aqui no marketing”, ” aqui no financeiro”… enfim! Como se a empresa fosse sobreviver só com o “um ou com outro”. Assim, não formamos pessoas e nem líderes com visão do todo.
Pensar grande, me parece que está proibido, que falta tempo para isto! A sensação que tenho quando falo em pensarmos em abundância (no todo) as pessoas se chocam, pois se sentem proibidas de pensar nisto!
O pensamento de abundância, por sua vez, defende que sempre há meios de todos terem bons resultados e que cada um fará a sua parte para esse fim.
Segundo os ensinamentos mais antigos, precisamos, desde sempre, desenvolver a mentalidade de abundância, acreditar que é possível criar para todos, existir e ser feliz! Verdadeiros líderes caminham para esse propósito.
O verdadeiro líder consegue pensar em todos. Essa visão dos parceiros ganharem, (todos!), é a chave desse negócio de liderança. É a chave de sociedades mais evoluídas e das empresas de sucesso.
E sinceramente, enquanto formarmos pessoas sem esta visão do todo, as empresas sofrerão desta escassez profissional! E cada vez menos teremos abundância. Pessimista eu? Jamais! Ao contrário. Pratico minha missão em busca desta visão de abundância: ganho eu, ganha você! Ganhando nós, ganha a sociedade!
E você, como tem pensado?

Eu permito a todos serem como quiserem, e a mim como devo ser.
Chico Xavier

Ócio Construtivo. Isso existe?

*Por Roberto Rodrigues (Consultor da RR Life)

Interessante a nossa vida: tendemos a valorizar aquilo que não temos, e damos pouca importância para o que e a quem temos. Claro. Isso não é uma regra! Algumas pessoas não agem desta maneira. Muitos prezam por tudo aquilo que possuem – independentemente se é pouco ou muito, se é bonito ou feio, se é novo ou velho-. A idéia aqui é fazermos uma reflexão.
Mas, reflexão como, se não temos tempo nem para pensar em nossas vidas? São tantas cobranças, tantas pressões: o índice Ibovespa que caiu, o dólar que subiu, os preços que não ajudam, a faculdade, a pós-graduação, o mestrado, a família, os amigos, o trabalho então, nem se fala… Ufa!
Você sabia que não está sozinho nessa? A maioria das pessoas de sucesso passou e/ou passa por tudo isso; alguns, até mais do que isso. Acredite. Como dizia um palestrante que conheci: “a vida é uma batalha, sucesso é dor”. Já, outro colega docente, em minha pós-graduação dizia que: “o mundo é mau”. Não pense vocês que, eles são pessoas negativas, pois eles são, na verdade, pessoas de sucesso, que conhecem as dificuldades e obstáculos que são impostos, senão, na mesma intensidade, pelo menos, parecidíssimos. Devemos dar foco na solução e não no problema, mas, se o problema aparecer, encare-o de frente.
O que estas pessoas que citei têm de diferente de nós? Porque venceram ou estão vencendo na vida? São mágicos? Videntes? Não acredito que seja isso. Acredito sim, na inteligente forma com que lidam com os problemas, na determinação, na preparação, na fé, no surgimento de oportunidades, e, sobretudo, na maneira com lidam com o tempo em que estão “à toa”.
Uma das melhores formas que conheço e pratico é aproveitar as horas de ócio, quando não estou fazendo nada. Caminhando, por exemplo, me permito pensar, pensar, pensar; e por fim, planejar. Uno o útil ao agradável. Outra forma é quando estou dirigindo, pois faço o mesmo.
Ócio construtivo é construir no momento do ócio. Ou seja, quando não estamos fazendo nada, podemos produzir algo: idéias, insights (O ato ou resultado de aprender a verdadeira natureza das coisas, enxergar intuitivamente), refletir sobre as coisas salutares, mas também sobre as coisas que nao saíram conforme o planejado.
Então senhores, o tal “ócio construtivo” existe, aliás, não só existe como pode fazer toda diferença entre o sucesso e o fracasso em nossas vidas. Como bem diz o Bernardinho, técnico da seleção de Vôlei: “O jogo se ganha treinando e não jogando, pois, treinamos muito mais que jogamos”. Em minha singela opinião, o Ócio Construtivo é um dos momentos em que “treinamos” as boas idéias, para, em seguida, “jogá-las” na prática.
Pensei em escrever este artigo num desses momentos de ócio. O resultado é este que lhes apresento.
Sucesso a todos!

