terça-feira, 25 de maio de 2010

A Inveja no ambiente Empresarial

* Por: Yeda Cirera Oswaldo

Atualmente tem sido reconhecido pelos gestores, o crescente papel das emoções negativas no trabalho e seus efeitos na saúde física e mental do trabalhador.
A inveja é um desses sentimentos e pode ser conceituada como um conjunto de emoções e comportamentos que resultam na perda da auto-estima em resposta a uma pessoa que obtém melhores resultados. O sentimento de inveja, que é gerado pelo ressentimento de outras pessoas obterem mais sucesso, pode levar o colaborador a cometer atos destrutivos e de violência máxima e extrema. A origem etimológica da palavra vem do substantivo latino invidia e do verbo invidere, que significa “olhar malicioso”, desgosto ou pesar pelo bem estar de outrem.
A inveja não se restringe somente a situações da vida familiar ou social – é possível encontrar esse sentimento na área organizacional, especificamente no comportamento de alguns colaboradores que, ao cultivarem a inveja, acabam se tornando pessoas amargas, com baixo nível de senso de humor, angustiados, ansiosos e apresentam baixa produtividade. Nesses casos é comum o desaparecimento das boas idéias, que dão lugar a pensamentos ruins e destrutivos.
A inveja pode ser classificada em inveja neurótica e perversa. Na primeira, o invejoso não consegue olhar de frente a pessoa invejada, apresentando sentimentos de raiva. Já na inveja perversa, o invejoso gasta suas energias maquinando o que pode fazer para prejudicar a pessoa invejada, buscando se vingar a qualquer preço.
Pesquisas atuais indicam, que os trabalhadores do sexo masculino expressam mais inveja no local de trabalho do que as mulheres. Além disso, os empregados que manifestam mais inveja também apresentam maior desejo de se demitir e menor satisfação do trabalho.
O sentimento de inveja nas empresas é mais comum do que se possa supor, além de ser um perigoso indutor para o estresse, ameaçando diretamente o ambiente de trabalho e ocasionando uma perda da auto-estima e da posição social do funcionário.
No entanto, é possível que as organizações gerenciem as situações que podem provocar essa emoção negativa. Nesse sentido, os gestores podem incentivar o trabalho em equipes, desestimulando o individualismo, podem adotar um modelo de gestão participativa e descentralizada em detrimento de uma administração fechada e autoritária, podem resolver os conflitos por meio de negociações e adotar uma comunicação correta em vez de valorizar boatos e fofocas dentro da empresa. Desta forma, estarão contribuindo para que a organização tenha um clima mais harmonioso ao mesmo tempo em que estarão reduzindo o nível de estresse em seus colaboradores e incentivando a produtividade.

“Não devemos ter medo de confrontos, até mesmo os planetas se chocam e do caos nascem as estrelas”
Chales Chaplin

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