sexta-feira, 10 de junho de 2011

Arte e expressão desenvolvendo competências pessoais

*Por Maria Inês Felippe (Coordenadora dos cursos de MBA em Gestão Estratégica de T&D)

Os profissionais hoje inseridos no mercado vivenciam as fortes exigências de responder, cada vez mais prontamente, com o conhecimento específico de sua área às necessidades que este novo tempo nos apresenta. No entanto, e curiosamente, percebe-se cada vez mais manifesto, o movimento crescente de abrir espaços ao auto-conhecimento, ao corpo, saúde, espiritualidade, as relações interpessoais, a arte… Que movimento é este?
É o retorno aos princípios e valores importantes para o homem e humanizar o ser significa recolocá-lo dentro do equilíbrio de sua integridade física, emocional, racional e espiritual. É fazer despertar a consciência para valores essenciais, fazendo perceber-se como ser criador e único, importante para a transformação do contexto histórico e cultural ao qual pertence.
Tenho trabalhado intensamente nas empresas com desenvolvimento de competências desde as mais singelas como trabalho em equipe até as mais sofisticadas: Orientação Estratégica, Foco no Cliente, Resultados, Liderança, etc.
A cada ano percebo a evolução e a criação de novas competências que o profissional deverá ter, por vezes desconsiderando sua essência, sua dominância cerebral, colocando o homem como um ser faltante e não com sua força, história, integridade, moral e ética.
Como percebo um discurso interessante de qualidade de vida, só para você ter uma idéia uma grande empresa na área da comunicação solicitou uma palestra de Criatividade e Inovação, que seria inserida no programa de qualidade de vida e que aconteceria durante o almoço, exatamente naquela hora em que estômago gostaria de receber somente, alface, tomate, etc e tal. Não é incrível? Que belo discurso de qualidade de vida, não sei, mas acho algo contraditório. O que você acha? Tenho a impressão que é preciso respeitar o ser humano para ser respeitado, caso contrário não há reciprocidade.
Mas como acessar essa essência, o núcleo do ser humano, resgatando suas crenças, potencialidades e todos os aspectos acima destacados que por vezes desconsiderados pelas empresas?
A resposta está na arte como uma manifestação criadora do homem que constrói a sua história e contribui para a construção da cultura de seu tempo. Não é difícil perceber como a arte ocupou função indispensável desde os primórdios da civilização e continua presente no cotidiano das pessoas. Conhecer arte hoje é participar melhor da vida. É buscar a qualidade de vida do ponto de vista emocional, mental aumentando sua cultura e sensibilidade. Pinturas, desenhos, esculturas e todas as modalidades de arte são formas expressivas que dizem sem falar, contam histórias sem palavras, pois utilizam outros códigos, outra sintaxe. É linguagem que expressa o que as palavras não alcançam explicitar, por isso tão importante para o homem e para a comunicação entre os homens. Fazer arte é experimentar o universo da criação, que de certa forma, nos aproxima da essência de sermos humanos. Fazer arte é correr os riscos da criação, é estar disponível e aberto para um olhar singular sobre os fenômenos, capturá-los, reordená-los para chegar a formas originais.
Nossa experiência com a arte como ferramenta para o desenvolvimento de competências, têm trazido não somente respostas para as empresas, mas para os seres humanos que trabalham nelas, como também para a humanidade, despertando talentos, autoconhecimento o suficiente para entender o que não conseguimos compreender nas exposições de artes.
Minha missão é treinar as pessoas para uma nação melhor.
Vamos juntos nesta descoberta através da arte?

“Sentir, perceber, fantasiar, imaginar, representar fazem parte do universo infantil e acompanha o ser humano por toda a sua vida”.
Ferraz e Fusari