"Não está ocioso apenas aquele que não faz nada, mas também aquele que poderia fazer algo melhor."
Socrates (469 - 399 a.C.)

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Dez crenças que você precisa abandonar para ter sucesso profissional

*Por Heloisa Noronha (formada em jornalismo pela Universidade Metodista de São Paulo, tem textos publicados em várias revistas, como Claudia, Corpo a Corpo, Criativa e Viva Saúde, atualmente atua na Editora Globo)

Que na era da Internet as empresas estão se modernizando a uma velocidade impressionante, não é novidade. Toda mudança, porém, exige uma quebra de determinados padrões de comportamento. Alguns conceitos ficam tão arraigados que é difícil modificar a atitude sem sentir uma pontinha de receio, vários especialistas em carreira, elaboraram uma lista com dez máximas que estão antiquadas. Sabendo disso, será muito "mais fácil" você se dar bem.

1. Quem estende o expediente é visto como competente e esforçado
Há algum tempo, as pessoas que cumpriam o horário à risca eram malvistas. Isso está em franca decadência, pois quem quer fazer trabalho extra pode, perfeitamente, se dedicar a isso fora do escritório e depois apresentar resultados. “Ficar até mais tarde costuma ser desnecessário e improdutivo. O que interessa para as empresas é o resultado”, (Eduardo Ferraz, especialista em gestão de pessoas, negociação e vendas).
O administrador de empresas e palestrante (Anderson Cavalcante) é radical: “Quem sempre fica até mais tarde é incompetente e desorganizado". Um bom profissional sabe que existe vida após o trabalho. ele reforça dizendo que muitas pessoas enrolam o dia todo e depois extrapolam o horário. Os líderes modernos estão de olho nisso.

2. Rede social é brincadeira de quem não tem o que fazer
Cada vez mais profissionais estão se especializando para atuarem nas redes sociais, dependendo do ramo, elas são tão importantes quanto o trabalho convencional. “Quem não faz parte de alguma rede social é muito mais do que um analfabeto digital: está fora do mundo”, opina (Anderson Cavalcante). Christian Barbosa, especialista em administração de tempo e produtividade e fundador da multinacional de consultoria Triad PS, reforça que; as redes sociais podem ser muito úteis para captar novos clientes, recrutar profissionais e até desenvolver novos projetos em parceria com outros internautas. “Além disso, algumas pesquisas dizem que as redes sociais, quando bem utilizadas, melhoram a produtividade". Mas ele avisa: "Acessar para pesquisas e ter novas ideias, sim. Perder tempo, não.”

3. Cursos de extensão ajudam a subir na carreira
“Quem para de estudar e de praticar fica desatualizado e não acompanha as necessidades de sua áreal”, avisa (Paulo Kretly, presidente da Franklin Covey Brasil e autor do recém-lançado “Deixe um Legado” Ed. Campus). Cursos e pós-graduações são quase uma obrigação, mas há um porém. “Aquilo que muita gente possui deixa de ser um diferencial. Estudar bastante é importante, mas o que leva uma pessoa ao sucesso é a soma dos resultados que ela entrega”, (avisa Eduardo Ferraz autor do livro “Por Que a Gente É do Jeito que a Gente É?” Ed. Gente) assim, nenhum currículo repleto de cursos é capaz de sustentar um desempenho fraco no dia a dia.

4. Devo ouvir críticas em silêncio
De jeito nenhum. Essa atitude pode soar como desinteresse, medo e até covardia. Se a crítica for pertinente, ouça e peça sugestões. Do contrário, peça mais detalhes a respeito do assunto, até que fique claro se a crítica é justa ou não. Segundo (Anderson Cavalcante, que escreveu o livro “O Que Realmente Importa?” Ed. Gente), o segredo é não agir com a emoção. Mantenha a razão e questione. Muitas vezes ouvimos uma crítica por algo que nem percebemos que fizemos. E lembre-se sempre: você pode falar o que quiser, para quem quiser, desde que com cuidado.

5. Pessoas ambiciosas são perigosas
Para o consultor Eduardo Ferraz, pessoas ambiciosas normalmente são mais invejadas do que malvistas, pois são claras a respeito de seus objetivos. Mas atenção: ambição é diferente de ganância. Christian Barbosa diz que ser ambicioso é bom, fará com que você persista em buscar o sucesso. “Porém, se todas as suas tarefas estiverem relacionadas à ambição, você poderá ser malvisto”, destaca o consultor. (Luciano Alves Meira, consultor da Franklin Covey Brasil), enfatiza que a ambição precisa ser compartilhada e orientada por valores. "Assim, sem dúvida, é um traço do trabalhador da era do conhecimento, a que vivemos”, diz.

6. Cumprir prazos é mais importante do que ser criativo
Depende da função e do cargo ocupados. Se os outros dependem de sua pontualidade para trabalhar, cumprir prazos é mais importante. “Se a criação de novas soluções não exige pressa, a criatividade é mais relevante”, argumenta Eduardo Ferraz. Para Anderson Cavalcante, porém, a criatividade nunca foi amiga do prazo. “Ela parece ter vida própria, pois surge quando a gente menos espera e, dependendo da intensidade, é capaz de colocar abaixo todos os cronogramas criados”, defende.

7. Os bajuladores sempre se dão bem
Cresce na carreira quem é competente. Por essa lógica, os bajuladores às vezes se dão bem no curto prazo, mas, futuramente, quebram a cara. “Quem gosta de puxa-sacos? Claro, todos gostamos de elogios, faz bem para o ego... Mas tudo que é demais, enjoa”, diz Christian Barbosa.“Pessoas maduras não são bajuladoras, mas nem por isso precisam ser agressivas. Elas sabem tratar todos com respeito, sem deixar de dizer o que realmente pensam e de negociar sempre que necessário. Essa é a essência da maturidade”, completa Paulo Kretly.

8. Um currículo sempre deve ser curto e objetivo
Embora alguns especialistas sustentem que o recrutador do RH deve se encantar por um currículo em cinco segundos de leitura, o importante é o conteúdo. “Já entrevistei pessoas cujos currículos eram imensos e nem me dei conta de que tinha quatro páginas, tamanho interesse que me despertaram”, diz Anderson Cavalcante. “O problema não é o tamanho do currículo, mas a qualidade de tudo aquilo que você coloca nele”, explica.

9. A vida profissional não pode nem deve interferir na vida pessoal
Segundo Paulo Kretly, tudo está ligado. “O indivíduo é, como a palavra indica, indivisível. Ele carrega para onde vai aquilo que ele é. Caráter e competência são dissociáveis, pois a competência conduz ao topo e o caráter o manterá lá. Por isso, também, é muito importante equilibrar vida pessoal e profissional e cuidar bem da qualidade dos relacionamentos, em ambos os ambientes”, explica.

10. Opinião quem tem é chefe
Você acha que os colaboradores não devem dar opiniões aos seus líderes quando percebem que algo precisa melhorar? De acordo com Paulo Krelty, líderes que não recebem retorno das equipes ficam cada vez menos cientes do que precisa ser feito para alcançar o sucesso. “É essencial que os líderes se abram para receber um retorno e até o peçam”, opina. Segundo Luciano Alves Meira, também da Franklin Covey, as empresas que aprenderam esse conceito construíram culturas vitoriosas.

Pessoas ambiciosas não são malvistas, mas lembre-se: ambição é muito diferente de ganância

"Todos vivemos sob o mesmo céu, mas ninguém tem o mesmo horizonte"
Konrad Adenauer

Você faz gerenciamento da sua marca?