Homens & Mulheres no ambiente de trabalho - Celebrando as diferenças

*Por Lair Ribeiro

Durante muito tempo as relações entre homens e mulheres no ambiente de trabalham eram, no mínimo, hostis. Até hoje, muitas mulheres ainda recebem salários inferiores aos de homens que ocupam o mesmo cargo e reclamam do modo como são tratadas. Muitos homens, porém, garantem que não há preconceito contra a mulher no mundo coorporativo e que, quando incidentes dessa natureza acontecem, não raro são provocados pelas próprias mulheres, que apelam para o estigma do ”sexo frágil” em um cenário em que, agora, o que vale é a competência!
Os tempos de desconfiança e falta de respeito tendem, cada vez mais a ficar no passado. Hoje, empresas têm estimulado seus funcionários, homens e mulheres, a aprenderem com os benefícios que a diversidade pode proporcionar ao funcionamento do negócio, seja ele qual for.
O homem e a mulher têm características distintas, que, se utilizadas em conjunto, tornam-se armas muito mais potentes e eficazes do que se empregadas isoladamente, principalmente no que se refere ao caótico e competitivo mercado de trabalho. A mulher, por exemplo, é capaz de executar várias tarefas ao mesmo tempo e ainda se manter “antenada” no que ocorre ao seu redor. Se ouvir um colega do outro lado da sala dizer algo que lhe interessa, pode apostar que fará algum comentário, mesmo estando com a atenção comprometida com duas ou três atividades simultâneas. Enquanto isso, o homem trabalha com toda sua atenção focada em uma única tarefa, e ai daquele que o interromper.
A mulher, no seu papel de cuidar da segurança dos filhos, desenvolveu uma percepção aguçada para identificar alterações mínimas na aparência e no comportamento de outras pessoas, além de primar pela excelência nos resultados, pois, possuindo visão periférica, ela capta detalhes quase imperceptíveis ao homem, cuja visão é de longo alcance, porém tubular.
Para mostrar as diferenças entre homens e mulheres no ambiente de trabalho, podemos compará-los a computadores. A mulher é um modelo de última geração: multitarefas, com uma enorme capacidade de armazenamento de dados e memória otimizada, o que dá mais agilidade ao seu desempenho que, por natureza, já é ágil. O homem, por sua vez, só não é “monotarefa” porque não existe computador com tal especificação, mas é um modelo da primeira ou da segunda geração de máquinas, que costuma travar quando se tenta fazer duas coisas simultaneamente.
Características femininas, como falar muito ou ser mais sensível e levar tudo para o lado pessoal, faz alguns colegas se sentirem incomodados, principalmente se a conversa ultrapassar as fronteiras do negócio e for para o lado pessoal. Isso ocorre porque o homem usa a fala para comunicar fatos, enquanto as mulheres falam para se relacionar.
Os homens mantêm mais o foco em seus objetivos, são mais fechados e se atêm mais aos fatos, fazendo pouco uso de sua sensibilidade e intuição. Já a sensibilidade feminina ajuda a humanizar as relações de trabalho. Ainda assim, muitas mulheres se chateiam porque seus colegas as vêem primeiro como mulher e, depois, como profissional. Bem, isso é um fato! Não se pretende que o homem deixe de ver uma mulher ao olhar para uma ou vice-versa. Se a primeira coisa que enxergamos no outro é a aparência, não há porque pretender que colegas de trabalho ignorem isso. O homem e a mulher sempre se verão como realmente são, e a atração entre eles continuará a existir, seja em que ambiente for. O importante é que não se esqueçam da sinergia que poderão obter atuando em conjunto, pois, como suas características são complementares, sua produtividade, certamente, será maior trabalhando em parceria do que isoladamente.

"Os homens fazem as obras, mas as mulheres fazem os homens."
Romain Rolland

"Pedi demissão porque não gostava do ambiente da empresa"

*Por Max Gehringer, para radio CBN.

Tenho 20 anos", comecei a trabalhar aos 18 e tive dois empregos até agora. Fiquei dez meses no primeiro e oito meses no segundo. No primeiro, pedi demissão porque não via possibilidade de progresso profissional. E do segundo, saí porque fiquei decepcionado com a maneira como a empresa tratava os seus colaboradores, um ambiente frio, para dizer o mínimo. Estou há quatro meses buscando outro emprego, e tenho sido sincero quando os entrevistadores me perguntam porque eu saí dos empregos anteriores. Mas eu sinto que a minha sinceridade incomoda quem me entrevista. Resultado: não tenho conseguido nada."

Max G. responde;
 A reação de cada um depende da expectativa pessoal. Eu diria que quanto mais baixas forem as expectativas, melhor e mais rapidamente um profissional irá se adaptar a qualquer empresa. No seu caso em particular, você idealizou o que o mercado de trabalho deveria ou poderia ser.
A diferença entre idealização e vida prática é que empresas não contratam empregados para que eles tenham uma carreira de sucesso. Isso é a consequência. Empregados são contratados com a finalidade de executar tarefas bem definidas de curtíssimo prazo. Aqueles que fazem isso com mais eficiência, se destacam.
Já no tocante ao ambiente de trabalho, ele varia enormemente. Há empresas mais tradicionais, que você preferiu chamar de frias, e há outras mais liberais, tanto no traje quanto no relacionamento entre as pessoas.
Nas entrevistas que vem fazendo, você está, de certa forma, expressando o que uma empresa deveria fazer por você, quando o entrevistador está mais interessado em saber o que você poderia fazer pela empresa.
Não estou dizendo que você esteja errado. Estou apenas enfatizando o que você já descobriu. Que candidatos dispostos a aceitar o que a empresa é, têm mais chances de serem contratados.
Se você um dia considerar a possibilidade de vir a ter o seu próprio negócio, você entenderá melhor o que eu tentei explicar. Ao entrevistar os candidatos que irão trabalhar para você, será que você contrataria alguém que se comportasse na entrevista como você vem se comportando, ou você daria preferência aos candidatos que aceitassem os seus pontos de vista?

"Para conhecermos os amigos é necessário passar pelo sucesso e pela desgraça. No sucesso, verificamos a quantidade e, na desgraça, a qualidade."
Confúcio