*Por Marcia Ceschini (Relações Públicas, especialista em Gerenciamento de Marketing)

Muitos profissionais trabalham e zelam muito pela imagem da empresa que representam. Isso é muito positivo. Mas, quanto zelam pela sua marca pessoal?
Não basta falar várias línguas, ter cursos variados de especialização se a principal marca é deixada de lado, ou não trabalha de acordo: VOCÊ. A autopromoção e marketing pessoal não são o foco deste artigo mas, a postura profissional.
Minha proposta é fazer com que o profissional pesquise, conheça e valorize sua imagem no mercado. Seu talento, seu nome e seu comprometimento com seu trabalho, somados completam a assinatura da sua marca.
Um profissional que sabe se portar nas redes sociais, nos eventos da empresa e tem uma postura educada e gentil com equipe e subordinados, certamente é uma boa marca. Ao contrário daquele que está em redes sociais politicamente incorretas, bebem e dão vexame na empresa ou são grosseiros com colegas de trabalho.
Hoje em dia as empresas consideram outros valores como : a boa postura pessoal, atitudes de responsabilidade social , solidariedade, tolerância com gerações diferentes e atitude proativas. Parece chover no molhado, não é? Mas, infelizmente, essa ainda não é a postura de alguns profissionais de mercado.
Um pouco é traço da geração Y que domina o mercado de trabalho e com muito conhecimento, desconhece a vivência corporativa e tem pressa. Pressa de resultado, pressa de promoção, pressa de atingir o resultado imediatamente e a qualquer custo.
Tenha calma, reveja sua postura, sobre suas qualidades e defeitos, e trabalhe ambas. Corremos o risco de constatar que não há equilíbrio entre as duas, o resultado é o efeito direto na sua marca pessoal.

"A maior sabedoria que existe é a de conhecer-se"
Galileo Galilei

Dicas para ser melhor reconhecido no trabalho

* Por Wagner Campos

Dias atrás me recordei da parábola que contava a estória de uma garota que era mais ou menos assim;
Ela se sentia desvalorizada e se achava desrespeitada, estava perdendo o amor próprio pela falta de reconhecimento e insucesso em sua vida. Ao procurar seu professor, este concordou em ajudá-la, desde que ela vendesse um anel dele pelo melhor preço, desde que obtivesse ao menos uma moeda de ouro. Após muito tentar, não conseguiu nada melhor que duas moedas de prata. Ao voltar decepcionada, o professor orienta que ela vá a em um lugar onde possam realmente conhecer o valor daquele anel, ou seja em uma joalheria, ao passar pela avaliação do joalheiro, ele avalia o anel em 60 moedas de ouro.
A moral desta parábola é que somente quem realmente conhece aquilo que está sendo oferecido, sabe dar o respectivo valor.

O mesmo ocorre em nossas vidas, ou seja, somente seremos avaliados adequadamente, pelas pessoas que nos conhecem profundamente, valorizam nossas qualidades, habilidades e competências, mesmo que precisemos de muitas melhorias, saberão mensurar nosso valor.
Eventualmente alguns colaboradores se sentem desvalorizados no local de trabalho e por outras pessoas com as quais convivem direta ou indiretamente. Este sentimento é manifestado através da percepção individual seja pelo simples fato de um sentimento de descaso ou por razões explícitas como por exemplo quando há uma avaliação que mais parece ser um julgamento de um líder o qual não conhece os valores e habilidades de cada profissional de sua equipe e não está preparado para avaliá-los e passa então a realizar julgamentos e não avaliações.
E como lidar com esta frustração pela ausência de reconhecimento e nos tornar mais visíveis?
Parte responsabilidade pela frustração cabe a nós mesmos quando acreditamos que para tudo o que fazemos devemos receber os “tapinhas nas costas” e os “parabéns”.
É preciso agir com profissionalismo e não somente com emoção, o reconhecimento não será obtido óbvio mas sim pelo excepcional.
Reconhecimento e respeito são razoavelmente distintos. O respeito pelo profissional deve existir o tempo todo. Devemos respeitar o esforço, a dedicação, o ser humano etc. Já o reconhecimento como “premiação emocional” será mais perceptível por parte dos gestores, quando o colaborador realizar algo que exceda as expectativas dele e da empresa. Por isso é necessário que sempre se busque fazer tudo com maestria e seja apaixonado pelo que se faz. Quando temos amor por nossa atividade, realizamos sempre com dedicação. Já quando apenas fazemos algo que somos pagos para fazer, permanecemos em um universo limitado e mecânico.
Dar e receber um feedback com seu gestor poderá ser muito interessante e conveniente pois demonstrará interesse em ser um profissional ainda mais competente e preocupado em apresentar melhores resultados à empresa. Muitos acreditam que devem esperar uma reunião exclusiva para isso, mas os melhores e mais sinceros feedbacks são obtidos informalmente. É através destes feedbacks informais que você terá uma prévia de como poderá ser sua avaliação de desempenho.
Melhore seu relacionamento interpessoal e busque sempre proporcionar bons resultados em seu trabalho bem como maior interação com os colegas de trabalho. O bom relacionamento contribuirá para que mais pessoas que se interessem por você como amigo e como profissional e provavelmente auxilie na obtenção de feedbacks mais positivos, que irá auxiliar tanto para sua realização profissional como a conseqüência que será o reconhecimento explícito por seus gestores e colegas de trabalho!

"O esforço chama sempre pelos melhores."
Sêneca

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Burro velho não aprende?

*Por Içami Tiba (Psiquiatra e Educador autor dos livros; "Família de Alta Performance", "Quem Ama, Educa!" e mais 26 livros)
**Indicado pela minha esposa Vanda M. L. Minhaco

Não acreditem neste velho ditado popular: “Burro velho não aprende!”
São quatro grandes besteiras ditas em quatro palavras;

1- Burro não é “burro”, é um muar mais inteligente e resistente do que o cavalo;
2- burro “velho” é usado como teimoso, só porque ele faz o que ele quer e não o que o seu patrão manda; 3. não aprende; solte-o num pasto nunca dantes frequentado por ele e ele aprenderá rapidinho o melhor caminho para o melhor pasto;
4- A frase toda é mentirosa, preconceituosa e totalmente depreciativa, quando chamamos alguém de burro, estamos ofendendo o burro;
5- Quem aceita este ditado para si, interrompe com ele o seu próprio futuro com projetos e sonhos para viver o presente sem realizações, baseando-se somente num passado que se tornou obsoleto.

Aqui vão alguns dados que demonstram que os "velhos" aprendem, sim, quando lhes interessa:

1- Os motoristas de taxi de Londres são submetidos a rigorosos testes de conhecimento do mapa do trânsito da cidade para poderem trabalhar. Colocando tais taxistas em um exame de angiologia cerebral, existe uma grande ativação e um aumento de tamanho no córtex parahipocampal direito, quando se pede que pensem num trajeto. Estes motoristas de tanto usarem esta área aumentaram-na inclusive de tamanho! Trata-se de uma pesquisa em andamento. Se assim for, o não uso do cérebro pode atrofiá-lo? Perguntas, temos muitas, mas as respostas são poucas. Ou seja, é um excelente campo para a pesquisa científica...
Para entender melhor o parágrafo anterior vou fazer uma comparação entre o taxista londrino e um taxista que nunca tenha dirigido em Londres. O segundo leva muito mais tempo do que o primeiro para aprender um caminho novo.

2- Qualquer médico especialista, antigo em idade, mas atualizado na sua profissão, em um instante aprende as novidades que surgem se de fato lhes interessarem. Aprendem até mais depressa que outros colegas de qualquer idade que não são especialistas. Atualizado significa que nunca deixou de aprender todas as novidades que surgiam no seu ramo, inclusive as surgidas na informática, como a Internet, o Google e sites de relacionamentos...

3- Os neurônios da memória envelhecem e tornam-se mais lentos no processo de memorização. A neurociência descobriu que estes neurônios, verdadeiros hardware, reproduzem neurônios filhotes, como se fossem software, que memorizam provisoriamente dados e vão lentamente passando para hardware, dando-lhe o tempo necessário para o aprendizado. Uma vez cumprida a missão, eles desaparecem. Assim, os velhos podem levar mais tempo para aprender do que os jovens, mas uma vez aprendido e praticado passa a ser mais experiente.

Parar de aprender é antinatural no desenvolvimento do ser humano e pode ser resultado de depressão, falta de estímulo, baixa autoestima, conformação com a ignorância, perda de esperança, descrença na vida, pois a aprendizagem só acaba quando a pessoa morre.

"As dificuldades crescem à medida que nos aproximamos do nosso objetivo."
(Goethe)

O talento de acreditar nas suas (minhas) possibilidades

*Por Nuno Cobra (foi professor da Escola de Educação Física de Bauru (ITE) no final da década de 60, seu nome está associado ao de outro ex-aluno e campeão, Ayrton Senna)

A vida e uma competição. Na competição, temos que ser exuberantes, por isso é fundamental o cuidado com o corpo, a alimentação, o sono e a saúde.
Um exemplo claro e preciso, do cabedal de talentos necessários, para ser bem-sucedido na vida, são os talentos que fizeram de Michael Schumacher um pentacampeão.
Em primeiro lugar, ele é um atleta extraordinário. Porque tem as melhores condições físicas, mentais e emocionais que formam a base da vitória.
Uma qualidade intrínseca, num atleta extraordinário, é acreditar até o último instante sem se render, porque o acreditar é a supremacia para podermos vencer na vida.
De onde vem a estrela pessoal? A estrela vem da pessoa que aproveita as oportunidades. Ele tem uma estrela porque é exuberante. O excepcional em Schumacher era essa exuberância em acreditar e dar 100% de suas possibilidades, o máximo de seu potencial, até o último instante. Desta forma, ele personifica o campeão.
Ele fazia (aplica) 100% do que sabe, porque acreditava nas suas possibilidades.
Para vencer basta, simplesmente, de uma forma lúdica, fazer o que você sabe fazer, com prazer e felicidade, para obter o máximo de resultados.
A sorte é um elemento fundamental na vitória, por isso é importante persistir. No entanto, a sorte vem para aquele que batalha, acredita e aproveita o momento.
Schumacher se tornou campeão várias vezes porque, antes de tudo, acreditou nas suas possibilidades, na sua real chance de vitória, até o último instante.
Acredite em VOCÊ também...

"Nós vencemos metade da batalha quando mudamos nossas mentes e aceitamos o mundo como o encontramos, inclusive os seus espinhos."
(Autor desconhecido)

Julgamento severo, relações difíceis

*Por José Antonio Rosa

Inevitavelmente somos levados a avaliar os outros, a observar seu comportamento e a identificar semelhanças e diferenças com relação a nós mesmos.
Mais que isso: tendemos a classificar como “bom/ruim”, “certo/errado”, “aprovo/desaprovo” os comportamentos, traços, idéias dos outros, aí é que começam os problemas. Algumas pessoas são exageradamente severas em julgar as demais e com isso tendem a isolar-se, pois involuntariamente transmitem suas reações negativas aos interlocutores, criando barreias a uma relação mais espontânea, prazerosa e verdadeira. Se o outro apresenta uma idéia política diferente, eis um motivo para ser “fritado” ou “gelado”; se tem outro ponto de vista sobre como a empresa deveria conduzir a questão X ou Y, é inimigo. Ora, a que tudo isso leva?
A nada.
A sabedoria está em não andar julgando os outros todo o tempo, não excluí-los pelo que são ou pensam, não criar barreiras que de nada melhoram a vida social e a vida pessoal. Está também em ver em que são iguais a nós para, a partir dessa identidade, criar relações fortes que permitirão a expressão das diferenças sem a exclusão.
Lembre-se: quem tem amigos têm tudo; quem tem inimigos não tem nada seguro.

Tudo isso que foi escrito acima pelo Professor José Antonio Rosa (tive a honra de ser seu aluno na minha Pós) não é facil fazer, mas se ao menos tentarmos já é um grande passo, a tentativa é o primeiro passo para a prática, pense nisso é ÓTIMA SEMANA A TODOS. (Minhaco Jr.)

"Em sua prática, Jesus não separa as necessidades espirituais das exigências materiais da vida humana."
(Frei Betto)